04.

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Apesar de ter marcado de ver Melanie no dia seguinte depois da sua aula, no instante em que a vi fechando a porta do prédio e desaparecendo da minha vista, já queria voltar atrás na minha resposta de não acompanhá-la para dentro do apartamento.

Aproveitei a tarde livre e fui de fato resolver algumas coisas pessoais que vinha adiando há semanas, como uma pequena reunião com meu contador e meu advogado sobre a compra de uma nova casa, no campo dessa vez, cansada de ir para a praia todas as férias ou feriado prolongado. Queria um lugar só meu, sem ter que ficar em hotel a cada vez que decidisse ir para algum ponto rural apenas para respirar ar puro e cavalgar.

Sem querer, me vi na minha nova casa ao lado de Melanie, nós dois deitados no sofá em frente à lareira depois de passar a tarde caminhando ou nadando num lago.

Era tolice minha pensar naquelas coisas quando obviamente viajar com ela seria algo impossível de ser feito, mas pensar nela naquele dia foi algo mais forte do que eu. A cada momento em que minha mente se desocupava de alguma tarefa, eu me pegava pensando nela, naquela sua risada doce, nos seus olhos expressivos. E tentava a todo custo evitar que aqueles pensamentos desviassem para o quanto sua boca era deliciosa, ou o quanto seus gemidos pareciam música. Ou até mesmo no quão encharcada ela ficara com meus dedos lhe tocando.

Até Hailey percebeu que eu estava um pouco disperso aquele dia. E apenas para desviar sua atenção do real motivo da minha falta de atenção, anunciei durante o jantar a minha decisão de comprar uma casa no campo, dizendo apenas que não conseguia escolher entre as opções que tinha. Ela até ficou feliz com a notícia, para alguém que não gostava de ficar mais de dois dias longe da sociedade, e prometeu me ajudar com a escolha se eu lhe enviasse as fotos por e-mail.

Ao final da noite, quando Hailey subiu para dormir, eu não lhe acompanhei, ainda usando o pretexto de escolher logo a casa, dizendo que tinha prazo para apresentar a proposta de compra. Eu de fato queria ver as fotos com mais atenção, mas também não queria ir para a cama com ela aquela noite. Meu amor por ela não tinha diminuído, mas um pouco de peso na consciência me impediu de subir as escadas ao seu lado e seguir a rotina diária antes de dormir. Por isso, depois que ela foi para o quarto, me tranquei no meu escritório, começando a ver as fotos depois de me servir de uma dose de uísque.

Já passava de uma da manhã quando finalmente me decidi por uma das casas, depois de inúmeras anotações e de pesar os prós e contras de cada uma. A única desvantagem da casa de campo que escolhi era o fato de não haver estábulo, embora espaço para construir um não fosse um problema.

De resto, ela era perfeita.

Enviei um e-mail para que meu advogado desse início aos trâmites da compra e só então desliguei o computador. E como tinha acontecido durante todo aquele dia, assim que minha mente desocupou da tarefa, foi em Melanie que eu pensei.

Dessa vez por estar em casa e sozinho, me deixei pensar em qualquer coisa, não me importando quando meu membro começou a dar sinal de vida ao lembrar do seu corpo se contorcendo contra a minha mão em busca de mais prazer. Lancei um olhar ao relógio digital em cima da mesa enquanto me espreguiçava na cadeira de couro e já estava levantando quando meu olhar caiu sobre meu celular em cima da mesa.

O número de Melanie estava nele agora. Eu poderia falar com ela quando precisasse. E mesmo sendo loucura ligar a essa hora, eu queria falar com ela agora.

Antes de pensar melhor sobre aquilo e no fato de que provavelmente a acordaria, já estava buscando por "Senhora Miller", atendeu, murmurando um "alô" sonolento.

— Melanie, sou eu.

— Hum?

— Sou eu. Vinnie — me identifiquei, lembrando que ela não tinha meu número no seu celular e que o sono provavelmente dificultaria que ela reconhecesse minha voz.

7 𝐌𝐢𝐧𝐮𝐭𝐨𝐬 𝐍𝐨 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐢𝐬𝐨 - 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞.𝐇Where stories live. Discover now