Capítulo 34

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[Narração Luan]

Metade do caminho ele foi falando dela e do Bob esponja, a outra metade ela dormiu, o engraçado foi ela misturar o Árabe e o português.
Estava quase chegando em São Paulo quando do nada olho pelo retrovisor e vejo Jasmin abrir a porta do carro e se jogar no asfalto, paro o meu na hora, desço e fico de pé na rua olhando enquanto ela corre com o braço cheio de sangue, os dois homens me olham.
– VÃO ATRÁS DELA! – Grito e enquanto um vai apé o outro dá meia volta com o carro.
Eu não podia procurar ela, Sol estava no meu carro e Atena louca para vê - lá, ao menos minha filha estava aqui.
Continuo o caminho até em casa e quando chego Sol acaba de acordar.
– É sua casa papai? – Pergunta e faço que sim descendo com ela e de mão dada a minha pequena entro em casa, Atena que estava na sala se levanta e começa a chorar.
– Minha filha! Meu sol! – Diz vindo até a pequena e a abraçando chorando.
Sol não se mexe.
– Papai?! – Diz me olhando, ela estava estranhando Atena e quando a mesma a solta Sol corre até mim e se esconde atrás das minhas pernas.
– Filha não precisa ter medo. – Atena diz ajoelhada no chão, seca as lágrimas olhando Sol.
– Não sou sua filha, minha mamãe é Jasmin. – Afirma a Atena. – Papai, eu quero a minha mamãe, cadê ela? Ela prometeu vim me buscar. – A menina diz fazendo bico, a expressão no rosto de Atena parte o meu coração, aquilo doeu.
– Sua mamãe agora é ela. – Aponto. – É Atena.– afirmo.
– NÃO! NÃO! NÃO! – Sol começa a gritar. – QUERO A MINHA MAMÃE! – Grita alto.
Deus, o que eu faço?

[Narração Atena]

–Leva ela Luan, mostra o quarto dela. – Digo a ele me levantando do chão.
– Pêssego. – Ele diz.
– Não, eu estou bem. – Afirmo me virando de costas, ele pega Sol no colo e sobe as escadas, ela coloca a cabeça entre a curva de seu pescoço escondendo o rosto, mas ainda sim ela estava em casa, mesmo com isso que aconteceu, eu a tinha novamente perto de mim e aquilo devia me bastar, mas não sei porque as lágrimas não param.
– Eu ouvi a gritaria. – Lara diz saindo de seu quarto, eu a abraço forte.
– Minha filha não me aceita, aquela cobra fez a cabeça dela Lara. – Digo chorando contra seu ombro.
– Dê tempo a ela, ela precisa se adaptar ao lugar, tudo mudou e ela é só uma criança. – Lara diz me apertando.
– Eu sei, mas dói tanto, foi como se esfaqueassem a minha alma. – Confesso.
Mais tarde quando Luan desce eu estou na cozinha tentando esconder o rosto, eu tinha chorado demais.
– Como ela está? – Pergunto.
– Brincando, prometi levar ela para passear se parasse de chorar. – Afirma.
– Entendo. – Digo.
– Já você não está bem, seus olhos estão inchados. – Afirma.
– Eu vou ficar bem enquanto ela estiver aqui. – Digo me levantando e subindo as escadas, precisava tomar um banho e tentar esconder aquele inchado.
Mas quando passo pela porta do quarto de sol a vejo brincando, não consigo não olhar, por anos aquele quarto ficou vazio.
Quando ela me vê para de brincar na hora e fechar a cara.
Não sei o que dá em mim que me faz entrar ali e me abaixar na frente dela.
– Quer alguém pra brincar? – Pergunto e ela não responde.– Me deixa ser sua amiga Sol? Eu não tenho amigas. – Digo e ela me olha.

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