I still need you

• part three •

22 de Janeiro.
Quinta, 06:30 am.

Acordei super ansiosa e preocupada pois hoje era o dia da prova que eu estava estudando há meses. Depois de tomar um banho e colocar a roupa pra faculdade, fui pra cozinha preparar um café. Enquanto isso eu estava andando de um lado para o outro tentando revisar tudo o que eu precisava saber para a prova. Calma, Lunna, vai dar tudo certo, você consegue - pensei. Respirei fundo e coloquei o café já pronto na xícara, dando um gole no mesmo logo depois.

Peguei minha mochila no quarto e meu celular em cima da escrivaninha. Percebi que havia uma notificação, desbloqueei o celular e vi que era mensagem da Mary.

*Chat on*

Mary: Oi amiga! É hoje a prova, né?

Lunna: É hoje sim. Você estudou?

Mary: Pior que não muito. Eu lembrei ontem à noite que tinha que estudar, então passei a noite lendo os livros. Mas não sei se vou conseguir fazer.

Lunna: Ai meu Deus, Mary! Essa é a prova mais importante do semestre, como você esquece?

Mary: Eu sei, eu sei. Da próxima eu vou começar a estudar desde o dia que o professor dizer que vai ter prova.

Lunna: Bom mesmo.

Mary: Mas que bom que vai ter recuperação, né.

Lunna: Sim. Agora tenho que ir, Mary. Nos vemos na facul.

Mary: Ok, tchau.

*Chat off*

Já era 06:50 e eu não tinha terminado meu café ainda. Tentei tomar tudo em um gole só e acabei derrubando na minha blusa. Meu Deus, eu sou muito desastrada. Corri no meu quarto e peguei outra blusa. Fui até o banheiro e escovei os dentes. Eu já estava atrasada, faltavam 5 minutos pra aula começar, ainda bem que a facul ficava perto do meu prédio. Coloquei a mochila nas costas e sai do apartamento. Eu estava com pressa, então decidi descer pelo elevador. Quando fui entrar no mesmo, Finn, meu vizinho entrou junto.

Apertei o botão para o térreo e o silêncio tomou conta do elevador. Ele nem olhou para mim e eu também não o fiz. Pensei em dar bom dia, mas hesitei. Comecei a bater os dedos na minha perna como eu sempre fazia quando estava nervosa. O elevador começou a descer os andares, porém parou quando estava no segundo andar, fazendo um barulho, como se tivesse quebrado algo.

Era só o que me faltava o elevador ter quebrado. Eu estava mega atrasada, apreensiva por causa da prova e nervosa por estar presa com um desconhecido no elevador. Que bacana, quem amou? E agora? O que eu vou fazer? Eu vou perder a prova, não acredito nisso.

— O que será que aconteceu? — perguntei quebrando o silêncio enquanto tentava achar um jeito de resolver esse problema.

— O elevador deve ter quebrado e agora estamos presos aqui. — olhei para Finn e ele parecia assustado mas tentou disfarçar.

— O que vamos fazer? — abracei meus braços e encostei na parede do elevador.

— Não sei. O jeito é esperar. — ele suspirou tentando manter a calma.

— Mas não é possível. Eu tinha uma prova super importante hoje. Eu quase nunca uso esse elevador e hoje que eu fui usar porque estava com pressa, ele inventou de quebrar. — eu estava chateada.

Percebi que Finn apenas olhava fixo pro chão sem nenhuma expressão e sua respiração estava começando a ficar ofegante.

— Deve ter um jeito de avisar alguém que estamos presos aqui. — peguei meu celular para mandar uma mensagem pro porteiro mas percebi que estava sem sinal — Deve ter um jeito de sair daqui. — comecei a ficar preocupada e passei a mão pelas paredes à procura de algo que pudesse ajudar.