Epílogo

13.6K 1.4K 6.5K
                                    

[n/i]: chegamos ao tão esperado – ou não – epílogo.

não irei me prolongar com notas de agradecimentos posteriores porque odeio despedidas e sou péssima com palavras, mas gostaria de dizer que sou grata pela trajetória de classy pirouette e por todo carinho que recebi até aqui <3

espero ver vocês na minha próxima história, Immutable, que estará disponível após esta publicação! (não pulem as notas iniciais, por favor)
até logo xx.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏

~×~
͏


O som irritante do despertador ressoando em seu ouvido não era algo que Harry gostava de lidar pelas manhãs, mas era parte do ritual.

Praguejando, ele se sentava na cama e buscava pelo aparelho na cômoda, desligando-o mais rápido possível. Permanecia na mesma posição por um tempo, apenas contemplando sua existência e os feixes de luz que atravessavam a cortina timidamente.

O mau humor matinal evaporava ao fitar Louis adormecido ao seu lado. Os cílios longos descansavam delicadamente, as madeixas se espalhavam no travesseiro macio e a respiração tranquila e silenciosa causava uma movimentação sutil a cada lufada de ar.

Usualmente, o mais velho estaria beijando seu pescoço e dizendo melações logo nos primeiros minutos do dia. No entanto, a noite anterior havia sido tão agitada que ele não apresentava indícios de abrir os olhos tão cedo.

Acrescentar esse adjetivo ao lado da palavra 'noite' seria comum para eles, mas tratava-se de outras circunstâncias.

Não havia mais fraldas a se trocar, nem chupetas e mantinhas do conforto para oferecer. Meias palavras foram esquecidas e começaram a ser conjulgadas no tempo verbal correto. Berços não eram mais bem-vindos e deram lugar a camas confortáveis.

As tarefas de matemática tornavam-se complexas a cada semana e o contanste crescimento resultava em roupas e sapatos perdidos que viriam a ser doados posteriormente. O papel de parede de gatos se manteve, mas o quarto ganhou novas decorações, como pôsteres de bandas coreanas e uma medalha do mais recente competição local de balé.

Segundo lugar, medalha de prata.

Anthony e Evangeline não eram mais bebês, eram crianças de quatro anos de idade. Violet deixou de se enquadrar no que as pessoas nomeiam como infância e agora beirava a adolescência.

Então, não. A noite agitada não se deu pela constante necessidade de atenção dos gêmeos ou pela preocupação em atender os desejos da primogênita para assistir filmes até a tarde da madrugada.

Nem mesmo o mais novo gato da família, Charlie, causava tanto alarde para manter Louis ansioso. O felino era um dos seis filhotes gerados por Molly, fiel companheira de Liam, e estava habituada à casa há alguns meses.

Nada de crianças, pré-adolescente ou animal de estimação. O que ocupava sua mente ultimamente era...Harry não sabia e aquilo o castigava com fios brancos. O empenho em tentar entender o que estava acontecendo era quase diário, mas Louis sempre desconversava.

Deixando tal pensamento de lado, ele acariciou o peitoral do marido, enrolando os pêlos curtos em suas digitais enquanto distribuía beijos singelos na clavícula. Tomlinson remexeu-se inconsciente, despertando aos poucos a medida que a boca de Harry se aproximava de sua orelha.

─ Bom dia. ─ a voz rouca enviou arrepios pela coluna de Louis e ele sorriu sonolento, massageando os cabelos ondulados ao selar seus lábios. ─ Fique em casa hoje, você dormiu pouco...

Classy PirouetteWhere stories live. Discover now