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— Tente focar nessa maçã. — os alunos ajudavam a garota a usar sua técnica.

Estavam ali a quase 2 horas e nada de conseguir, estava se sentindo uma inútil, os olhos começaram a arder, estava quase chorando.

— Tudo bem. — seguraram suas mãos trêmulas e as desviaram da fruta. — Tentaremos amanhã de novo se se sentir bem.

— Me desculpem. — a voz tremendo e baixa, não conseguia encará-los, devem estar desapontados.

— Vai conseguir [Nome]. — Haibara sorriu acariciando os fios trançados.

— Você está progredindo muito bem. — Satoru sorriu alegre e todos concordaram. — Estamos orgulhosos de você.

Concordou cabisbaixa e saiu andando junto dos adolescentes, os jovens estavam sempre por perto da garota e ficavam ajudando a usar sua técnica com cuidado, mas até agora não apareceu nada.

Sua última aparição foi quando desintegrou o vaso na casa de Satoru, nada mais.

Os xamãs tinham a teoria de que a técnica estava bloqueada dentro da cabeça dela, depois de tudo que aconteceu com a criança seria normal ela ficar traumatizada ou perder a capacidade de usar a técnica, temporariamente é claro.

— Ela ainda tem energia amaldiçoada. — o moreno alto fala. — Consegue ver algo?

— Deve estar bloqueado em sua mente, se ela tivesse perdido outra coisa aconteceria, sua pele e seus lábios ainda são rachados, isso significa que o corpo dela não aguenta a técnica, ou que abusaram da energia nela. — o platinado falava enquanto mastigava um chiclete.

— Você realmente acredita no que os xamãs falam? Você sabe, aquela parte de destruição iminente. — Geto parou e encarou o melhor amigo.

— Ela é só uma criança. — o platinado concluiu encarando o teto. — Se tiver a ajuda correta, ela pode ser tão forte quanto nós, o gato ainda não deu sinal de vida.

— Isso quer dizer que ela ainda emana energia amaldiçoada, mas não desintegra as coisas. — murmurou pensativo. — Descobriu algo sobre o ataque a vila dela?

— Nada, mas é estranho. — encarou o amigo, sério. — A vila virou um precipício.

Um estrondo foi ouvido e ambos se poram em pé, correndo até o barulho ouvido. Havia uma fumaça soltando do lugar, era a área dos quartos.

Você, você estava no seu quarto.

Satoru e Geto saíram correndo em direção ao quarto da menor, logo mais vem Nanami, Haibara e Shoko, afoitos e nervosos.

Seria um ataque? Um descontrole seu? Tentaram tep sequestrar?

Assim que chegaram na porta do quarto dela, abriram com rapidez, e lá estava ela, encostada na parede e em sua volta, pó.

Você estava tremendo, lágrimas escorriam de seu rosto, os cabelos bagunçados e cheios de sujeira, aquilo estava um caos.

— [Nome]! — gritaram correndo até você e viram seu corpo cair, escorrendo seu pequeno corpo pela parede, a deixando não branca, e sim vermelha de seu sangue.

Acordou sentindo sua cabeça girar e o corpo doer, as mãos estavam enfaixadas e os braços também. As pernas doíam e estavam encaixadas também, basicamente virou uma múmia.

Algumas vozes eram ouvidas, estavam preocupadas, mas quando você aparece em pé apoiando-se com a mão encararam sua figura e suspiraram aliviados.

— [NOME]! Não pise no chão. — Suguru veio até você e segurou seu corpo nos braços. — Sua pele está mais sensível, vai fazer mal.

— Onde.....onde estamos? — a voz saia baixa e a garganta doía. Suguru foi andando de volta ao quarto e todos seguiam vocês.

— Estamos na Ala medica da escola. — Shoko fala analisando você, passou uma luz em seus olhos e verificou sua garganta. — Está sentindo algo? A garganta dói? A visão está turva ou algo assim, princesa?

— Minha garganta dói um pouco. — resmungou baixinho. — De resto estou bem.

— Você lembra o que aconteceu? — Satoru questiona sr encostando na cama que você estava, os outros se mantinham em pé.

— Eu estava......triste. — falou brincando com os dedos enfaixados. — Ai apareceu um monstro, ele explodiu a minha parede e me jogou pra longe, me lembro de fechar os olhos com medo e ouvir os barulhos que ele fazia, mas em certo momento ele sumiu da minha frente, o barulho acabou e ele sumiu, só deixando a marca de sujeira na parede branca. — Era tudo muito claro para você, não tinha se esquecido de nenhum detalhe.

— Você chegou a tocar nele? Sentiu algo? — Shoko pergunta e você concorda, se sentia mais tranquila.

— Eu não encostei nele......mas sentia meu corpo gelado e quente ao mesmo tempo. — Tentava explicar em palavras. — Como se meu corpo estivesse gelado, mas ao redor de mim estava quente.

— Você viu como ele sumiu? Se virou pó, assim como o vaso? — Agora Nanami a questiona, a voz calma e seria de sempre, mas acolhedora.

— Não, eu tinha fechado meus olhos, só ouvia o barulho diminuindo cada vez mais, como se ele estivesse sumindo aos poucos. — explicou encarando os jovens. — Era.....era um-uma pes-pessoa?

— Não, aquilo era um monstro pequena [Nome]. — Satoru sorriu gentilmente. — Fez muito bem, é uma garotinha forte.

— Ah.....meu quarto ficou destruído. — resmungou tristonha. — Meu gato! Ele estava lá ainda?

— Trouxemos ele, está tudo bem com o Senhor Neves. — Haibara sorriu alegre e você concordou aliviada.

— Já está de noite. — encarou a janela ao seu lado e encolheu-se na cama, onde dormiria se seu quarto foi destruído? Aquilo voltaria?

— Você pode dormir com um de nós. — Suguru sorriu. — Quem será o felizardo a dormir com nossa pequena [Nome]?

— EU, EU VOU DORMIR COM ELA — Satoru falou abraçando seu corpo e a protegeu deles, como se fosse preciosa. — Ela é MINHA pequena [Nome].

— Está tudo bem [Nome]? Quer dormir com Satoru mesmo? — Shoko riu provocando o platinado e você concordou o abraçando de volta.

— Tudo bem. — segurou na camisa do uniforme do maior e viu eles concordarem.

Já poderia sair, estava sob os cuidados de Satoru até se recuperar totalmente, seus membros superiores e inferiores ainda estavam enfaixadas.

Estava abraçando seu gato de pelúcia deitada na cama do platinado, ele estava tomando banho, mas já saira pronto e pulou em sua direção.

— Agora eu e minha pequena [Nome] podemos fofocas a noite inteira. — ele deu uma risadinha alegre. — O que acha do meu plano? Está cansada?

— Não, eu não costumo dormir muito. — sorriu calmamente para ele. — Seus olhos são muito bonitos Satoru.

— Muito obrigado, os seus também são. — ele sorriu a encarando por cima das lentes escuras que usava. — Por que eles são diferentes? Um é cinza e o outro vermelho.

— Eu não sei, e eles são feios, são diferentes. — resmungou se enfiando nas cobertas dele, estavam cheirosas.

— Mas o seu diferente é um diferente bonito, pequena [Nome]. — ele sorriu deitando-se ao seu lado.

Sempre será um diferencial bonito para mim.

𝐞𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ∫ satoru gojo & nanami kento Onde as histórias ganham vida. Descobre agora