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Gulf Kanawut

Estava deitado em uma espécie de altar de pedra, preso

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Estava deitado em uma espécie de altar de pedra, preso. A luz da lua banhava meu corpo. Eu tento olhar para minha filhota que chorava. Ela estava próxima a um caldeirão.

- Está quase no horário, falta só o nosso Supremo chegar - Cir avisa.

- Por que está fazendo isso, Cir? - pergunto e ele sorri enquanto me olhava.

- Gulfinho, você pode não saber quem eu sou, mas você matou aquela que eu mais amava. Matou e tirou de mim o que me completava - ele diz.

- Então me mate! Mas deixe meus filhotes em paz, você não... não pode fazer isso, eles são só crianças - suplico tentando não chorar, mas falho.

- Vai implorar pela vida da sua filhota é? - ele diz e puxa Thanya que chorava para perto de si.

- NÃO TOQUE NA MINHA FILHA! - grito e tento soltar as correntes que me seguravam, mas era inútil.

- Sabe... conviver com o Supremo me ensinou alguns truques para segurar lobos da sua raça - ele diz e escutamos um barulho alto e logo um lobo branco passa pela porta.

- Mew! - falo baixo e vejo seu lobo olhar para mim - NÃO, NÃO VEM MEW! - grito, mas ele anda ~em minha direção e é parado quando correntes o prendem. Ele tenta se soltar, mas não consegue.

- Oh, Mew... você é tão besta - Cir fala batendo palmas - Achou mesmo que poderia entrar aqui para salvar seu grande amor e destruir o grande vilão - Cir fala e ri negando com a cabeça - Isso não é uma história de romance, e sim, do grande vilão que eu sou, mas eu não quero seu lobo aqui, eu quero você, Mew - ele diz e se aproxima do lobo – Vamos, volte para a sua forma humana.

Eu chorava enquanto o escutava, olho para Thanya e minha menina estava presa por correntes e chorava muito.

- Papai? - ela chama Mew que olha para ela.

- Oh... será que eu devo...? - Cir volta para perto da Thanya e sorri - Machucar a garotinha insuportável?

- Não toque nela – imploro. Todo aquele estresse não estava me fazendo bem, eu choro de forma descontrolada.

- Mewzinho, eu devo matar a sua filhinha? - Cir diz e vejo quando Mew tenta se desvencilhar, mas as correntes ganham um brilho dourado, e ainda em sua forma de lobo Mew chora e sinto meu coração doer.

- Mew... - chamo baixo - Para com isso, Cir... seu problema é comigo, deixa eles em paz – imploro.

- Vamos Mew, volte à sua forma humana - ele insiste e Mew logo começa a se transformar em humano novamente e fica de joelhos.

- Você... Vai se arrepender por tocar em minha família - Mew ameaça com a voz arrastada e olha para mim.

- Você não vai fazer nada, pois vai estar bem morto - Cir diz - Gostou do meu presentinho? Sabe, conviver com o mal-humorado que você era teve suas vantagens...

- Nós éramos amigos Cir, e você fez isso. Tudo isso... do que vai valer? - Mew diz e ele dá de ombros.

- Amigos? Fala sério! Você nem sabia que eu amava a Puifai. Nunca se preocupou com nada que me envolvia, até aquele inútil do Win tinha mais sua atenção do que eu, que cresci junto com você. Você nunca me tratou como um amigo e sim como seu servo - Cir acusa e se aproxima do Mew - Nunca se importou, você nunca foi meu amigo de verdade, Mew. Então não vem com seu discurso hipócrita para cima de mim - ele diz e volta para perto da Thanya.

Eu tento manter minha respiração calma, mas era a última coisa que eu conseguia fazer neste momento. Quando vejo Cir abrir um livro, seus homens se aproximam da minha pequena.

Ele murmura algumas palavras que eu não conseguia compreender no momento, pois falava baixo, até que começa a repeti-las em alto e bom som.

- O presente que a Deusa da Lua deu, eu devolvo como oferenda em troca de um único pedido - ele começa a dizer e um dos homens que segurava uma espada se aproxima dele e a entrega.

Ele empunha a espada e fecha os olhos como se estivesse orando, e quando ele para sua espada ganha um brilho novo. Cir olha para o caldeirão que tinha ali, mergulha a espada ali dentro, a retira e vai até Thanya.

- Não! Não! Não! SAI DE PERTO DELA! - eu grito desesperado, chorando e tentando me soltar. Não olhava para Mew, mas escutava seus gritos.

Neste instante observo Cir atravessar a espada pelo corpo da minha filhota. Sinto como se meu mundo estivesse acabado naquele exato momento.

Não conseguia mais controlar meu choro e vejo quando a marca dela que a ligava a mim e ao Mew começa a brilhar; a dor que sinto no local da minha começa a queimar me fazendo gritar em agonia.

Cir, por sua vez, sorri e se aproxima de mim ainda com a espada suja de sangue e rasga minha camisa.

- Não... Não! Não... - Peço aos prantos e sinto quando sua espada começa a rasgar minha pele, a dor é agonizante. Olho para Mew e noto seus olhos totalmente brancos. Ele também gritava de dor.

A lua banhava meu corpo e meu sangue descia por todo aquele altar. Grito repetidamente enquanto ele continuava.

- Mew... Mew... nos ajude, Mew - peço chorando muito, um dos homens me faz engolir o mesmo líquido que antes banhava a espada, minha visão começa a ficar turva.

Os barulhos que ouvia antes ficaram fracos, não escutava mais nada. Tentava respirar, mas não conseguia, todo meu corpo implorava para que aquilo parasse. Escuto um choro. Será que é meu ou do Mew? Não sei dizer... escuto vários barulhos e algo se quebra.

Eu não sei se consigo ser forte... os meus filhotes... Eu não os sinto mais. 

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Oiieee gente tudo bem com vocês

O capítulo foi meio tenso hoje, o Cir velho eu quero pegar ele e fritar ele esse cara tô com um ranço nele

Até mais

Beijosss

revisado/betado por sunshine_jmy 

O Supremo E O ômegaWhere stories live. Discover now