Confissão do réu e sentença

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- Senhor Vinicius Castro, é casado com Lorena Castro e padrasto de Laura... 

Vinicius sem ter permissão, o interrompe:

- Poupe-me das formalidades doutor, por favor. 

Patrick fica indignado com sua audácia. 

- Sei muito bem que estou acabado. Aquela velha, Tiana, mulherzinha que tremia de medo de mim, veio aqui me destruir. Mas não foi o suficiente. Essa ridícula com quem eu casei - Vinicius chama atenção de Lorena, a chamando. - Como é que eu aguentei? ah? eu era mais novo que você e casei, casei, morria de rir por dentro quando se gabava com as amigas que tinha me conquistado. - com esse comentário deu uma risada maldosa e debochada - eu muito mais bonito e interessante do que você. Eu casei, não por interesse em você Lorena. Cafona, mal vestida, cabelos tingidos. Você é ridícula. Eu casei por sua filha. 

Algumas pessoas quase partiram para cima dele, inclusive Elzira se levantou com súbito espanto pela declaração do pedófilo.

 Lorena sai correndo:

- Maldito! - mas é segurada por dois seguranças. - monstro! monstro! desgraçado! 

Vinicius estava rindo da situação e do fato de ver as pessoas ao seu redor transtornadas, Laura quis ir até ele mas Rafael estava do seu lado, a abraçando. 

- Silêncio, ordem nesse tribunal!

Lorena continua o xingando. 

Desde que vi Laura pela primeira vez, fiquei transtornado por ela. Não me importava a idade. Até você parar de trabalhar, eu tive o que queria. - Nicácio o chamou de psicopata. - Ela morria de medo de mim. Mas aí, depois, ela já estava  grandinha, podia abrir a boca. Eu tive que parar. Tentei conhecer outras, conheci e não adianta me acusarem, não darei os nomes, e pra cada processo é preciso um nome, não é Excelência? - Vinicius fitou o juiz - Aproveitei que eu era o delegado e todo mundo morria de medo de mim. Podia fazer tudo. - os murmúrios de revolta não cessavam e a confissão do réu também não - Até que a Laurinha resolveu casar com esse médico imbecil. Ai eu perdi o controle, eu não aguentei, passei a ter ciúme. Ciúme. Oh Laura - lamentou ele - eu poderia ter ido embora com você sabia? eu sempre te quis. 


Laura grita enquanto é segurado pelo advogado principal de acusação e pelo marido. 

- Você é um monstro, um monstro doente! agora todo mundo sabe que você é louco! - de repente Laura lembra - aquela tartaruga na minha lua de mel foi você, seu doente! 

Com um sorriso típico de um psicopata ele confirma:

- É, não podia ser feliz no casamento. Se eu não podia te ter, não queria ninguém tivesse. Eu mandei entregar a almofada, era bonita não era? eu sabia que você ia surtar, eu sei que não gosta de tartaruga. 

No limite da raiva e da revolta Rafael se desvencilhou da esposa para avançar em Vinicius, não chegou nem perto quando alguns policiais e Patrick o barraram. Vinicius continuou a falar sem problemas:

- Eu sempre soube porque não gostava disso. Aliás, já pode encerrar as perguntas. Já tem o que quer. Não é doutor? 

Rafael foi colocado para fora do recinto antes que pudesse cometer uma loucura, Laura que recomeçou a chorar foi amparada por Patrick que deu um beijo no seu cabelo. 

Patrick não perdeu sua postura de advogado:

- Excelência, sem mais perguntas. 

Vinicius dirigiu suas palavras para seu advogado:

- Doutor Antero, não precisa tentar me defender. Perdi. 

Vinicius ainda lança palavras afrontosas na direção de Sophia, uma das amigas de sua mulher e em seguida para Clara, a arquiteta do processo e que o próximo seria o juiz. Gustavo continua assustado. Quando diz que deveria ter mandado matar Clara, a mesma quase parte para cima dele. 

Os guardas no local precisavam fazer uma barreira e impedir que a plateia avançasse no réu acusado e confesso. Outros prenderam seus braços, o algemando. Indo direto para a penitência onde ficaria isolado por saber que poderia ser morto porque os bandidos não perdoam os caras que cometem estupro. 

Já a noite quando estava no flat com o marido, Laura estava sentada na cama com os joelhos dobrados quando vê seu marido chegar com uma bandeja deliciosa.

- Lindo - elogia ela.

- Não é?

- Só que não estou com fome agora.

- É mas, tem que comer, você não comeu nada o dia todo.

- Foi muita coisa, ainda estou mexida.

- Te admiro muito sabia, muito. Admite ele fitando sua esposa profundamente.

- Obrigada por estar comigo nessa.

Após uma troca de declarações ele ri pede rindo:

- Agora come alguma coisa por favor, fico preocupado com você. - Laura cai na riso com a fofura e graça do marido - pelo menos um gole do suco, pode ser?

Rafael pega o recipiente com suco, o colocando na frente de Laura, oferecendo a ela.

- Pode.

- Ai que bom. Como eu amo essa mulher.

-Laura entrega a taça para ele

- Delicioso, obrigada.

Rafael a puxa gentilmente para seus braços. 

A História de Laura e RafaelWo Geschichten leben. Entdecke jetzt