Capítulo vinte e um

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Pov Day

Claro que eu queria ficar com a Carol, mas eu ainda teria que falar com a minha mãe hoje, seria bom conversar com ela e deixar bem claro que não quero que ela toque no nome da Sara, Selma sabe que não tenho nada com ela e mesmo assim insiste em acreditar em uma relação que só existe na cabeça dela. Não sei o que ela queria falar comigo, mas tenho certeza que não era alguma coisa boa, nunca é.

-Pensei que não vinha mais. - Ela estava à minha espera sentada no safá cinza, ao lado do meu pai. - Mas que bom que chegou. -Sorriu.

-Vamos direto ao ponto. - Falei impaciente. -Não quero que fique falando da Sara pelos cantos, muito menos na presença de Carol.

-Eu gosto da Sara, e você sabe disso.

-Estou pedindo para não ficar falando sobre ela, é pedir muito Selma?

-Dayane tem razão, meu bem. - Selma olhou para ele com raiva, respirou fundo e voltou a me encarar.

-Tudo bem. - Sorriu falsamente. - Juro que não faço mais isso. -Meu pai sorriu orgulhoso para ela, como se aquilo fosse um grande ato.

-O que você queria falar?

-Vou ser rápida. - Ela tinha no rosto uma expressão indecifrável isso me assustava.- Quero que se afaste da Carol.

-O quê? Ficou maluca? - Ela não estava falando sério, né? Nem fodendo eu me afastaria da mulher que mais me faz bem no mundo, só pra satisfazer uma vontade de Selma.

-Pega leve com ela. - Meu pai falou, mas ela nem sequer olhou para ele. - Ela está feliz com ela. - Sorriu.

-Eu sei o que estou fazendo. - Finalmente olhou para o marido. - Acredite em mim, querido.

-Você só pode está ficando louca se acha que eu vou me afastar dela.

-Foi uma ordem. - Sorriu. - Eu quero que se afaste dela, Dayane.

-Não vou fazer isso, não sigo ordens - Já estava perdendo o mínimo de paciência que me restava. - Muito menos as suas.

-Não complique as coisas. -Sorriu. - Faça o que eu mando.

-Qual é o seu problema em me ver feliz? QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA?

-Nenhum Dayane, pode ser feliz com qualquer putinha dessa cidade, mas com ela não, isso eu não aceito.

-Você não tem que aceitar nada. -Suspirei. - E nunca mais compare Carol dessa forma.

-Não vai me dizer que se apaixonou? Posso lhe assegurar que consegue uma bem melhor em qualquer esquina dessa cidade.

Carol me pediu para não fazer nenhuma besteira, por ela, apenas por ela eu não faria uma neste exato momento.

-Você só fala merda. - Respirei fundo buscando uma calma quase inexistente.-  Não vou me afastar dela.

-Você não está apaixonada por ela, isso é só uma paixãozinha vai passar rápido.- Sorriu provocativa. - Qualquer uma mulher por aí te faz esquecer aquela ruiva em questão de segundos.

-Você não vai falar nada? - Perguntei para o meu pai, mas ele não falou nada, nunca iria contra a vontade dela.

-Seu pai concorda comigo Dayane, aliás qualquer ser humano com a mínima inteligência concordaria. - Ela olhou para o meu pai.- Suba para o quarto, querido.-Ordenou, e assim ele fez.

-Você só pode está maluca. - Tentei ser o mais calma possível.

- Não é possível que você não veja que aquela garota só quer o que você tem.-Ela levantou ainda me encarando. - Eu já disse Dayane, quero que se afaste dela, ela não é boa para você.

-Foda-se o que você acha, foda-se o que quer. - Sorri e nesse momente eu juro que pensei que ela viria para cima de mim. - E quer saber? Eu estou completamente apaixonada por ela, e não é você que vai mudar isso. - Levantei ficando frente a frente com ela.- Carol é a melhor pessoa que eu já conheci.

-Eu já sabia que isso não iria ser fácil.- Falou baixo, mais pra ela do que pra mim.

-O que disse? - Fingir não ter ouvido.

-Se ela é tão boa assim porquê acha que ela vai te querer? - Ela respondeu depois de pensar um pouco. - Acha que é boa suficiente para ela? - E como um toque de mágica ela trocou o discurso.

-Por que eu não seria? - Suspirei, ela não poderia esta certa, podia?

-Acha que a Carol merece você? Ou melhor que ela merece sofrer por você?- Carol é a pessoa mais importante do mundo para mim, e eu faria de tudo pra vê-la bem, mesmo que isso doesse em mim.

-Acha que eu posso machuca-lá? - Estou confusa, não posso estar machucando a pessoa que eu mais amo no mundo.

-É isso que você sempre faz com as mulheres que fica, não é? - Ela tinha razão.

-Eu não posso machuca-lá, isso não. -Comecei a me desesperar, só a ideia de machucar ela me deixava totalmente destruída. - O que você acha que eu devo fazer? - Perguntei, com lágrimas nos olhos, mesmo já sabendo a resposta.

-Você sabe o que fazer. - Ela sorriu, veio até mim e passou a mão no meu cabelo. - Ela deve ser uma menina incrível. - Suspirou. - Não merece ter o coração quebrado por você. - Ela saiu, me deixando aos prantos totalmente perdida com os meus próprios sentimentos. Eu não posso machuca-lá, não posso.


Gente desculpa a demora para aparecer aqui, mas voltei e prometo recompensar.

Poderiam me dizer se a ordem dos capítulos está certa para vocês?

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