Capítulo V

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Ao chegar em casa, peço para Kauã ir para o banho. Pergunto se ele precisa de ajuda e ele nega. Ainda bem... eu é que não quero ver ele trocando de roupa, não sei se aguento. Vou até seu guarda-roupa e separei um pijama para ele vestir.

Enquanto ele toma banho, desço na cozinha e pego um litro de água para ele. Aproveito e já pego alguns salgadinhos para eu comer. Depois de tanto tempo convivendo com Kauã, me sinto em casa aqui.

Na volta da cozinha, me assustei ao ver a mãe de Kauã parada no corredor.

— Onde tá o Kauã? — Ela me perguntou com a voz rouca e aparentava estar desnorteada. Provavelmente, estava dormindo antes.

— Ele tá no banho, tia Marcia. — Sorri para ela, tentando transparecer segurança.

— Ele bebeu, Nalu?

Merda, Kauã! Você vai mesmo me fazer mentir para sua mãe. Desgraçado.

— Não, tia. Ele não bebeu — afirmei.

Subo e espero Kauã sair do banho. Kauã sai cambaleando do banheiro. Olho para a cena irritada. Imaginei que ele não faria mais isso depois do episódio traumatizante da última bebedeira dele.

— Kauã... eu preciso tomar banho. E preciso de pijama. Posso pegar uma roupa sua?

— Claro, Nalu. — ele fala com uma voz de bêbado que me irrita.

Pego um camisetão dele para usar como pijama. Ainda bem que eu vim com um short confortável por baixo da saia. Entrego água para Kauã e peço para que ele tome. Enquanto isso, sigo para o banheiro para tomar um banho quente rápido.

— Kauã, onde que eu vou dormir? Sabe que normalmente eu durmo no quarto da Isa. — Isa é a irmã mais nova de Kauã.

— Nãoooo, Nalu... durma aqui! Eu preciso de você aqui comigo.

— Certo, eu nem saberia mesmo como acordar ela a essa hora para entrar no quarto. — falo, bocejando — Têm cobertas no guarda-roupa? Vou arrumar a cama de baixo então.

Puxo a cama inferior da bicama dele e a arrumo para eu dormir.

— Naluuu...

— Oi...

— Depois deita aqui comigo.

Não é possível... eu vou me fazer de desentendida. Parece que o Kauã quer me provocar a todo custo depois que me declarei para ele.

Apago a luz e me deito na cama que arrumei.

— Qualquer coisa, se passar mal, me chama! Viu? — falo para ele.

— Naluuu, vem aqui. Me dá um abraço... não quero ficar sozinho.

— Ok, mas não vou dormir aí em cima.

Subo, deito em seu lado e o abraço. Ele enrola seus braços pela minha cintura. Ele pressiona o meu corpo contra o dele, de um modo um pouco mais forte que o normal.

— Você sempre me cuida. — ele diz.

Ele beija minha bochecha e nossos rostos ficam perto. Sinto seu nariz encostar no meu. Fico em êxtase, posso sentir meu coração que nem um tambor no meu peito.

Ele beija meu rosto de novo, mas dessa vez muito próximo a minha boca. Sinto o piercing dele na minha bochecha.

— Kauã... — digo, com a voz embargada.

Ele roça o nariz no meu pescoço e cheira, colocando a mão em minha nuca.

— Tá cheirosa demais, que isso...

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Oieee!
Se gostarem, não esqueçam da estrelinha! <3 Amanhã tem mais!
~ C e G

Capítulo PerdidoWhere stories live. Discover now