Capítulo 3

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Eu pensei por um bom tempo sobre se iria ou não escrever a cena da Laura sendo expulsa de casa, mas, decidi que ia ser um gatilho desnecessário, então não veremos isso porque ninguém precisa de uma sofrência dessas num dia dos namorados.

Eu pensei por um bom tempo sobre se iria ou não escrever a cena da Laura sendo expulsa de casa, mas, decidi que ia ser um gatilho desnecessário, então não veremos isso porque ninguém precisa de uma sofrência dessas num dia dos namorados

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Giovana subiu pro quarto depois de gaguejar uma explicação pros pais. Deixou o jantar completamente de lado e se jogou na cama.

[Giovana]
Onde vc tá?

[Laura]
Na rua
N sei pra onde ir
To com medo
Vou tentar chamar um uber
Mas n sei pra onde

Mordeu os lábios, aflita enquanto esperava por mais mensagens sem ter nem ideia do que dizer ou fazer, suas mãos tremiam. Deu um pulo de susto ao sentir um toque no ombro.

"O que foi?" — Sara questionou, sentando-se ao lado da filha.

"Minha amiga foi expulsa de casa." – respondeu. Seus olhos ardiam ao sentar-se na cama, grata por sua mãe estar usando Libras. – "Ela... Os pais dela descobriram que ela é bissexual e aí..."

"Meu Deus!"

"Eu não sei o que dizer pra ela... Ou o que fazer ou... E ela não sabe pra onde ir... Eu..." – Giovana cobriu a boca com as mãos contendo soluços. – "Eu não consigo nem imaginar..."

Sara abraçou a filha. Giovana deitou o rosto no colo da mãe, tremendo, e a deixou pegar o celular. Não viu o que a mulher digitou com seriedade e lábios rígidos.

[Giovana]
Tem algum parente que vc acha que poderia te acolher?
Alguém para quem possa ligar ou com que possa passar a noite?

[Laura]
Minha vó eu acho
Mas ela mora um pouco longe

[Giovana]
Tente ligar para ela
Veja se pode ir pra lá
Tem dinheiro?

[Laura]
Só uns trocados
Vou ligar pra ela

[Giovana]
Ok, não deixe de contar o que acontecer
Se n tiver pra onde ir pode vir pra cá

[Laura]
Ok, obg
Vou ligar

Giovana pegou o celular de volta, lendo as mensagens que a mãe havia digitado e forçou um sorriso enquanto se sentava na cama.

"Me sinto culpada."

"Querida, não se sinta assim. Não é sua culpa. Triste que pais assim existam. Vem cá." — Sara sorriu abraçando a filha, passou a falar em português. — Não precisa chorar, ok? Tenho certeza que sua amiga vai ficar bem, querida.

— E-espero que sim.

[Laura]
To indo pra minha avó
Vou compartilhar a viagem
O endereço da minha vó é esse
É rua sem saída, n tem como ele mudar o caminho
Se mudar me liga por favor

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