Casamento arranjado (Lawlight) Yaoi

Capítulo XXV

         Autora On
                                                                                   Sayu On
Complicado, simplesmente complicado cuidar de alguém bêbado, não achei que fosse ser tão difícil de ficar com a Misa, no começo estava tranquilo cuidar dela, mas depois ela começou a andar cambaleando pelo quarto, -quase derrubando os meus preciosos peixes!- ela começou a falar coisas aleatórias enquanto via a coleção de mangás na minha estante, ela foi para a janela e começou a acenar para qualquer um que passava na rua, tive que fechar as cortinas depois disso. Uma coisa é o meu irmão bêbado, outra é a Misa que está colocando a mão na tigela com os peixes e…oi!?

-Misa, sai dai! -falei tirando a mão dela de perto dos meus peixes- só te perdoo porque te amo -falei ainda irritada com ela, a outra me encarou com os olhos surpresos e depois soltou uma pequena risada, maldita seja a bebida…- não nesse sentido! -respondi, por que ela acharia que eu realmente a amava romanticamente? somos apenas amigas, e temos uma grande diferença de idade, com certeza não daria certo mesmo se tivéssemos a mesma idade…é nisso que acredito. Suspirei cansada enquanto via que ela tentou mais uma vez pôr a mão no aquário, bati na mão dela como defesa, mais uma vez ela tentou e bati na sua mão outra vez, ela não desistiu em nenhum momento, continuava a persistir nesse ciclo chato- já chega! -pela clara raiva nas minhas bochechas, acabei por bater na mão dela com muita força, deixando uma marca vermelha em sua mão. Ela olhou para mim e depois para mim, para mim e depois para a sua mão, ela continuava a fazer esse ciclo, e aproveitou que eu me distraia com isso e pôs a mão no aquário mais uma vez- Misa chega! você está bêbada, precisa tomar banho e ir dormir -falei cruzando os braços enquanto fazia bico. A outra me olhou com a cara emburrada

-Eu não quero tomar banho -falou de modo infantil e se deitou na cama

-Então ao menos troque suas roupas, você está cheirando a sakê -mesmo com as contradições da loira, fui até o meu guarda roupa para pegar alguma roupa que pudesse ter o mesmo tamanho que ela. Optei por uma blusa longa preta -que roubei do meu irmão, não conte para ele- um shorts da mesma cor, para complementar, peguei meias brancas na gaveta e voltei até a outra que me olhava emburrada- você vai vestir isso aqui por bem ou por mal -falei e a puxei pelo braço para se sentar, propositalmente ela abandonou os movimentos do corpo, se deixando solta, molenga e mais pesada. Felizmente consegui fazer ela se sentar, era um pouco estranho ter de vestir ela, não entendo do porquê disso, eu não me entendo. Tirei a blusa dela enquanto ela lançava um olhar curiosos e envergonhado- o que foi? eu fiz algo de errado?(além de eu estar tirando sua roupa)-ela inflou as bochechas e, um pouco tonta, cobriu a si mesma com o meu lençol dobrado -agora desdobrado- da cama

-Pervertida! -disse a Misa, como ela pode achar que eu esteja com segundas intenções? eu só quero arruma-la e a pôr para mimi. Coçei os meus cabelos um pouco impaciente

-Misa, eu só quero trocar sua roupa e deixar você dormir -esclareci mais uma vez. Ela continuou alguns segundos com o lençol no peito, mas logo o tirou e deixou eu continuar o trabalho aliviada. Troquei sua blusa, seu short e vesti meias em seus pés. Tirei as suas ligas de cabelo o deixando todo solto, acabou por ficar alguns fios de cabelo no seu rosto, fiz a questão de tira-los com cuidado, tendo em mente que ela ainda estavam sob o efeito da bebida. No mesmo instante que ia tirar minha mão, Misa pegou nela e a trouxe de volta para o rosto, esfregando a sua bochecha na mesma enquanto ronronou, ronronou? ela ronronou apenas pelo toque da minha mão? 

Soltei minha mão um pouco corada e a guiei para o centro da cama, a cobri com o lençol mas ela tirou

-Muito quente -reclamou a Misa como uma criança, como se o ar condicionado está na no frio máximo?. Tirei o lençol dela- agora 'tá muito frio -reclamou, se quiser eu te dou um soco para você dormir, não vai sentir nem frio nem calor. A embrulhei mais uma vez- a mimi -disse ela apenas com a cabeça de fora do lençol, que fofo