𝐓𝐇𝐄 𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐄𝐕𝐀𝐍𝐒 彡 Sirius Black

𝟒𝟑. 𝐘𝐨𝐮 𝐝𝐢𝐝 𝐢𝐭!

VOCÊ CONSEGUIU
ೃ ༉‧₊˚✧ |

31/10/1981, Godric's Hollow

Voldemort estava totalmente encapuzado, quando ele estava prestes a entrar na casa eu o parei.

—Ah papai, eu não faria isso se fosse você... —Ele se virou em minha direção com sangue nos olhos
—Alice... o que está fazendo aqui?
—Você não vai tocar no meu sobrinho, só por cima do meu cadáver

—Uma pena que desperdiçarei meu tempo tendo que matá-la...
—Pode tentar, papai —Falei sarcástica
—Você irá se arrepender de ter traído minha confiança, sua menina insolente —Ele lançou um feitiço em minha direção.

Antes dele me atingir, ele congelou no ar, impedindo de me atingir. Com um breve movimento de minha mão, direcionei aquele feitiço para longe. Voldemort arregalou os olhos ao ver que eu não tinha mostrado nem dez por cento de minha verdadeira magia. Pude sentir meus olhos se tornarem violeta e a magia correndo pelas minhas veias.

—Você é estúpido ou esqueceu de quem eu sou filha e neta? —O poder se concentrava em minhas mãos, prestes a atacar

—Você pode conseguir me derrotar agora, mas eu voltarei Alice... e você será a primeira a morrer em minhas mãos —Ri com escárnio —Então você acha que eu não sei sobre as horcruxes? —Sua expressão ficou séria, sua pele estava pálida —Realmente, meu avô estava certo, você seria pelo menos um pouco inteligente em criar as horcruxes... Mas, que bom que tenho poderes suficiente para destruí-las

—Alice... você é minha filha. Como pode fazer isso contra seu próprio pai? —Podia sentir o medo e desespero em sua voz

—Eu nunca te considerei meu pai, nunca. Você matou pessoas inocentes, por sua culpa os últimos anos de minha vida foram um inferno. E você acha mesmo que eu deixaria de te destruir de uma vez por todas só por que você é meu pai? Ah, e não adianta chamar seus comensais, nessa hora já devem estar todos a caminho de Azkaban.

—Você... —Sua voz era baixa e rouca. Sabia que ele iria atacar, então criei um escudo em torno de nós para que ninguém fora se machucasse. Senti a magia que saiu da varinha dele passar perto de mim, como um raspão. Aquilo me enfureceu, então começamos a duelar. Ele era forte, muito forte, porém eu era mais.

Sentia seu poder enfraquecendo a medida que lutávamos, não podia deixar nenhuma brecha, mas enquanto duelávamos, Ele entrou em minha mente. Tentei desviar todos os pensamentos cruéis que ele projetava. Não iria cair, não deixaria ele saber de meus pontos fracos. Então, fiz o mesmo, entrei em sua mente, fiz questão de resgatar todas as memórias dele. Só que uma chamou minha atenção... ele estava sofrendo, sofrendo muito. Lutava para conseguir entrar mais naquela memória, o que me fez desconcentrar e um dos feitiços se chocar contra mim. Me deixou mais fraca, mas não me matou. Voldemort já estava cansado e fraco, não sei quanto tempo estávamos duelando, então quando senti meu poder de volta e o violeta de meus olhos se intensificar eu ia dar o golpe mortal.

—Você irá se arrepender Alice... —Ignorei sua tentativa de me desconcentrar e lancei.

—Eu nunca tive tanta certeza de algo em minha vida —Lancei o feitiço com toda força e poder que eu tinha. Quando o feitiço atingiu Voldemort, sua varinha foi destroçada e uma luz forte e de extensão grande se alastrou pelo bairro. O baque do corpo morto de Voldemort e a luz que tinha se projetado, fez com que pessoas saíssem de suas casas. Mas por conta do feitiço não iriam conseguir ver nada, até que ele foi desfeito por mim. Pela quantidade de força e energia que usei, caí de joelhos na rua. Minha vista começou  ficar turva e minha cabeça começou a latejar, até que escutei o barulho de pessoas vindo até mim e me ajudar. Uma senhora me deu um copo d'água para conseguir me acalmar.

—Ele está derrotado. Voldemort está morto... —Um morador falou ao ver o corpo caído não muito longe de onde eu estava.

—LICE! —Escutei a voz de Lily de longe. Ela estava saindo de sua casa correndo em minha direção e me abraçou forte. —Lice... Meu Deus... me perdoa —Ela segurava meu rosto, alisava meu cabelos. Segurei seu rosto e limpei suas lágrimas

—Está tudo bem agora... ele foi destruído, você não tem o que se perdoar —Ela voltou a chorar e a me abraçar

Em segundos, aurores apareceram e levaram o corpo de Voldemort. Vi James sair de dentro de casa correndo ao me ver.

—Lice... você está viva! Eu não acredito...
—Não ia se livrar de mim, James —Nos abraçamos forte, as lágrimas de ambos molharam as nossas roupas. —Onde está Harry? quero conhecê-lo —Falei depois de sair do abraço de James.

Enquanto entrávamos na casa deles, podia ver diversos jornalistas e pessoas do ministério chegando no local. Podia-se ouvir muitos falando ''Foi a neta de Merlim'' ''A menina que estava desaparecida matou Voldemort'' eu apenas sorri ao escutar, depois falaria o que aconteceu. No momento só queria conhecer meu sobrinho.

Estava conversando com James na sala até que Lily apareceu com um bebêzinho, de olhos iguais aos de Lily, mas a cara de James.

—Olha Harry, sua tia —Lily balançava o bebê ao se aproximar. Lágrimas saíam dos olhos de nós três —Quer segurar? —Apenas assenti e ela me entregou o mini James, com certeza esse seria seu apelido agora.

—Oi Harry... —O bebê pareceu gostar de mim, ele sorria enquanto falava com ele —Eu estou muito feliz em conhecer sabia? —Suspiros de alegria saíam de dentro de mim. Enquanto eu ainda estava com Harry no colo, escutamos a porta se abrir e passos apressados virem em nossa direção. Nos viramos e vimos Sirius e Remus chegando ao nosso encontro. Lily pegou Harry para que eu pudesse ir até os dois.

Eu e Sirius apressamos os passos, nos abraçamos forte, tudo agora iria ficar bem.

—Você conseguiu —Ele segurava minhas bochechas
—Sim, eu consegui... por nós —Ele me beijou.

—Eu te amo —Sirius disse e voltou a me beijar. Era um beijo apaixonado, com inúmeras sensações e sentimentos. Quando nos afastamos, vi Remus chorando olhando para mim.

—Remus... —Corri para abraçá-lo, não conseguia segurar as lágrimas.
—Eu sabia que você ia conseguir... estava com saudades de você

—Também estava Remus... agora poderemos viver em paz.

[...]