11: Atelofobia

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Tento pensar que um dia vou achar alguém que
não vai se importar com a bagunça da minha escrivaninha
ou com os nós que se enveredam nos meus miolos
e enchem meu peito de tudo
Mudo
Nada
Que qualquer som vai parecer música
rústica o suficiente
para nos fazer dançar
no meio da rua
que vai me deixar traçar
constelações nos sinais estelares pintados na sua pele
e juntos, nós vamos
ouvir um Rubel e sonhar com barcos e mares e profundidades que se escavam na alma
e ir até o fim do mundo
com conversas triviais
banais
Talvez um dia eu ache esse alguém assim
que talvez chegue de forma sorrateira
e escolha montar seu ninho
perto de mim.

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A Arte de Comer e Derramar EstrelasWhere stories live. Discover now