sob as estrelas corsicanas - parte 5

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Quando retornaram à fogueira, Kuroo atacou Bokuto como um touro furioso.

Acontece que ele também era um homem de palavra.

"Você vai me matar!" Bokuto arfou, apalpando seu pescoço.

Kuroo gargalhou e torceu o lenço com mais força. "Você vai pagar."

Bokuto gaguejava, seus olhos redondos e trágicos. "Mas eu já não pague com a minha vi-?"

"Não se atreva, porra!"

Os dois rapazes rolavam sobre a praia como cachorrinhos. Cachorros rasgando a garganta um do outro.

Akaashi e Hinata se apressaram para parar a luta. Asahi e Suga pareciam desamparados.

Daichi estava intrigado.

"Ele não disse que era um amigo?"

Se ouvir atentamente, podia ouvir Nekomata-sensei e Tsukishima rindo.

Bokuto se sentou ofegante enquanto Kuroo se esforçava para levantar. Ele agarrou uma mecha de seu cabelo branco e o sacodiu.

"Pode para com a atuação", disse ele. "Você não precisa respirar. Eu não sentirei mais pena de você."

Bokuto escapou das mãos que o atacavam e se levantou. Quando ele olhou para Kuroo, os seus olhos amarelos estavam ardendo.

"E eu te agradeço por isso." Ele respondeu.

Kuroo congelou.

Eu te agradeço por não sentir pena de mim.

Ele olhou fixamente para o rapaz que tem sido o seu melhor amigo ao longo da vida e depois da morte. Um soluço escapou e ele olhou para o lado.

Bokuto o puxou para um abraço. Eles ficaram assim durante muito tempo. Os ombros de Kuroo se ergueram, depois se acalmaram. Bokuto esfregou as costas como se massageasse uma dor invisível. Se certificou de que Atlas pudesse continuar carregando o planeta.

Nekomata-sensei aplaudiu e pediu aos jogadores que continuassem o jogo. Bokuto compartilhou um high-five com Hinata antes de entrar em posição.

Tsukishima juntou-se à outra equipa por sua própria iniciativa.

Kuroo levantou uma sobrancelha.

O rapaz respondeu à sua pergunta não dita: "Nenhuma razão em particular."

E os seus gritos voltaram a encher a noite.

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