Deixou um beijo na testa do menor, fechando a porta em seguida.
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Sonolento, desceu as escadas da casa aquecida pelo ar-condicionado. Havia acordado por volta da hora do jantar, sendo agraciado pelo cheiro divino que provinha da cozinha. Bocejou, arrastando as pantufas um pouco infantis, por serem de cachorrinho.
Obito fez uma promessa silenciosa de dar ao grisalho um cachorro quando pudesse.
Deixou a faca sobre a tábua de corte quando viu a figura de cara amassada e caminhar sonolento se aproximando. Limpou as mãos, abrindo os braços, o acolhendo num abraço. Os braços de Kakashi rodearam seu tronco, enquanto ele apoiava a cabeça em seu peito.
Podia ouvir claramente o bater descompassado do coração do moreno, bombeando o sangue rapidamente pelas artérias e veias. Sorriu, aspirando o perfume que tanto lhe embriagava, se pudesse, viveria colado ao maior apenas para poder respirar e sentir aquela fragrância amadeirada com algumas notas cítricas.
— Eu preciso terminar o jantar, Kashi — avisou, ouvindo um murmúrio manhoso do menor. Como não iria se apaixonar convivendo diariamente com essa criatura? — Se eu te dar beijinho, você me solta? — resolveu fazer a proposta.
O grisalho pensou um pouco. Depois daquele beijo no escritório, aqueles sentimentos sobre o parceiro haviam se tornado mais fortes. Foi bom, Obito não havia forçado nada, respeitou suas zonas de toque, não indo direto ao ponto, fazendo o momento ser carinhoso e que a vontade de repetir aumentasse.
Maneou a cabeça, concordando timidamente.
Mais que rapidamente, Obito levantou a cabeça do menor pelo queixo, fazendo-o olhar-lhe nos olhos. Queria poder dizer, em voz alta, que não poderiam de maneira alguma continuar nesse jogo perigoso, pois eram apenas amigos e parceiros de trabalho. Contudo, aqueles olhos negros, brilhando mais do que as estrelas, lhe passavam uma mensagem totalmente contraria. Algo como uma pequena chama de expectativa reluzia lindamente, dando um ar totalmente angelical junto com as bochechas rosadas e os lábios entreabertos.
— Você é tão perfeito, que tenho medo de te quebrar — sussurrou, acariciando o rosto com a mão livre, tão levemente, que se passaria por cocegas.
— Não sou tão frágil assim — respirou fundo cerrando os olhos, ao sentir as mãos grandes descerem pelos seus ombros, as extensões dos braços, até pararem em sua cintura, onde repousaram, trazendo-o mais para perto.
Com os olhos fechados, os lábios se juntaram timidamente, num toque calmo e prolongado, apenas para sentir a maciez da carne. Kakashi, sentia que apenas aquilo não chegava, queria um pouco mais e tomando a frente, chupou os lábios do Uchiha, fazendo aquele barulhinho que lhe atiçava os ouvidos. Separou o contato, colocando suas mãos que até então estavam largadas ao lado do corpo, nos ombros largos do moreno.
Um calor gostoso subiu pelo corpo de Obito, um formigamento que se instalou em seu ventre, fazendo o coração bater mais rápido do que já estava, assim como as mãos reagirem, apertando levemente a cintura do menor. Não resistiu ao arfar que esse soltou. Subindo uma mão pelas costas, agora livres das ataduras, puxou-o pela nuca, colando os lábios num beijo completo.
Mesmo sem nunca ter tentado um ósculo assim antes — pois nunca havia namorado ou feito isso com alguém — o grisalho apenas seguiu o maior, movimentando a língua conforme seu instinto mandava. Perdido naquelas sensações, apenas seguia os movimentos involuntários do corpo, reagindo com respiradas mais fundas aos apertos leves em sua cintura e cabelo. Aquilo era tão bom que jamais queria largar aquela boca, porém Obito tinha outras intenções..
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Interconnected - Abandonada
ActionDepois do aparente suicídio de seu pai, Hatake Kakashi se junta ao Instituto de Criminalística Uzumaki, sendo parceiro do perito forense e investigador Uchiha Obito. Juntos, ambos vão desvendar os mais difíceis casos, enquanto lidam com seus passado...
I'm not that fragile
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