A vingança de Sirius

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Ponto de vista de Tom Riddle:

Alguém me tira daqui. Urgentemente.

Eu não aguento mais, aqueles dois patetas vão acabar me matando.

Socorro! Eu sou muito jovem para morrer! Eu ainda não experimentei todos os feitiços do mundo, nem todas as maldições! Porra, eu nem consegui sete horcruxes ainda!

Eu choramingava naquela prisão que Potter comprou. Aquele maldito pedaço de madeira que me impedia de ter a tão sonhada liberdade.

Por que alguém criou isso? Quem foi o monstro cruel que ousou criar essa mini prisão para prender as crianças do mundo? Por que Potter não me deixa viver em paz, jogando batatas na cara dele sempre que chego na cozinha, ou jogando garfos no cabelo de Black?

É tão divertido.

"Qual é, Sirius, isso é só um pouco de magia acidental!" Ouvi Potter argumentar para o Black. Ambos estavam discutindo há alguns minutos sobre eu estar destruindo a casa com magia.

"Magia acidental, naquela idade? Harry, ele está fazendo isso de propósito! Ele vai nos matar enquanto dormimos!" O vira-lata chorou. Bem, não é totalmente mentira. "Ele destruiu a minha linda televisão de novo. Já é a terceira vez!" Black disse, ignorando o fato de todas as televisões serem roubadas dos vizinhos.

Desde que eu descobri que precisava lutar para sobreviver na presença desses dois Grifinórios estúpidos, eu decidi ser mais estúpido ainda e me entregar ao meu lado insensato de bebê. Então, desde a bagunçar a sacola de compras de Potter, até a chorar compulsivamente por qualquer coisa e fazer tudo que um bebê normal faria, eu faço.

Embora...ter Black limpando minha bunda depois de fazer...o número dois é...é certamente muito desconfortável. Jurei a mim mesmo que, quando voltar ao normal, eu me vingaria.

Mas, por enquanto, continuarei a usar minha magia para irritá-los. (eu sou um gênio, é óbvio que já dominei minha magia, Black foi um pouco esperto por ter notado nisso. Pobre Potter, tão ingênuo)

"A gente devia largar ele em um orfanato enquanto procuramos uma cura, ou simplesmente entregamos ele a Dumbledore. Seria tão mais fácil. Quero dizer, ele é um Lorde das Trevas e está vulnerável bem na nossa frente!"

Oi? Eu ouvi bem?

"..."

Silêncio.

Estava um silêncio esquisito e assustador. Eu nunca pensei que aqueles dois pudessem ficar quietos. Porém, o simples pensamento de ser colocado em um orfanato já fez meus olhos arderem. Ser um bebê tem suas desvantagens, como o emocional seriamente sentimental. E se eles me entregam, mesmo, ao Dumbledore? Eu vou meter tanto soco naquele nariz torto daquela cabra velha se ele ousar me pegar no colo e me matar que-

"Não." Ouvi a resposta branda de Ha-Potter.

"Como assim não?" Black deve ser um idiota, ou surdo, para não ter ouvido a clara rejeição.

Isso aí, Potter, não me deixa morrer!

Oh, por Salazar, eu estou torcendo pelo meu próprio inimigo, pela minha vida. Ser um bebê me deixou patético.

"Eu disse que não vou largá-lo em algum orfanato, ou mesmo mandá-lo para Dumbledore para ele matar o Tom!" Potter fez uma careta, que eu vi pelo pouco que eu conseguia enxergar da prisão de bebês, digo, do berço.

BabymortWhere stories live. Discover now