Capítulo 02

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[Narração Atena]

– É uma proposta tentadora.. – Digo com desdém e muita ironia. – Mas não. – Afirmo passando por ele.
– No meu país as mulheres não dizem "não" para mim. – Ele diz e eu me viro sorrindo.
– Ainda bem que esse é o seu país e não o meu. – Afirmo caminhando, vejo Lara ao lado dele e apenas aceno voltando para a pousada, tomo um banho e como algumas frutas que eu havia comprado, falo com meu irmão no telefone um pouco e quando já está anoitecendo alguém bate a minha porta.
– Eu não pedi comida. – Digo quando vejo a moça com a bandeja.
– Foi um presente do Sheik, ele disse para olhar pela janela. – Ela diz deixando a bandeja e saindo, vou até a janela e o vejo encostado em seu carro com os braços cruzados, que merda, agora vai ficar me seguindo?
Coloco um blusa e uma calça e desço indo até lá.
– Eu não quero que compre comida ou nada do tipo pra mim, me deixa em paz! – Afirmo séria.
– Eu te quero pêssego e quando eu quero eu tenho, vou fazer de você minha segunda esposa, vai ser minha favorita. – Ele diz convencido.
– Eu jamais me casarei com você e jamais aceitaria ser segunda mulher de ninguém!  No meu pais bigamia é crime! – Afirmo.
– Mas aqui eu faço as leis. – Afirma.
– Se não me deixar em paz volto para o meu país amanhã mesmo. – Ameaço.
– Eu fecho o aeroporto antes que você embarque. – Ele diz.
– Não pode ter uma mulher a força. – Afirmo.
– Eu tentei conversar, te levar pra jantar mas você disse não e eu não conquistou as mulheres, dou jóias ou como foi com a minha primeira esposa dou uma quantia aos pais..– Ele diz.
– Mulheres não são algo que você vai e compra como se não tivesse sentimento. – Rebato.
– Foi assim que eu fui ensinado. – afirma.
– E eu fui ensinada a ficar longe de homens como você, eu não estou a venda e mesmo que tivesse você jamais poderia pagar, precisaria do dinheiro do mundo todo e não seria suficiente. – Concluo me virando e voltando para a hospedaria.

[Narração Luan]

Que mulher arrogante!
Entro no meu carro bufando de raiva e volto para casa, era praticamente um palácio e tinha criados para todos os lados, mas eu estava a procura de uma especifica.
– Lara. – Digo ao ver a mulher descascando batatas na cozinha.
– Meu Senhor. – Diz se curvando e vindo até mim.
– Vamos conversar nos meus aposentos. – Digo, não queria que ninguém ouvisse, muito menos a dama de companhia de minha esposa, era uma linguaruda, Jasmin era minha esposa e sua dama de companhia Úrsula.
– Aquela mulher está me dando mais trabalho que o normal. – Afirmo assim que ela fecha a porta.
– A estrangeira? – Pergunta e faço que sim colocando a mão na cabeça e me sentando na cama.
_ Vocês ficaram próximas não? – Pergunto.
– Conversamos só um pouco. – Ela diz.
– Mas ela não foi grossa com você nesse pouco tempo como foi comigo. – Afirmo.
– Ela provavelmente não está acostumada com a nossa cultura, digo, de poder ter mais esposas. – Afirma.
– Vá, vire amiga dela, passei com ela, pode ficar até una fias na pousada que ela está para ficarem mais próximas e depois me diga tudo, o que ela gosta ou não gosta. – Afirmo.
– Quer que eu finja ser amiga dela? – Pergunta.
– Se conseguir te farei dama de companhia dela, só precisamos convencer ela a dar uma chance, em troca de muito ouro e ser dama dela. – Afirmo.
– Ela vai me odiar se descobrir. – Diz.
– Prefere passar o resto da vida na cozinha? – Pergunto e ela nega
– Farei o que me ordena Senhor. – Concorda.
– Então vai, nos próximos dias quero informações sobre a minha estrangeira, temos um acordo. – Digo e ela se curva antes de sair e ficar os próximos dias na pousada.

EstrangeiraWhere stories live. Discover now