— E onde estão suas criadas? Minha querida, desde criança você nunca soube mentir.

— Tio Oliver...

— Olha, eu estou te alertando porque tenho estado preocupado, assim como seu pai. Você foi envenenada a pouco tempo, é a filha que eu nunca tive, me importo com a sua segurança. Só não contarei sob a sua fuga noturna a meu irmão porque sei que o soldado Carter a manterá segura, e entendo como são as paixões da juventude.

— Paixões? Não tio, o senhor está entendendo tudo errado. — o olho desesperada. Quão estranho era conversar com isso com meu próprio tio? Era uma versão quase tão embaraçosa quanto do meu pai.

— Eu o ouvi dizendo que possuía sentimentos por você quando estava desacordada, querida, e...

— Espera, como? — seguro a lateral de meu vestido sentindo meu coração congelar. Apolo sentia algo por mim?

— Antes que brigue comigo por ter ouvido atrás da porta, eu tenho minhas justificativas. Estranhei quando o vi entrando em seu quarto no meio da noite, estava com medo de que ele fosse a fazer algum mal, até peguei uma faca pronto para ataca-lo caso ele fosse tentar algo contra você enquanto estava dormindo...

— Tio Oli, o senhor mal sabe segurar a faca do jantar. — o interrompo e sorrimos juntos.

— Eu iria aprender para defender a minha sobrinha. — ele apoia as mãos na lateral da poltrona e se levanta com dificuldade, reclamando de dor nas costas. — Bom, não irei tomar mais seu tempo. Sempre que quiser, sabe que pode conversar com o seu velho tio. Daqui uma hora irei dar uma volta novamente para tomar uma água, e espero ver seu guarda onde deve estar, em frente ao seu quarto. Não demore, e lembre-se querida: nunca confie em ninguém. Estamos conversados?

— Sim, tio Oliver. Perfeitamente. — assinto e o dou um abraço, vendo ele sair logo depois. Deixo a porta de meu quarto entreaberta, e em questão de segundos Apolo entra por ela como um furacão.

— Contou a seu tio que estou treinando você?

— Não, eu não o contei nada, eu juro. Ele apenas passou para me entregar esses chocolates, nada demais. — minto pegando um e estendendo em sua direção. — Aceita?

— O que é isso? — ele olha para o bombom desconfiado.

— É um doce. Pegue, irá gostar.

— Não como em serviço.

— Você não come nunca, pelo visto. Tome, pelo menos guarde para depois. — coloco em sua mão ignorando o calor da mesma e ando até a porta, levando um bombom até a boca. — Vamos.

— Ah não

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— Ah não. O labirinto novamente não. — solto a respiração olhando para Apolo, que sorri de lado derretendo meu coração idiota.

As palavras de tio Oliver rodam em minha mente confundindo tudo o que eu pensava. E se ele tivesse se enganado? Porque meu cérebro me traía me deixando no escuro?

Inquebrável Coração Where stories live. Discover now