Capítulo 31

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SUE TANNER

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SUE TANNER

Minha genuína e maior vontade é de rasgar essa carta em mil pedaços. Já me arrependo de ter gastado o meu tempo de sono nisto.

Caminho com postura pelos corredores da casa de Dina, fingindo não ter medo. Não sei se algum dia irei me acostumar com o fato de que ela fica sozinha aqui a maior parte do tempo. Este lugar é tão escuro e espaçoso quanto uma casa assombrada digna de filme de terror.

Tento firmar a maçaneta do meu atual quarto sem causar barulho. Payton está dormindo, a cabeça afundada no travesseiro enquanto suas pernas se mexem embaixo do cobertor.

— Onde estava? — me pergunta de repente, sentando-se na cama ao agarrar um de meus braço.

— Só fui beber água — minto. — Deite-se.

— E o que está segurando?

— Não seja tão intrometido — respondo, virando-me para trás, na tentativa de fazê-lo esquecer da folha de papel em minhas mãos. — Não é nada demais.

— Não precisa esconder coisas de mim, você sabe. Eu não vou te julgar. — Sua voz é rouca e baixa, como se nós estivéssemos em uma sala lotada e suas palavras fossem guardadas somente para mim.

— Eu sei que não — minto mais uma vez. E, inconscientemente, também minto para mim mesma. — Mas te prometo que não é nada importante.

Então ele deita. Encolhe o corpo e puxa o cobertor de volta para si. Ele fica me olhando, na esperança de que eu também me deite ao seu lado. Não sei bem como reagir. Apoio minha cabeça em seu peito e estendo o braço para ajeitar a carta na cômoda ao meu lado.

— Como você está? Mentalmente? — indaga ele, enrolando os meus fios de cabelos finos nas pontas de seus dedos. — Digo, está melhor? Nós não conversamos direito sobre isso faz alguns dias.

— Eu estou bem.

Eu devo ter mitomania.

Suas sobrancelhas arqueiam-se.

— Mentirosa.

— Eu estou bem — repito, firme em minhas palavras embaralhadas.

— Sei que não está.

— Eu estou — insisto. — As coisas vão melhorar. Sinto que vão.

— Como sabe dessas coisas?

— Eu não sei — digo. — Eu só acho que as coisas já estão ruins por muito tempo. Isso... não é normal. Deve haver algum tipo de alegria em breve.

Ele me olha em silêncio.

— O que tem no papel?

— É só uma carta — afirmo, direcionando meus olhos ao papel na cômoda. — Não se preocupe.

— Uma carta? Para a sua mãe?

Rio.

— Não. — E rio mais uma vez, porque essa pergunta foi deveras engraçada. Eu jamais escreveria uma carta para a minha mãe. — Acho que ela é a última pessoa com quem pretendo conversar.

— Ah — Payton suspira, a feição desapontada. Algum dia sua curiosidade ainda irá matá-lo. — Bem, só não me diga que é uma carta para o James. Genuinamente, Tanner, você já foi melhor.

Tento não rir pela terceira vez, não achar graça e só ficar quieta, mas é em vão.

— Vá dormir — sussurro em súplica. — Por favor.

— Tanner — pronuncia o meu nome. E desejo morar aqui e ouvir isto para todo o sempre. — Não saia daqui de novo — me pede. — Por favor — e imita perfeitamente o meu tom de voz.

— Não me olhe assim. — Sua cabeça está inclinada para baixo, a boca e olhos exaustos. — Sabe que eu não vou à lugar algum.

— E eu não vou ler a sua carta misteriosa. — Seus lábios se contorcem ao abrir um pequeno sorriso para mim. — Eu prometo.

— Você já gastou tempo demais da minha noite. — Levanto a cabeça e beijo a sua testa. — Pare de conversar comigo. Eu vou dormir.

— Tente não morrer de saudades enquanto não sonha comigo.

— Isso serve para você.

Eu mal sabia como sentiria falta disso.

• Ouvi dizer por aí que, quem é vivo, sempre aparece

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• Ouvi dizer por aí que, quem é
vivo, sempre aparece.

GOLD RUSH - Payton MoormeierOnde as histórias ganham vida. Descobre agora