❣️32 ➼ Drama da vida real

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Quando Simon puxa os meus cabelos com força, arrancando até a minha peruca e beijando o meu pescoço, sinto a fúria estourar através de mim e minha paciência acabar

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Quando Simon puxa os meus cabelos com força, arrancando até a minha peruca e beijando o meu pescoço, sinto a fúria estourar através de mim e minha paciência acabar. Me desvencilho dele e decido reagir. Juntando tudo o que passei com Jeremy anos atrás, penso friamente e acabo perdendo a cabeça. Em uma ação rápida, pego uma estatueta de ferro de bailarina em cima do aparador ao lado da porta e golpeio a testa de Simon. Vejo o sangue sair através da região atingida.

Simon ― Vadia! {Leva a mão até a testa ensanguentada e me lança um olhar irritado}

Quando penso que ele vai tentar me agarrar de novo, Simon cambaleia, perdendo o equilíbrio dos próprios pés. Ele olha para o sofá, fazendo menção de se sentar ali, mas antes de conseguir completar o ato, ele desmaia, batendo a cabeça na quina da mesinha de centro na sala. Coloco as mãos na minha boca, olhando atônita o corpo estirado no meu tapete.

Estou atordoada, minha visão fica turva, minhas pernas bambeiam e as mãos tremulam. O homem parece não estar respirando. Será que ele...? Não, eu não quero nem cogitar isso! Pego o meu celular, mas ele cai da minha mão. Agacho para pegá-lo e sento no sofá. Calma, Dulce! Respira! Você precisa chamar a polícia.

Dulce ― Por favor, não esteja morto, não esteja morto, não esteja morto! {Digo comigo mesma com voz embargada}

Enquanto digito o número da polícia, ainda com as mãos trêmulas, vou repetindo mentalmente sem parar, como se fosse um mantra: "não esteja morto!". Se eu fugir daqui, estarei automaticamente assumindo a culpa pela morte do meu ex-namorado. NÃO! ELE NÃO ESTÁ MORTO! Pare de pensar negativo, mulher! De novo não. Isso não pode estar acontecendo de novo.

D ― A-al-alô. {Digo após a minha ligação ser atendida e escutar a voz do outro lado da linha}

Qual é a emergência, senhora? {É uma voz feminina}

D ― U-um a-acidente. {Minha voz quase nem sai} ― E-ele i-invadiu o m-meu apartamento e... {Não consigo conter o choro assim que lanço o meu olhar novamente para o cadáver estatelado. Reparo em uma enorme mancha vermelha de sangue no meu tapete felpudo marrom}

O meu estômago se revira e sinto vontade de vomitar. Afasto o celular da orelha, abaixo a cabeça e despejo o vômito no chão, ao lado da ponta do sofá. Limpo a boca com as costas da mão. Simon pode ter quebrado o pescoço na queda e com certeza a quina da madeira da mesa fez um corte em sua cabeça. Julgando a quantidade de sangue, acho que foi um belo estrago. É muito difícil o homem estar vivo.

Retomando a minha atenção para o visor do celular, vejo que a ligação foi encerrada. Certamente a atendente pensou que se tratava de um trote. Me coloco de pé e decido sair. Fico do lado de fora, ao lado da porta de entrada do meu apartamento. Não vou conseguir falar com a polícia se eu estiver encarando o corpo desfalecido de Simon. Espero que não esteja falecido.

Ligo outra vez, encosto na parede e vou respirando fundo até que sou atendida.

D ― A-alô. Eu tenho uma emergência. {Agora fico na dúvida se eu deveria ter chamado primeiro a polícia ou a ambulância}

Solo Amigos!?│VondyWhere stories live. Discover now