– Vossa Majestade, esta é uma sábia decisão que foi tomada pelo senhor. – Mielwen afirmou firmemente.

O rei caminhou lentamente como o anoitecer em direção a uma mesa acuradamente esculpida, onde serviu-se de vinho.

– Assim espero. – disse segurando a taça de vinho na mão que contrastava com os anéis em seus dedos que realçava o seu título significante.

– Vossa Majestade, minha senhora. – um elfo que apareceu no recinto reverenciou os dois elfos na biblioteca real.
– Eles chegaram.

O rei assentiu, fazendo gesto mudo com a mão para que o guarda se retirasse, e este curvou–se e se retirou do recinto.

– Veremos no que isto resultará. – disse ao caminhar em direção a porta da biblioteca real, e sair por ela deixando Mielwen a sós com seus pensamentos.

                                                                                        .o0o.
Ela desceu de sua montaria com os olhos fixos na entrada do palácio, se relembrando da primeira vez que esteve ali. Retirou o capuz de sua capa branca que realçava com aquele cenário iluminado, por conta do lugar onde encontrava–se. Suspirou ao caminhar para atravessar a ponte do palácio, sendo seguida pelos elfos que vieram com ela. Os portões do palácio abriram–se para que pudessem entrar, e direcioná–los para a Sala do Trono, onde o rei solicitou sua presença.

Inconscientemente seu corpo deu sinais de calor, quando começou a subir os degraus da Sala do Trono lentamente com hesitação.

Seus pés automaticamente prosseguiram para entrar na Sala do Trono. Seus olhos percorreram o local até caírem no ser sentado majestosamente em seu trono, que a fitava intensamente com seus olhos analíticos e severamente frios como o inverno mais rígido.

Fez uma reverência extremamente arquitetada, sendo imitada pelo mesmo gesto respeitoso pelos elfos que vieram consigo. Ergueu sua cabeça fixando seus olhos castanhos no Rei Élfico, que observava as ações da elfa com uma expressão austera, o que a fez engolir em seco e sentir seu coração bater aceleradamente pelo nervosismo que sentia dentro de si.

– Vossa Majestade. – iniciou com certa dificuldade.
– Sou Auriel, filha de Thalion, o conselheiro do senhor Elrond. Meu senhor Elrond informou–me, que Vossa Majestade escolheu–me especificamente para ser a chefe dos curandeiros que estão essencialmente aqui presentes, para servirem em prol de nosso ofício em seu reino. Viemos em correspondência ao vosso pedido, cumprir esta missão de auxílio na Floresta das Trevas.

– Estou consciente disto. Tudo o que precisarão para exercer seu ofício será espontaneamente proporcionado. E... bem-vindos ao reino. – o tom de voz do rei foi rígido em junção de sua expressão inalterada.

– Vossa Majestade, pelo motivo de que estou comandando uma missão ainda não finalizada no reino de Valle, estarei liderando os curandeiros dos dois reinos ao mesmo tempo. Determinei os dias que estarei aqui serão os três primeiros dias da semana, e os dias que estarei lá serão os quatro dias seguintes.

– Você terá duas missões para cumprir. – afirmou. – Por que não designou outro líder em seu lugar no reino dos homens?

– Porque eu dei a minha palavra que iria cumprir minha missão em Valle. Não posso descumprir minha palavra, isso seria uma desonra para mim. Tenho uma honra a zelar pela minha palavra, e principalmente quebrar minha promessa é totalmente uma desonestidade contra os meus próprios princípios. Tenho consciência de minhas obrigações dentro de meus preceitos.

O rei a fitou com uma expressão impassível de maneira convencional diante das palavras dela, mas assumiu uma expressão serena rapidamente.

– Mas, se eu precisar de sua presença em relação aos relatórios, ou debater acerca da missão quando você estiver ausente?

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