Capítulo 02

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Abri os olhos lentamente e já estava em minha cama. Tentei levantar, mas a tontura e o enjoo me fizeram deitar novamente. Olhei a minha volta e tudo parecia normal no meu quarto, pela luz do sol que entrava pela janela já era dia.

— Filha você está se sentindo melhor? Minha mãe falou a entrar no quarto.

— Bem? De que? Não entendi do que ela falava.

—Tadinha, será que ainda tem febre? Perguntou tocando em minha testa.

— Mãe eu não estou com febre. Eu não estou doente.

— Como não filha? Você está desde que chegou da casa da Ana nesta cama, vomitou algumas vezes. Deve ter comido alguma porcaria na rua. Acho melhor não ir para universidade hoje, nem trabalhar.

— Universidade hoje? Que dia é hoje?

— Ué segunda. Filha acho que devemos te levar ao médico.

— Não! Não precisa de médico. Já estou bem.

— Vou preparar algo para você comer. Ela falou saindo do quarto.

Liguei para Ana.

— Oi Jess! Está melhor?

— Oi Ana! Sim. Quer dizer, como foi sábado à noite?

— Você não lembra? Nossa nem bebemos tanto. Mas seja lá o que for não caiu bem em você e no Lian.

— Lian? Oque tem ele?

— Depois que ele te levou em casa ele foi para casa dele. Então Cris ligou para saber se foi tudo bem, já que seu telefone não estava pegando. Sei que ele estava bem mal.

— Hum... Deve ter sido algo que não caiu bem.

— Você vai trabalhar hoje? Melhor ficar mais um pouco descansando, eu te cubro.

— Está bem! Obrigada!

— Fica bem! Beijinhos.

Desliguei o telefone e segui para o banheiro. Escovei os dentes, lavei o rosto e me olhei no espelho.

— Satisfeito Kai? Tudo normal! Eu que sou a louca. E quer saber do que mais, não quero mais ver você, nunca mais, eu nunca mais vou dormir.

Tirei o dia pra ficar em casa. Estudei e adiantei alguns trabalhos da universidade.

 

KAI ZERDAX

Ouvir os pensamentos da Jess era mais doloroso que o estar com o inquisidor.

— Kai Zerdax suponho que o senhor possui compreensão de nossas leis uma vez que o senhor é o dirigente da sessão lux?

— Sim!

— Então senhor Zerdax, me explique as razões para o senhor ter ido até os mundanos pondo em risco nós e toda a humanidade? Hora de usar todo meu poder de persuasão. Pensei.

— Senhor perdoe-me, mas foi uma emergência. Como todos sabemos a senhorita Maynaro é prioridade.

— Não me diga senhor Zerdax. E qual a emergência? Por acaso seu destino foi descoberto por algum Akire?

— Não senhor! Por sorte eu cheguei a tempo.

Agora virá a pior parte do interrogatório, ele irá acessar minha mente para saber se falo a verdade. Mas, como já esperava por isso me mantive focado apenas nas emoções que a Jess sentia no momento em que o tal humano quis acompanhá-la até sua residência. E o que ela sentia era medo.

[CONCLUÍDA] Além do agora - Sonhos podem ser reais Où les histoires vivent. Découvrez maintenant