Dezessete: O céu estrelado inveja o brilho dos seus olhos

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— Aposto que aquele dia do cinema você também sentiu medo.

— Eu queria descer a porrada naqueles garotos — Jooheon sorriu, convencido, sabendo que Minhyuk o protegeria da mesma forma que ele faria — e em você também — o sorriso de Jooheon desmanchou-se e transformou-se em choque.

— Mas eu não tinha feito nada! — dramático, Jooheon exclamou.

Minhyuk deu uma gargalhada alta e olhou para o mais velho.

— Eu pensei que você tinha me deixado plantado lá. Fiquei triste, mas com raiva também — Jooheon sentou-se e suspirou profundamente — foi a primeira vez que isso me aconteceu, para falar a verdade. Quando eu te vi daquele jeito eu não sabia o que fazia primeiro: se eu te ajudava ou se eu mesmo te batia por ter me deixado tão preocupado.

Jooheon riu e beijou o pescoço de Minhyuk, o qual sentiu um choque percorrer seu corpo, como se tivesse sido atingido por um raio no meio de uma chuva tão forte que seria capaz de arrastá-lo para o outro lado do mundo. Virando-se para o mais velho, Minhyuk, com as sobrancelhas enrugadas e um bico formado em seus lábios finos, disse:

— Nunca mais me assuste desse jeito.

— Tudo bem. Isso nunca mais vai acontecer — prometeu o mais velho.

— E vamos comer alguma coisa. Estou faminto.

— A essa hora você quer sair para comer? Está muito frio, Min.

Minhyuk revirou os olhos e empurrou o corpo de Jooheon para trás, de maneira que as costas do mais velho colidiram com as almofadas do sofá e o platinado deu-se a liberdade de sentar-se no colo de Jooheon, que surpreendeu-se com cada ato feito pelo mais novo, desde o início até o fim, em que, posteriormente, seus orbes se encontraram com os do platinado, cujo estava imergido em um calor que o preenchia por inteiro e queria compartilhá-lo com Jooheon.

— Vamos logo, Joo.

Dando-se por vencido, Jooheon concordou. Em verdade, não era como se o mais velho tivesse forças para recusar, afinal, Minhyuk pedia com uma voz manhosa e sabia bem o que fazer para conseguir o que queria, ainda que isso roubasse toda a sanidade de Jooheon. Entretanto, ele gostava daquele lado do mais novo, isso era inegável.

— Onde você quer ir? — questionou Jooheon, apoiando as mãos nas pernas de Minhyuk assim que sentou-se no sofá, ainda com o platinado em seu colo, o qual abraçou o pescoço de Jooheon e deu-lhe um selinho breve, seguido de um sorriso.

— É a sua vez de me levar a um lugar legal.

Jooheon sorriu e retribuiu o selar, desta vez, mais demorado e carinhoso, em que a destra do mais velho deixava carinhos pela nuca de Minhyuk, de maneira que o platinado sentia-se cada vez mais entregue aos toques do mais velho.

— Acho que conheço um bom lugar — a voz de Jooheon saiu rouca e baixa após o beijo, de modo que Minhyuk mordeu o interior da bochecha, sentindo a respiração pesada da alma gêmea ricochetear a sua.

— Sabe?

Jooheon sorriu, convencido. Era sua vez de ver Minhyuk surpreso com algo que o mostraria. E sabia bem onde ir a essa hora, já que o frio não os atrapalharia, dado o calor que os circundava.






Kihyun havia acordado por um motivo que não sabia, apenas perdera o sono e decidiu fazer bom uso dessa oportunidade olhando Changkyun dormir enquanto acariciava seu rosto e sorria como um bobo apaixonado. Essa era uma das cenas que o de fios alaranjados mais queria saber como era, sentir seu pequeno mundo em suas mãos, sem medo de que ele sumisse a qualquer momento. A forma que o Yoo se apaixonou foi gradual, nem mesmo ele percebeu no início, e, se percebeu, seu subconsciente fez vista grossa. Se fosse definir, em somente uma palavra, a forma que seu amor se alastrou, seria laranja, como seu cabelo. Algo que no início foi diferente, no entanto, Changkyun fez-lhe sentir-se aconchegante e arrancou-lhe o medo que tinha de morrer de flores.

SEE YOU AGAIN「 Changki 」Where stories live. Discover now