★★★

Estou morta de cansaso.

Foram horas intermináveis! Eu já não aguentava mais.

Peguei dois aviões para ir até a Coreia,mas quando finalmente cheguei aqui, suspirei aliviada.

Isso, eu consegui. Cheguei onde queria! Mal consigo acreditar que isso realmente está acontecendo. Isso é um sonho? Eu, desesperadamente, espero que não.

Assim que saio do aeroporto,já com as minhas malas de volta, pego um táxi até o apartamento que seria minha casa pelos próximos anos.

Tive que passar as instruções do local em coreano, e foi meio engraçado, mas conseguimos chegar lá. Sinceramente, não tenho dificuldade com idiomas, afinal, eu falo seis. Mas... É estranho falar coreano agora.

Paguei o senhor, agradeci e desci do carro .

Tive um pouquinho de trabalho para subir com tudo... Acho que trouxe coisas demais.

Mas o esforço certamente valeu muito, muito a pena. Fiquei chocada quando abri a porta.

O lugar era muito maior do que eu imaginei! Meu padrinho me ajudou a escolher o apartamento, mas pelas fotos não parecia ser tão grande. O que é, de fato, um grande achado aqui na Coréia.

Assim que você abre a porta, existem dois armários bem ali ao lado para guardar casacos, já que aqui faz muito frio, e em baixo, você pode guardar seus sapatos. Mais para frente, há um corredor. Indo pra direita, encontrei a porta do segundo quarto. Era um ótimo espaço! Mas, ao invés de fazer um quarto ali, eu pedi pra montarem um studio de dança. Meu padrinho cuidou de tudo pra mim e o espelho já estava montado na parede. Um pouco para o lado, minha nova barra giratória de pole dance. Vamos combinar, ter uma madrinha que é dona de um studio tem suas vantagens. No meu caso, comecei a dançar quase ao mesmo tempo que andar e falar.

Saindo do studio, voltando pelo corredor, do lado esquerdo. Há um banheiro completo, com box. Com certeza vou tomar banho ali, já que morro de medo de banheiras. Na outra parede do corredor, o escritório.

Além de ser muito envolvida com a dança, a música também e algo que eu não consigo abrir mão. Afinal, música e dança andam de mãos dadas. Eu componho bastante durante os poucos intervalos de tempo numa rotina absurdamente corrida.

O escritório havia sido transformado em um pequeno e aconchegante studio musical. Com estantes em duas das quatro paredes, pra guardar todos os meus montes de livros e CDs - que ainda não estavam nas paredes, por que esse era um trabalho que eu queria ter o prazer de fazer. Mas já estavam no apartamento, em caixas. Eu mandei muita coisa do Brasil pra cá, há meses atrás. - , a mesa já estava montada e eu mal podia esperar pra começar a guardar tudo.

Haviam tantas coisas pra colar na parede, Polaroides, posters, desenhos... Era um sonho!

Fiquei muito receosa e com medo de mandar minha guitarra pra cá, mas vendo ela no cantinho, ao lado da mesa, fez a angústia valer a pena.

Eu toco piano, violão - que eu trouxe no avião - , guitarra e bateria. Obviamente, não consegui trazer todos os meus instrumentos do Brasil... Mas minha guitarra favorita e meu violão são coisas indispensáveis. Meus bebês, meus filhos.

Tive que comprar um novo teclado,pedi para entregarem no prédio e meu padrinho deixou a caixa ao lado da guitarra. Consigo perfeitamente me imaginar passando horas aqui compondo e produzindo minhas músicas.

Saindo no emaranhado de caixas no studio musical, o carredor acaba. Dando de cara com a sala e a cozinha, no estilo integrado.

Um sofá azul escuro bem grande cobre a parede, em frente o painel com a televisão. Há uma janela enorme de vidro, que ilumina todo o ambiente. Do outro lado do cômodo, a cozinha em forma de L me encanta.

𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐓𝐲𝐩𝐞 - 𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 Donde viven las historias. Descúbrelo ahora