Sexto: Bling Bling, baby

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Jungwoo e Yukhei estavam na frente do aeroporto com alguns poucos amigos e a família, era um momento complicado, estavam fugindo e os outros nem podiam sonhar fazer o mesmo, o medo de fugir e serem seguidos era maior.

— Yuk, posso conversar com você? — um dos garotos perguntou vendo o mais alto assentir, se afastaram dos outros garotos — Você sabe de tudo que eu sei, eu te peço, não conte a Jungwoo.

— Como você soube que eu sei? — o acastanhado arregalou os olhos, bem, nunca lhe passou a ideia de contar o segredo para o namorado, depois que receberam a mensagem do real culpado de tudo essa ideia nem parecia existir.

— Não importa como, eu apenas sei, mas estou te avisando, não conte para o Kim — sorriu amigável o que contradizia toda a sua fala. Maltido seja o garoto loirinho.

— Eu não vou contar, não quero que mais alguém sofra.

Pequeno chinês, nem imaginava o que acontecia do outro lado da cidade, a diversão que estava acontecendo lá já era um sofrimento. Digamos que o loiro estava no aeroporto fingindo tristeza por seus amigos estarem indo embora enquanto o moreno encapuzado andava atrás de um jovem como um verdadeiro psicopata.

O ruivo que sofria perigo estava bêbado, parecia ser novo demais para beber, tropeçava em seus próprios pés, para o moreno a cena estava engraçada, poderia se divertir com aquilo a noite inteira. Sim, estava anoitecendo. Era perigoso, ele podia ser pego, mas esse não era seu medo.

— Ei, garotão — o moreno tirou o capuz e correu em direção ao jovem, mesmo confuso o rapaz ruivo se deixou ser guiado até um pequeno beco, o lugar pequeno e escuro era conhecido por ser um encontro de vendas de drogas, então quase ninguém ia ali durante o dia.

— Quem é você? — riu embriagado e se apoiando no rapaz suspeito.

— Quem eu sou não importa, você está bêbado, ficar sozinho é perigoso.

— Eu sei, mas meus amigos já foram para casa — se apoiou na parede e desceu até estar sentado no chão, o moreno se aproximou do bêbado e, aproveitando que as pernas do mesmo estavam retas, se sentou por cima dos joelhos do rapaz, impossibilitando que ele saia correndo.

— E você mora tão perto do bar para não pedir um Uber ou um táxi? — se inclinou para cima do garoto deixando os dois rostos próximos, não podiam mentir, ambos eram extremamente atraentes e belos.

— Na verdade não, eu moro longe — tentou aproximar mais seu rosto ao do moreno, mas ele se afastou com um sorriso travesso.

— Devia ter chamado um táxi. Eu não posso te beijar, você está bêbado, seria errado — passou o polegar por cima dos lábios do rapaz.

— Eu sei o que eu faço — impaciente sempre foi a palavra que resumiu o garoto, segurou a nuca do garoto em cima de si e sem muitas delongas beijou-lhe.

O moreninho não negou o beijo, o que seria o certo. A língua amarga adentrou a boca do outro rapaz e desceu as mãos até a cintura desse o puxando para mais perto. Algumas vezes, jovem ruivo, você não pode confiar em qualquer um, você pode se arrepender.

— Ding dong, posso entrar? — uma voz foi ouvida pelos garotos, o que causou um sorriso no moreno — Oh, estava aproveitando do meu garoto? Eu demorei tanto no aeroporto? — viu os dois separando o beijo e quanto o bêbado foi afastar o outro teve suas mãos agarradas e prensadas na parede.

—  Hyung, você demorou — o moreno fez um bico e olhou direto nos olhos do ruivo — Agora que o meu loirinho chegou você não me quer mais? Ah, mas eu te quero e te quero lá no inferno — sussurrou a última frase rente ao ouvido do garoto que tremeu de medo.

— Está com medo? Devia ter medo de andar na rua sozinho — o garoto que acabou de chegar se aproximou dos dois e se abaixou ali para ficar quase da altura deles.

— Por favor, não me machuque, por favor — fechou os olhos assustado, o loiro para o "confortar" passou uma de suas mãos pelo cabelo do rapaz, não adiantou muito.

— Não estamos aqui para sermos legais — levou a mão para a nuca dele e puxou o cabelo fazendo com que sua cabeça se inclinasse para trás causando um estalo.

Sem piedade, o moreno socou o rosto do jovem e se levantou olhando-o, um outro soco foi acertado no ruivo, mas foi do outro lado do rosto. Os dois estudantes se olharam e começaram a transferir chutes pelo corpo de outrem. O garoto chorava e se encolhia como se os chutes fossem parar e a dor diminuir.

— Quem está aí? — ouviram uma voz na frente do beco, já estava escuro, não dava para ver nada do lado de fora. O mais velho entre os assassinos se abaixou e segurou o rosto ferido do rapaz tampando sua boca. Ficaram quietos.

— Acho que você ouviu coisas — uma outra voz se fez presente.

— É, deve ser, vamos embora, está muito tarde — o mais novo caminhou devagar até a saída e viu que um grupinho de amigos já haviam se afastados então voltou para perto do corpo ferido e seu amigo.

— Vamos acabar com isso logo, tchau, garotão — o loiro segurou com o rosto fino com mais firmeza e bateu a cabeça com força no chão, fez isso até que o jovem estivesse sem vida.

— Eu tenho fósforo aqui — mostrou a caixinha de papelão — Vamos nos livrar do corpo e pular o muro — apontou para o muro de tamanho médio que separava um beco do outro.

O mais velho olhou em volta vendo que não tinha nenhum tipo de álcool ali, teria que comprar, mandou o mais novo esperar em silêncio ali e foi comprar uma garrafa de bebida alcoólica no bar ali perto. Saiu dali andando e tomou cuidado para que ninguém o visse, abriu a garrafa e derramou o líquido por cima do corpo morto, o moreno acendeu um dos fósforos e jogou no corpo, esperaram para ver se iria funcionar, depois que viram que o resultado era positivo correram para pular o muro e vazarem dali. Ninguém suspeitaria dos dois garotos.

— Kun, isso não valeu — Sungchan reclamou quando o mais velho ganhou novamente no jogo de dardos sem dificuldade alguma.

— Eu não roubei, você que é ruim — O Qian rebateu e olhou para Jaehyun sozinho no canto da sala. 

— Vão jogando, eu vou conversar com Jae— deu seus dardos para Johnny e foi até o Jung mais velho — o que houve, Hyun?

— Você sabe que eu gosto do John e ele também sabe, mas não faz nada, eu que tenho que tomar atitude? — olhou o mais velho que sorriu para o mesmo.

— Se acha que ele nunca vai agir, faça isso. Não sou a melhor pessoa para falar sobre isso já que estou numa situação estranha, mas acho que você tem que ir lá, se confessar e ser feliz.

— Eu vou fazer isso, depois que ele terminar de jogar — falou confiante e com um sorriso.

— Isso mesmo, garoto, vai lá, fale seus sentimentos e seja feliz. Vou tirar ele dali — foi até o mais velho dali e pegou os objetos coloridos, o Suh estava perdendo para o Jung mais novo.

Mistério do terceiro ano BOnde as histórias ganham vida. Descobre agora