Eu estou aqui

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O almoço finalmente foi servido e todos praticamente avançaram na lasanha, até mesmo Naruto, que sentia o coração quentinho no peito, por ter abraçado Hinata duas vezes no mesmo dia. Portanto, o que ele mais tinha no momento, era fome. Pois ultimamente suas refeições eram mínimas. Entretanto, ninguém ousou questioná-lo, quando o garoto repetiu duas vezes o prato. Como Jiraiya temia que Naruto retornasse ao estado catatônico, onde ninguém conseguia alcançá-lo. Ele limitou-se a paparicá-lo muito, reforçando que, para a sobremesa, eles tinham preparado bombom na travessa. Claro que aquilo fora uma tática para seu protegido voltar a se alimentar com regularidade. Porque ele simplesmente amava aquela sobremesa e principalmente lasanha.

Shikamaru também adorava tudo aquilo e sentia muita falta de frequentar a casa do amigo e de ter Tsunade enchendo sua barriga a todo momento, com todo tipo de comida. Hinata, por sua vez, não ficou para trás, comeu que se fartou. Por fim, muito bem alimentados e razoavelmente moles por terem comido demais, agradeceram à Tsunade que tivera o maior trabalho para preparar tudo, já que Jiraiya mais atrapalhou do que ajudou.

Quando estavam se levantando para retornar à sala, Hinata se prontificou a lavar a louça. Tsunade protestou veementemente, dizendo que Shikamaru deveria lavar e Naruto enxugar, ou vice-versa. Contudo, Hinata estava irredutível; portanto, Shikamaru se mobilizou em enxugar a louça e Naruto a guardar, já que sabia onde os objetos ficavam no armário.

Assim, espiando da porta os três conversando e rindo, com Hinata espirrando água em Naruto e em Shikamaru, Jiraiya suspirou.

— Faz mais de mês que não o vejo assim, tão alegre. — ele afirmou à mulher que tanto amava.

— Eu sei, foi uma barra, nem acredito que Naruto está sorrindo e interagindo com a gente dessa forma. — Tsunade também sorria.

— Ele gosta dessa garota, amor. Mas e se Hinata não corresponder?

— Acha mesmo que ela não corresponde, meu bem? — Tsunade indicou os dois bem no momento em que Hinata passava o dedo lambuzado de espuma no nariz de Naruto. — Você é tão cego para o amor.

Jiraiya observou com mais atenção a cena se desdobrar diante de seus olhos e sorriu abertamente, talvez Hinata correspondesse aos sentimentos de Naruto, afinal. Pensando nisso, ficou mais tranquilo, seria mera questão de tempo até ter seu garoto alegre e hiperativo de volta.

Então Tsunade o envolveu pela cintura e deu um cheiro em seu cangote:

— Vamos subir, deixe os jovens se divertirem, com a gente aqui, podem ficar acanhados.

— Com Shikamaru segurando vela? — Jiraiya devolveu.

Porém, nesse momento, o amigo de Naruto saia de mansinho, pois já havia terminado sua parte, deixando Naruto e Hinata a sós na cozinha. Ainda brincando e perturbando um ao outro. Shikamaru passou pelos mais velhos e levantou as mãos em sinal de rendição, como quem queria dizer: Já me toquei, não vou ficar empatando o lance. E ele rumou para o computador novamente.

Tsunade deu uma piscadinha para o garoto e puxou o namorado pela mão. Jiraiya e Tsunade namoravam há bastante tempo, mas como tinham temperamentos complicados, preferiam morar em casas separadas. Assim ficavam com saudades um do outro e isso também evitava que Jiraiya terminasse com um olho roxo. Desse modo, durante a semana, por diversas vezes ela dormia na casa em que ele morava com Naruto, mas sempre voltava para sua própria casa, quando começavam a brigar muito por qualquer que fosse o motivo. Da posse do controle remoto, a quem lavaria a louça depois do almoço. E assim eles seguiam, se amando e cuidando de Naruto. A relação dos dois funcionava muito bem nesse molde. Porquanto, aproveitando que Naruto estava em ótima companhia, ela decidiu dar privacidade aos adolescentes.

As cores do nosso amorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora