-O que foi, Abelhinha?
Abelhinha?! Tentei falar, mas minha garganta ainda estava apertada.
Eu conhecia ele?
Consegui forças para me equilibrar e chegar mais para cima na cama, mas as perdi no meio do caminho. Esse homem segurou minha cintura e me ajudou a me ajeitar, sorrindo para mim e beijando minha testa. Tentei me afastar.
Ele me olhou um pouco confuso. E suspirou, segurando minha mão.
-Você consegue falar, amor?
Neguei. E comecei a tentar falar. Ele se aproximou.
-Qu... Qu... - Respirei fundo, sentindo meus pulmões doerem. - Qu...
Ele me olhou.
-Que? Qual? - Neguei. - Quem?
Acenei. Ele sorriu e voltou a se aproximar.
-É...
-Quem é? - Ele perguntou, com a testa franzida. Acenei com a cabeça para ele e vi o homem perder o sorriso. - Quem sou eu?!
Acenei.
Ele ficou me encarando na penumbra do quarto, respirando longa e demoradamente. E deu um sorriso, enquanto apertava a minha mão.
-Naomi... Você está brincando?
Franzi a testa. Meu nome é Naomi?
Ele franziu a dele e pareceu preocupado. Mas tentou sorrir.
-Olha, vamos fazer o seguinte, está bem? Aperta a minha mão uma vez para sim e duas para não. Consegue?
Fitei ele. E apertei uma vez. Ele respirou fundo e me olhou, intensamente. Tão intensamente que eu fiquei com vergonha.
-Você sabe quem eu sou?
Exitei durante uns segundos, mas eu nunca tinha visto o rosto dele. Apertei duas vezes. Senti que ele ficou gelado e respirou fundo.
E deu um sorriso sem graça.
-Você lembra de alguma coisa de antes de acordar? Algum nome? Alguém?
Em todas, apertei duas vezes a mão dele. O homem suspirou de novo e, como se tentasse manter a calma, deu outro sorriso nervoso.
-Você entende o que eu digo?*
Franzi a testa e apertei uma vez. Ele estava falando em russo e eu entendi. Mas como eu entendi? E como eu sabia que era russo?
O homem repetiu a mesma frase em outras línguas, como italiano, árabe, Espanhol, alemão, português, japonês... E em todas eu entendi.
Ele me encarou e passou a mão na lateral superior da minha cabeça.
-Você sabe seu nome? Ou quem você é?
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A Herdeira. - Bucky Barnes.
Fanfiction"Desde o início da minha vida, eu sabia que meu nome era Kaya. Só Kaya, sem sobrenomes. Sabia de quem eu era filha e para quê eu existia. A realidade que me foi ensinada, nunca tinha sido a certa. Mas eu não sabia disso. Eu matava, seduzia, roubava...
Renascida.
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