26º Capítulo

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Acordei com alguém batendo na porta, antes que eu permitisse a entrada a porta abriu e Victor entrou acendendo a luz. Coloquei a mão na frente dos olhos incomodada com a claridade e olhei pra ele.

- Se arruma - ele deixou uma malinha em cima da cama - E coloca roupa aqui para uns quatro dias.

- O que tá acontecendo?

- A gente vai viajar.

- O que? - sentei na cama sem entender nada.

- Tenho que resolver uma coisa e você vai comigo.

Ele saiu fechando a porta me deixando olhando pra mala que nem tonta, meu raciocínio fugiu de mim.

Levantei indo pra um banho quente pra despertar e já fiz toda minha rotina matinal. Me enrolei no roupão e olhei pra malinha em cima da cama tentando imaginar o que eu levo nela. Não faço ideia pra onde a gente vai então vou colocar o que eu tenho no armário, vestidos e saltos.

Coloquei uns seis tipos de vestidos porque ele disse roupas pra quatro dias, coloquei um shorts jeans e duas blusinhas que Beatriz tinha comprado pra mim. De sapatos eu coloquei três saltos porque é o que cabia e também já vou estar com outro no meu pé.

Coloquei algumas maquiagens, meus produtos higiênicos e minhas peças íntimas. Acho que é isso. Me troquei e fiz uma maquiagem, meu cabelo eu só penteei mesmo porque to com preguiça de mexer nele. Calcei meu salto e desci pra comer alguma coisa, quando cheguei lá em baixo vi que ainda estava de noite e o Donatto pegando uma mala preta que devia do Victor.

Fui pra sala de jantar encontrando ele sentado já arrumado e totalmente perfumado, me sentei e peguei um pedaço de misto quente junto meu copo de suco que já estava servido.

- Arrumou suas coisas?

- Arrumei - respondi breve.

Tomei café rápido porque ele já tinha terminado e o carro já tava ali esperando, ele mandou alguém pegar minha mala e fomos pro carro. Estranhei o fato dele não estar dirigindo dessa vez, tem um motorista levando a gente.

Fui o caminho todo olhando pra janela já que ele tava do meu lado mexendo no celular o tempo todo.

O motorista levou a gente pra um campo que por sinal é bem longe da casa do Victor e lá tinha um jatinho esperando a gente. Quando o carro parou Victor só me olhou e saiu do carro, já entendi que eu tenho que sair também.

Tinha uns homens de terno do lado do jatinho e Victor foi até eles, vi que o Donatto também estava lá, fiquei quieta do lado carro esperando minha malinha.

- Pode deixar que levo pra senhora - o motorista disse saindo com a minha mala e a do Victor.

Olhei pra rodinha deles e consegui ver o cara entregando uma arma pro Victor que guardou na cintura.

- Com licença - uma mulher apareceu atrás de mim - Por favor.

Ela apontou a porta do jatinho e eu olhei pro Victor que ainda estava conversando. Segui ela até lá é um outro homem que estava lá dentro me deu a mão me ajudando a subir.

- Pode se acomodar - ele sorriu gentilmente saindo do jatinho enquanto a mulher entrou.

Me sentei na primeira poltrona que eu vi e coloquei o cinto, Victor entrou logo em seguida junto com os outros homens que sentou lá no fundo, observei ele sentar na poltrona do meu lado, o que separava a gente era aquele pequeno corredor. Pelo menos não vou viajar colada nele.

- Podemos ir senhor? - a mulher perguntou.

A voz dela até mudou pra falar com o Victor.

Ele só balançou a cabeça positivamente e ela sorriu saindo daqui pra falar com o piloto. Finalmente ele partiu e eu fiquei observando aquele negócio sair do chão.

A aeromoça voltou com uma bandeja que tinha morangos e taças de champanhe, ela parou na frente do Victor que olhou pra ela.

- Deseja? - perguntou abaixando a bandeja pra ele. Eu to vendo os seios dela daqui, porque tem mulheres que se oferecem tanto pra quem tem dinheiro? Isso suja o nome das outras mulheres que se dão o respeito.

- Quer? - ele estendeu uma taça pra mim e eu fiz questão de pegar passando minha mão por cima da dele só pra provocar a oferecida.

Chamei ela com a mão que veio até mim com uma carinha de nojo e fiz ela abaixar pra que eu pôde-se pegar o pratinho de morangos.

- Obrigada querida - sorri falsa.

- Quer mais alguma coisa senhor? - perguntou.

- Não.

Revirei os olhos desviando olhar pra janela e senti o olhar do senhor poderoso em mim, então só ignorei. Peguei um morango e mordi, olhei de rabo de olho e Victor ainda tava me olhando.

- Quer? - olhei pra ele que soltou um riso malicioso.

- Não, divirta-se com seu morango.

- Obrigado - falei irônica e terminei de comer o morango da forma mais filha da puta o possível porque sabia que ele tava olhando.

O resto da viagem eu mais dormi do que fiz qualquer outra coisa..

VICTOR

Já entendi o joguinhos da Mariana, ela acha que eu nasci ontem. To conhecendo ela aos poucos e já entendi que ela adora irritar as pessoas, ela gosta de saber que tá afetando alguém seja raiva, tristeza, excitação, qualquer coisa.

Se ela que vai brincar comigo, ela tá bem enganada. Mas ela quer brincar então vamos brincar, eu não precisava trazer ela pra essa viajem mas deixar ela sozinha em casa de novo também não era necessário, meu tio pediu pra trazer ela pra ver como ela tá, quer avaliar a compra.

Eu ainda não sei porque mas ele comprou ela por algum motivo e eu vou descobrir. Ele só não pode saber que eu transei com ela.

Já pousamos no ponto de encontro e agora vou encontrar o Joseph pra irmos pra ilha ver o que tá acontecendo.

Mariana saiu do jatinho e eu desci logo atrás, vi Joseph vindo junto com o Otto, o braço direto do meu tio.

De longe já vi a expressão do Joseph mudar ao ver Mariana do meu lado, ele nunca tinha me visto acompanhado de alguma mulher ainda mais pra uma viajem dessas, meu tio não deve ter comentado com ninguém que comprou a Mariana então vou ter que ligar pra ele saber o que eu falo.

- Victor - ele disse quando estava chegando perto - Quanto tempo garoto.

- Joseph.

Ele me abraçou.

- Victor - Otto estendeu a mão pra mim e eu apertei correspondendo o cumprimento.

- Que bela moça - disse desviando olhar pra Mariana - Quem é? - perguntou pra mim.

- Joseph essa é..

- Mariana - ela me cortou estendo a mão pra ele.

Ele levantou as sobrancelhas meio surpreso com a atitude ela mas pegou sua mão mesmo assim.

- Prazer senhorita.

- Prazer - ela sorriu.

- Mariana esse é o Joseph um grande amigo da família e esse é o Otto o braço direito do meu tio.

Ela sorriu e apertou a mão dele.

- Vamos indo pra chegarmos antes do café? - Joseph perguntou.

- Vamos..

Querida MarianaOnde histórias criam vida. Descubra agora