- O que? - Eu sabia em que assunto estávamos. Eu sabia qual era a intenção de sua pergunta porém mesmo assim, decidi confirmar pois querendo ou não, minha imaginação estava pregando-me algumas peças ultimamente.

- Perguntei: Quer dizer que você tem interesse? Tem interesse em mim? - Seu tom de voz era firme, deixando claro que não estava dando sequência na brincadeira. Muito pelo contrário, ela queria confirmar o que, provavelmente, assim como minhas amigas e provavelmente até minha própria irmã caçula, já perceberam: Meu real interesse.

- Do que tá falando, Mione?! - Eu não consegui pensar direito! Eu pensava em tudo e em nada, ao mesmo tempo. Só o hálito mentolado que saia por entre seus lábios carnudos e vermelhos, deixava-me tonta! Tonta do tipo louca, tonta do tipo "apenas me beija, pelo amor de Merlin!". E mesmo assim, não conseguia falar o que queria, deixando escapar seu apelido que, apenas em sonhos, havia pronunciado.

- Estou falando, Pan... - Meu coração quase saiu pela boca quando sua mão recostou-se em minha cintura. Apenas um leve toque e mesmo assim estava perfeito! Sua mão magra encaixava-se perfeitamente em mim, fazendo mais um leve arrepio percorrer meu corpo todo. Tive que refrear um gemido que quase foi de encontro com os lábios convidativos de Hermione. - De que apenas talvez, você tenha um interesse realmente maior do que aparenta ter, huh?!

Minha boca abria e fechava sozinha, sem meu consentimento. Meu cérebro travou e, tudo o que conseguia fazer era admirar o sorriso convencido estampado no rosto bonito de Hermione. Ela havia me pego no flagra e, talvez, mais do que antes, eu estaria à mercê de toda sua inteligência. Perdi meus sentidos, encarando aquela floresta escura que eram seus olhos. Seu olhar era exatamente como um Leão, pronto para atacar e morder sua presa e, mesmo querendo mentir sobre tudo aquilo, não conseguia reação.

- Até parece que você não confia em mim, Pan... - Sua voz, cada vez mais baixa e próxima, fazia com que eu desejasse fundir meu corpo com aquela parede em que colocava todo meu peso, recostando-se num quadro, provavelmente vazio, devido a hora.

- Eu confio. - Fechei os olhos, a mercê da Grifinória. Ouvi seu suspiro baixo e logo em seguida, pude sentir sua respiração em minha orelha.

- Então diz. Me diz o que você quer comigo. - Um gemido baixo escapou por meus lábios quando imaginei seus lábios abrindo e fechando, em sua fala mansa, sussurrando somente para mim. - Me diz, Pansy.

Meu corpo estremeceu quando Hermione suspirou rente ao meu ouvido, para logo em seguida amolecer, fazendo com que minhas pernas ficassem bambas e a varinha caísse de minha mão. Ousei segurar em seu braço e levei minha outra mão que nem me lembro onde estava, para sua cintura. Tremia levemente de ansiedade, não querendo abrir os olhos para a realidade.

- Merda, Hermione. - Tentando deixar minha mente limpa para pensar, apertei sua cintura fazendo com que o peso do seu corpo antes controlado pela própria Grifinória, viesse de encontro com o meu. Um gemido escapou pelos lábios que dessa vez, não eram meus. Ainda com os olhos fechados, migrei minha mão de seu braço para seu ombro, puxando levemente seu corpo para mais perto, fazendo com que finalmente, nossas respirações ficassem próximas o suficiente para que nossos lábios se tocassem levemente. Ela iniciou um beijo leve, levando sua mão até minha nuca, puxando-me mais para si.

Seu cheiro preencheu tudo ao meu redor e tudo o que eu conseguia sentir eram seus toques no meu corpo. Em seus lábios, o leve gosto de manjar dos Deuses. Suas unhas arranhavam superficialmente minha nuca, fazendo com que suspiros escapassem por meus lábios, indo de encontro com os seus. Abracei sua cintura com um dos braços, deixando o outro livre para que minha mão fosse acariciar seu rosto.

Merlin, aquela era a melhor sensação que já havia sentido esse ano. Talvez, nessa vida!

Hermione ditava o ritmo do beijo. Hermione apertava ainda mais meu corpo contra a parede. Hermione soltava gemidos baixinhos e não parava, um só instante, de me beijar. Eu estava sendo comandada por ela e agradecia por isso afinal, isso mostrava que ela me desejava tanto quanto eu a desejo.

C.A.O.S.: Carnalmente Apaixonada, Operação Sonserina!Where stories live. Discover now