Capítulo 14

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Vejo a Priscila chegar com o jantar e Nour esta ajudando, ela pisca pra mim, enquanto coloca as coisas na mesa

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Vejo a Priscila chegar com o jantar e Nour esta ajudando, ela pisca pra mim, enquanto coloca as coisas na mesa.

Emilia- Que absurdo é esse, oque esse menina ta fazendo?

Priscila- Ela esta me ajudando dona Emilia.

Emilia- Ela não tem que trabalhar, apenas estudar, onde já se viu, é sua obrigação servir e não ela.

Nour- Não tem problema ajudar minha mãe, eu faço isso com prazer.

Emilia- Sua obrigação é estudar minha linda, não fazer serviços domésticos.

Priscila- É minha filha e eu digo oque ela pode ou não fazer.

Emilia- Quer mesmo ter essa discussão comigo Priscila? Vá cuidar dos seus afazeres sua empregadinha.

Ela abaixa a cabeça e fico indignada. Quando estou prestes a xingar minha vó, a Nour é mais rápida.

Nour- Olha aqui dona Emilia, eu sei que eu te devo respeito, vocês pagam meus estudos, querem o meu bem, mas ninguém nesse mundo fala assim com minha mãe, aceitei ela ser tratada assim, porque ela me pediu para não me meter, mas acabou, não vou deixar uma velha, que trata mal a própria neta, falar assim com minha mãe. A senhora devia ter vergonha na cara por ser tão mal amada, sua neta acabou de chegar, faz anos que não a vê, e a trata como lixo, eu não me meto em relação a isso, pois vocês são família que se entendam, mas com minha mãe a senhora não fala nunca mais desse jeito.

Queria levantar da mesa e aplaudir esse ícone. Ela deixou a velha sem palavras e triste... Pera a velha ficou triste.

Priscila- Nour, vai pro quarto.

Nour- Mas mãe eu defendi sua honra.

Priscila- Eu agradeço filha, mas vá pro quarto agora.

Ela sai e eu olho para meu pai, ele mantém a cabeça baixa. Que merda de homem ele é.

Priscila- Eu já não aguento mais, cansei de ser saco de pancadas. Tem umas coisas que quero dizer, você Emilia Soares é o ser mais repugnante que existiu, mal amada, insuportável, e você Enrico é um trouxa, pau mandado, filhinho da mamãe.

Ele finalmente levanta a cabeça e olha triste para a Priscila.

Priscila- Cansei dos dois, eu peço demissão.

O que? Não, oque farei nessa casa sem a única pessoa que me ama.

Emilia- Não pode fazer isso.

Priscila- Posso e vou.

Enrico- Priscila pense bem.

Priscila- Chega, eu irei embora dessa casa, com minhas filhas.

Não ela não pode ir, Priscila e Nour não podem me deixar.

Emilia- Não levará a Nour.

Priscila- Ah eu levarei sim, ela é minha filha.

Emilia- Eu coloco a policia atrás de você se a levar, você sabe que eu posso e farei isso.

Priscila- Não tem direito nenhum sobre ela.

Emilia- Tenho e você sabe.

Priscila- Enrico faz alguma coisa, coloca sua mãe no lugar dela.

Emilia- Meu filho jamais ficaria contra a mãe.

Ela olha triste e decepcionada para meu pai. Acho que eles esqueceram que estou na mesa.

Priscila- Enrico!

Enrico- Desculpa, mas daqui você não sai com minha... Com sua filha.

Priscila- Você não vale nada.

Ela chora e é hora de me meter.

Any- O que ta acontecendo, porque a minha vó acha que tem direito sobre a Nour. E porque estão obrigando a Priscila a ficar na casa, não estamos mais no tempo da escravidão, se ela quer ir embora, ela vai.

Finalmente eles me percebem na mesa e me olham espantados.

Enrico- Any vai para o quarto.

Any- Não vou não, quero saber que droga ta acontecendo nessa família. Porque a minha vó trata a Nour melhor que eu, e porque ela se acha no direito sobre ela. E porque a porra do meu pai não defende a mulher que ama.

Sim eu não sou burra, eu percebi que meu pai tem sentimentos pela Priscila, e essa conversa de agora me deu a certeza. Ela pareceu magoada por ele não a defender, várias vezes percebi isso, e ele a olha de forma doce, coisa rara em meu pai.

Emilia- Sobe agora e não se mete.

Any- Me meto sim, ta acontecendo alguma merda de baixo de meu nariz e quero saber que droga é.

Enrico- Any, obedece sua vó.

Any- Seja homem pai, uma vez na vida, lute pelo que quer. Eu cheguei a três dias e já percebi que ama a Priscila, mas é um banana que tem medo de enfrentar a mãe.

Enrico- Any, você não sabe de nada.

Priscila- Querida vá para o quarto, isso é conversa de adultos.

Uma luz ilumina minha cabeça. Toda essa discussão, a velha proibindo a Priscila de se demitir e levar a Nour. A preocupação dela não é em perder uma empregada e sim perder a Nour.

Any- Já entendi tudo.

Eles me olham arregalando os olhos.

Any- Estava tão óbvio, como não percebi, o amor de vocês pela Nour, o carinho, o cuidado, meu pai que parece amar a Priscila. Nour é filha do meu pai, ela é minha meia irmã.

Escuto um soluço e olho para a porta da cozinha, e la estava ela, ouvindo tudo. Minha irmã!

 Minha irmã!

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DOCE VAQUEIROWhere stories live. Discover now