I'm not that fragile

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Sentindo a sua excitação subir ainda mais, com todos os pelos do seu corpo se eriçando, resolveu que já era ora de encerrar o ósculo. Não queria ir muito além do beijo francês e acabar perdendo seu raciocínio lógico. Os seres humanos tendem a fazer escolhas ruins com a cabeça tomada pela excitação. Segurando suavemente o rosto do Hatake, separou o contato com um selinho estalado.

— Vou querer mais desses — brincou, soltando, enfim, os braços da cintura alheia. Fitou os lábios vermelhos do outro e a coloração rosada ficar mais intensa na área das bochechas assim como no nariz e orelhas.

— I-idiota — xingou, constrangido, porém não negou, o que fez um grande sorriso surgir no maior.

Kakashi sentou-se nas banquetas, para acompanhar o Uchiha cozinhar, de vez em quando, trocando selinhos, em sua grande maioria roubados pelo cozinheiro.

Enquanto lavavam as louças do jantar, conversavam amenidades, sobre seus parceiros de trabalho e os anos de faculdade.

— Shisui é órfão... ele tem formação em enfermagem — comentava o moreno, secando uma travessa — Eu não sei bem qual é o rolê, mas apesar de ter sido registrado como Uchiha, e possuir um certo grau de parentesco com todos nós, não há o nome dos pais biológicos dele no registro, mas sim os dos adotivos — ele explicava, vendo o menor compenetrado em esfregar uma panela.

— Ele investigou no hospital? Normalmente todas as grávidas têm uma ficha de acompanhamento da gestante. E não tem como uma puérpera ter evaporado do hospital — ele olha para o parceiro, com uma careta de indagação.

— Por mais louco que seja, ele investigou e nada foi achado. Nem nomes, datas de entrada, acompanhantes... Somente a sua ficha de recém nascido, com uma assinatura desconhecida do seu nome — fecha a porta do armário, encostando-se ao lado do garoto para acompanhar ele lavando os talheres — Nem as digitais do papel batem com alguma do sistema — suspira.

Por um momento pensou que Shisui poderia o entender, porém depois, descartou a ideia.

— Entendo... — concordou, voltando das suas divagações — Soube que a Konan está saindo com um cara — riu levemente, colocando as talheres no escorredor — Aquele policial de cabelos laranjas... como é o nome mesmo?

— Yahiko — Obito lembrou, guardando os pratos.

— Ele mesmo... espero que eles consigam engatar um relacionamento sério — torcia internamente pela felicidade da de cabelos azulados, pois ela vivia reclamando que seus encontros terminavam num completo fracasso.

— Também torço por ela — sorriu por fim.

— Uh, Obito... quem era aquele homem que trombou com você na Academia de Agentes? — resolveu perguntar.

A face do moreno tornou-se mais séria de uma hora para outra. Colocando o pano de prato sobre a guarda de uma cadeira, sentou-se.

— Ele é um ex-amigo da faculdade. Frequentávamos cursos parecidos e nos tornamos próximos. Porém ele tinha alguns problemas familiares e vivia despejando isso em cima de mim, acabei me afastando, já que ele não levava em conta os meus conselhos e os assuntos pessoais dele estavam afetando a minha vida — explicou.

— Sinto por fazer você lembrar disso — pediu, deixando um selo sob a cabeça do maior, que sorriu comovido.

— Está tudo bem, já faz tempo e eu meio que me senti mal por ter me afastado. Mas naquele dia ele estava indo conversar com o pai lá na Academia, então parece que eles se resolveram.

— Qual é o nome dele?

— Iruka Umino — respondeu sorrindo.

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