Capítulo 32

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SUE TANNER

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SUE TANNER

Meu pulso dói. Meus ossos doem. Minha cabeça dói. E eu já não sei mais quem sou.

A queimadura em meu pulso ainda não sarou.

É como se eu ainda estivesse sentada naquele bar, envolvida pela quentura das chamas. Envolvida pelos gritos desesperados implorando por ajuda. É como se Payton ainda estivesse me abraçando, mentindo ao dizer-me que eu estou segura e tudo ficará bem.

Nada nunca está bem.

"Como uma pequena chama de fogo conseguiu escrever um número em minha mão?", eu perguntei lhe naquele dia.

Estou começando a considerar o fato de que, talvez, tudo isto seja uma ilusão, uma auto sabotagem, e eu só estarei revivendo este pesadelo por mais alguns meses.

Nada mais é real. A década de 60 é uma maldição na qual eu daria a minha própria alma para libertar-me.

Me sinto quente. Quente como o calor do incêndio no dia em que fui queimada. Todo o meu corpo entra em colapso. Eu estou soada. Soada e tremendo há mais de duas horas.

Não é uma crise ansiedade. Não é stress. É doença. Eu sinto. E não quero morrer em breve.

— O que está sentindo? — Payton me pergunta repetidas vezes, mas eu não consigo respondê-lo.

Eu sinto várias coisas. E sinto, principalmente, que não ficarei viva por tempo suficiente para conseguir explicá-lo todos estes sentimentos.

— Você está quente. — Suas mãos geladas tocam a minha pele fervente. — O termômetro já existia nos anos 60? — questiona ele. Um questionamento tolo para mim. Um questionamento na qual eu riria, se sequer fosse capaz de movimentar a boca agora.

Me encolho na cama. Meus lábios estão secos. Não param de tremer e eu esforço-me para arrancar palavras deles.

— Não se preocupe. Eu vou ficar bem.

Eu não sei se quero ficar bem.

— Você não ficará bem se não tomar remédios. — Payton escora-se na cômoda. A cômoda na qual eu pus a carta.

De dedos cruzados, espero que a sua curiosidade sufocante não o tenha levado a lê-la, ontem à noite.

— Eu vou chamar a Dina. — Sua voz é preocupada, mas seus olhos são os preocupantes.

"Eu vou chamar a Dina". Dina. Demoro a interpretar, em minha mente, lembranças com este nome.

Pulo da cama.

— Não. Não. Não chame a Dina. Ela não vai saber o que fazer e vai acabar chamando o James — explico. — E eu não quero vê-lo. Eu vou ficar na cama até passar.

O medo é uma doença.

Pirralha, eu não sei fazer chá, nem remédio — diz. Acho graça e acabando soltando uma risada. Me arrependo, por segundos depois começar a tossir. — Desculpa. Não era para ser engraçado. Eu realmente não sei fritar nem um miojo.

Meus lábios se contorcem em mais um sorriso. O puxo para dentro. Tente não rir. Tente não rir. Tente não rir.

— Não é fritar o miojo, e sim cozinhar.

— E qual a diferença?

— Pegue uma água para mim — o ignoro. Eu começaria à rir novamente, caso houvesse respondido à isto. — Por favor.

Ele sai do quarto. Eu jogo-me na cama só mais uma vez. Não por vontade própria. Não por cansaço.

É o que a doença faz.

• Não tirem conclusões precipitadas

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• Não tirem conclusões precipitadas.

GOLD RUSH - Payton MoormeierOnde as histórias ganham vida. Descobre agora