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Chloe estava tão cansada que mal podia manter os seus olhos abertos, ela já não dormia há pelo menos 30 horas. O caso em que estava a trabalhar não permitia interrupções e talvez por isso estivesse numa situação difícil com o seu parceiro neste momento. Por pensar nisso, os poucos minutos que ela conseguia manter uma vigília via-o tranquilo ao lado dela prometendo que a tiraria daquela situação. Ele sempre estava lá.

De qualquer forma o pouco tempo que ficaram inconscientes com as pancadas na cabeças foi o suficiente para que os seus captores os colocassem num helicóptero ou avião (pelo barulho que ela podia ouvir). Ela ainda não tinha chegado a uma conclusão, não tinha força nem para formar um pensamento coerente.

"Chloe..." Ela deu uma olhada no Lucifer, era um ambiente um pouco escuro, mas ela ainda distinguia a sua forma. "O que devo fazer detetive?"

Era a primeira vez que ele pedia alguma opinião dela. Ele sempre agia por impulso. "Temos de tentar negociar Lucifer."

"Certo, eu vou tratar disso." Ele afastou-se dela.

Ela sentiu-se desamparada e ficou mais desperta. "Não Lucifer! Isso é uma péssima ideia, estamos a voar... espera até estarmos em terra." Ela sabia como uma conversa do Lucifer podia ser imprevisível.

"Mas..." Ele parou. "Tudo bem, detetive." Ele voltou ao lado dela. "Descansa um pouco." Ele disse.

oOo

Ela acordou quando a luz encheu o porão e o som da máquina era ensurdecedor. A porta traseira estava aberta e o avião estava a subir fazendo-os deslizar para a porta traseira. "Lucifer! Eles vão nos deixar cair."

"Estou a ver detetive." Ele estava firmemente agarrado a uma barra de metal e uma mão protectoramente na cintura dela.

Ela agarrou-se a ele, pelo menos o troque dele abrir qualquer algema tinha resultado há horas. "Lucifer." Eles estavam cada vez mais inclinados e ela conseguiu ver a água por baixo deles. "É o oceano lá em baixo." Ela disse.

Ele não respondeu apenas olhou e voltou a concentrar-se na barra de metal que ainda os mantinha em segurança. O que o Lucifer não esperou foi que uma grande caixa deslizasse na direção deles. Partindo a barra de metal e os fazendo também deslizar para uma grande queda. Agora era uma situação crítica eles estavam na borda apenas uma mão do Lucifer os mantinha no ar e por mais força que o Diabo tivesse ele não podia durar uma eternidade. Não com a detetive ao seu lado.

"Tudo bem Lucifer deixa-me ir." Ela não queria ser o peso morto, ele podia voltar a subir facilmente sem ela e ficar seguro.

Ele olhou para ela. "Não sem mim." Ele deu-lhe um sorriso torto. "Vai ser como cair num monte de algodão detetive."

"Ou um monte de cimento... eu sei com é Lucifer." Ela tentou ficar tranquila. Aqueles seriam os seus últimos minutos ou segundos.

"Bem se morrermos estarás melhor que eu." Ele diz quase no seu ponto de rotura. Então a pesa metálica cedeu ao peso dos dois e partiu. Eles estavam em queda livre. Ela gritou no primeiro segundo, mas então parou, a forma como ele a abraçava era reconfortante e deixou-a mais calma mesmo naquela situação. Eles iam morrer ela sabia, mas então ela olhou para ele. Os seus profundos olhos castanhos vidrados nela.

"Lucifer!"

"Prepara-te." Ele disse agarrando-a contra ele com mais força e então deu-se o impacto.

Ela não sentiu muito, apenas o choque frio da água no seu corpo quente. Em algum momento os braços dele afrouxaram e ela perdeu-o, mas tão rápido quanto caiu ela abriu os olhos e viu a forma turva do seu parceiro por baixo de água. Ela agarrou-o e puxou para cima, com esforço chegou na superfície. Respirar, ela conseguiu respirar novamente. Mas o seu parceiro não reagiu quando ela o puxou para cima e a cabeça dele encontrou o ar. "Lucifer! Lucifer!" Ela olhou para ele em pânico. "Não! Lucifer!" Ela insistiu.

A IlhaWhere stories live. Discover now