28º Capítulo

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Donatto já tá com umas sacolas na mão e o outro capanga também, Joseph está com uma cara de tédio e Victor já tá sem paciência. Eu to me divertindo tanto com isso que eles não imaginam, já passou da hora do almoço e deve tá todo mundo com fome inclusive eu.

To me olhando no espelho com um dos biquinis da loja, ele é preto com uns detalhes dourado. A coisa mais linda.

- Ficou lindo no seu corpo - A tal Lydia disse me olhando pelo espelho.

- Obrigado, acho que vou levar.

A cortina do provador abriu e Victor entrou me pegando de surpresa. Ele parou na porta me analisando de cima a baixo, só consegui ouvir a Lydia sair do provador pela outra cortina me deixando sozinha com ele.

- Já escolheu o que queria? - perguntou sem paciência.

- Podia ter esperado mais um pouco até eu colocar a roupa.

- Já te vi sem ela.

Levantei as sobrancelhas surpresa com o comentário repentino, senti minha boca secar então passei a língua entre os lábios para tentar me recompor.

- Não te da o direito de entrar.

- Eu to pagando então faço o que quiser, coloca a roupa e vamos almoçar.

Ele saiu sem nem esperar minha resposta, bufei indo me vestir logo porque também na to cansada de experimentar roupas. Ele pagou os biquínis e saímos da loja.

Joseph nem fala nada, sempre me observando e com cara fechada pelo tédio que fiz todos eles passar. Donatto foi pro outro carro com as vinte sacolas de loja que ele teve que carregar junto com o outro.

Victor já bravinho segurou meu braço me puxando pro carro, segurei o riso o caminho inteiro.

Eles pararam em um restaurante lindo por fora e com certeza devia ser bem chique por dentro, as comidas aqui deve ser caríssima. Sentamos em uma das mesas do andar de cima, sentei do lado Victor e aquele maldito Joseph sentou do lado da Lydia bem de frente comigo só pra observar cada movimento meu. Velho chato.

Do mesmo jeito que essa Lydia não tira o olho do Victor. Ele tava com a mão largada em cima da mesa, olhei pra aquela mão forte e pensei numa coisa que pode me ajudar em dois pontos.

Tanto no teatro de casal pro Joseph quanto pra provocar essa tal guia pra ela se tocar, só pra mostrar que sou superior que nem fiz com a aeromoça.

Passei meu braço por dentro do braço do Victor e peguei sua mão entrelaçando nossos dedos. Ele me olhou meio surpreso e eu olhei pra ele também deixando nossos rosto mais próximo.

- Vai querer comer o que? - Joseph perguntou fazendo eu e Victor olhar pra ele.

- Tanto faz - ele respondeu.

- Não conheço nada - falei e olhei pra Lydia - O que é bom pra comer?

Perguntei no maior cinismo e ela que tava olhando minha mão na do Victor subiu olhar pra mim com um sorrisinho.

- Vou pedir um prato que tenho certeza que a senhorita vai adorar.

- Que gentil - sorri falsa.

Olhei pro Joseph que estava vendo o cardápio com uma cara nada boa, sorri satisfeita com o resultado e soltei a mão do Victor fingindo estar me arrumando na cadeira mas na real só queria soltar ele mesmo.

Almoçamos em puro silêncio, a comida daqui é muito boa. Depois disso a Lydia foi embora e Joseph foi levar a gente pra pequena casa que estamos hospedados.

Chegando no meu quarto eu fui pro banheiro colocar meu biquíni novo pra tomar um banho de piscina, Victor ficou sentado lá fora mexendo no celular. Aproveitei que ele tá lá e peguei minha toalha junto ao meu óculos de sol, coloquei o óculos na cabeça e sai.

Deixei minha toalha na espreguiçadeira do lado da que ele estava estava e ele desviou olhar do celular pra mim notando minha presença.

Andei a piscina puxando levemente a calcinha do biquíni pra cima deixando ela um pouco mais entre minha bunda, eu sabia que ele tava olhando então fiz isso de propósito. Desci o primeiro degrau da piscina sentindo o quão gelada a água tava, fiz um coque no meu cabelo e desci os degraus mergulhando meu corpo quente naquela água congelante.

Quando olhei pra trás Victor já não tava lá, encostei na beira da piscina e fiquei pensando no possível assunto que ele veio resolver. O que será que é? E também o braço direito do Carlos Herrera está aqui, será que teria alguma possibilidade dele também estar?

Acho que já tá na hora de conhecer o desgraçado pessoalmente, mas isso depende da única pessoa que pode me levar até o Carlos, ele é a porta pra se eu chegue onde eu quero..

VICTOR

Fui comprar uma bebida pra mim e agora to na varanda do quarto olhando pra dona Mariana que estava sentada na espreguiçadeira tomando o sol que esta rachando.

Ouvi passos atrás de mim e quando olhei vi Joseph se aproximando.

- Victor.

- Oi Joseph - respondi voltando olhar lá pra baixo.

Ele debruçou no parapeito da varanda também e achou a Mariana deitada na espreguiçadeira lá em baixo.

- Ela é bem... exigente.

- Mulher gosta das coisas do jeito dela, Mariana não seria diferente.

- Então você tá namorando?

- É, a gente se entende.

- Confesso que fiquei surpreso - ele diz olhando pra ela - Carlos não comentou nada comigo.

- Não é uma coisa tão importante - dei um gole na minha bebida.

- Mas nunca tinha visto você trazer uma mulher pra uma viajem de "negócios".

- Ela mora comigo, por que não traria?

- Vocês se "entende" e ela mora com você?

- Exatamente.

- Ela deve vim de família boa.

Dei risada do seu jeito de tentar tirar as coisas de mim e ele me olhou.

- Joseph eu sei que tá com a minha família a muito tempo e faz questão de proteger quem comanda a máfia mas não precisa desconfiar de todo mundo que chega perto da gente.

- Você não entende? - ele coloca a mão no meu ombro - Todas as máfias são conhecidas, é família contra família, qualquer momento pode acontecer alguma coisa.

- A Mariana está comigo faz meses, relaxa.

- Não deixo de desconfiar.

- Tá bom - entrei pro quarto - Eu vou dormir um pouco porque já vi que amanhã vai ser um dia cheio.

- Ela vai com você?

- Não, meu tio só falou pra tirá-la um pouco de casa.

- Posso ficar com ela pra levá-la à praia se o senhor quiser - dei risada.

- Se você quiser ficar vigiando a Mariana o dia todo enquanto eu não estiver perto, fica a vontade.

- Não é vigiar, vai saber se ela quer ir em algum lugar ou comprar alguma coisa? - ele se aproximou da porta - Vou estar ao dispor da senhorita.

- Sei, só seja um bom mordomo então - usei da ironia e ele saiu do quarto satisfeito..

Querida MarianaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant