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Nota da autora:
Para quem lê escutando música, recomendo escutar esse capítulo com alguma música calma. Minha sugestão é Fine line do Harry styles. Foi a que escutei enquanto escrevia uma parte do capítulo.

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No dia seguinte, a sexta feira estava ensolarada e com a temperatura altíssima, os alunos que antes vestiam roupas de frio agora estavam com suas roupas de calor, e como de costume de dias assim, os alunos agora pediam para ligar o ventilador depois da aula de Ed. Física que tiveram.

Reki estava com os cabelos molhados na testa, mas não de suor e sim da água gelada que ele jogou no rosto depois de um tempo jogando vôlei, ele jogou a cabeça para trás sentindo o vento que ia em sua direção.
Reki não era tão bom no vôlei, mas ele tentava jogar porque era melhor do que ficar na arquibancada olhando os outros. Langa por outro lado era bom, e se sentiu energético jogando, se sentiu bem e agora bebia sua garrafa de água quase inteira sem nem parar para respirar. Assim que terminou tampou a garrafa e jogou dentro da mochila, se sentando logo em seguida ao lado de Reki.

A próxima aula começou, e era uma aula de filosofia, a qual Reki não era tão ruim, mas nesse dia em específico ele não conseguiu prestar nem um pingo de atenção. Seus pensamentos ia e vinha com assuntos que ele tentava não pensar, como por exemplo o quanto ele realmente queria estar com Langa, e o quanto isso o sufocava. Ou como ele odiava toda essa situação. Todos os seus pensamentos iam direto para um ponto específico e estava ficando difícil lidar com tudo isso no meio da aula. Reki então se levantou e pediu ao professor para ir ao banheiro, e assim que recebeu um asseno de cabeça o autorizando a ir, ele foi.

Subiu todas as escadas possíveis e entrou no corredor vazio do último andar. Onde ficava os laboratórios e umas salas para clubes, entrou no banheiro que estava vazio e lavou novamente o rosto, assim que levantou a cabeça, se olhou no espelho e tentou imaginar um cenário no qual falaria para sua mãe que gostava de garotos também, e que estava gostando do vizinho. Mas na cabeça do ruivo nada disso saia com um final feliz, mesmo lá no fundo sabendo que sua mãe não o expulsaria de casa e deixaria a solta pelo mundo tendo que se virar sozinho. Só... Talvez não agisse como age agora, com tanto amor e carinho, como o olha com orgulho e afeto.

Isso quebra todas as espectativas de algo bom sair disso... Reki não suportaria o desprezo de sua mãe. Não como seu pai o desprezou quando ele ainda era uma criança de 8 anos, por nada.

Reki ficou tanto tempo no banheiro, que só deu conta do horário quando o sinal avisando o fim das aulas tocou. O mesmo respirou fundo e saiu do banheiro, iria buscar sua mochila na sala e ver se encontrava os amigos, mas não precisou de tudo isso, já que Miya e Langa vinham em sua direção pelo corredor.

Reki lançou um sorriso pros amigos.

- Achei que você ia só no banheiro. - Langa diz.

- E eu fui só no banheiro. Nem percebi o tempo passando, desculpa.

- Relaxa, Reki. Só fiquei preocupado... Mas o Miya disse que você as vezes fica aqui.

O ruivo olhou para o amigo que deu um sorriso sínico, ele acabou de contar o meu esconderijo. Pensou Reki.

- Eu to bem, não precisava se preocupar.

Langa levanta uma de suas sobrancelhas e logo assente. De alguma forma, ele sabia que Reki estava mentindo. Como se o conhecesse a anos, quando na verdade, o conhece só a semanas.

- Vamos para casa, então? - Miya pergunta e os outros dois assentem e começam a andar corredor a fora e descer as escadas para assim chegar na rua e ir para casa.

Você roubou o meu gato!Where stories live. Discover now