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Hoje é sábado e estou na correria para a viajem na segunda, e ainda vou correr na casa da Lina comprei um presente pra Lete que faz três anos hoje.
Termino de me arrumar e peço a João que me leve até a casa de Lina.
Peço que ele me espere pois não vou demorar, desço e atravesso a pista, aos poucos não vou precisar mais das moletas, toco a campanhia e já escuto a música alta tocando sorrio deve está cheio de crianças, abaixo para pegar a caixa e o portão se abre meu olhar sobe pelas pernas bem contornadas na calça jeans a camisa de botão apertada e meu coração está na boca alguém aí sabe como se consegue falar nessa situação porque eu perdi a fala, não sei pra quem rezar agora, perco o fôlego sessenta e seis dias e sete horas e quarenta minutos mais quem está contando não é?
- Karol... - Sua voz sai em um sussurro e seus olhos me analisam.
Voz cadê você, forço a garganta.
- Oi. - Tento sorrir e Lete aparece no portão e se joga nas minhas pernas.
- Deixa que eu te ajudo com isso. - Ele fala e pega a caixa das minhas mãos.
- Vem titia Kalol, você tem que conhecer minhas amiguinhas.
- Claro meu amor estou louca para conhecê-las. - Me apoio na moleta e Lete segura na minha calça jeans.
- Kah você veio. - Lina fala toda sorridente e me sinto ainda uma merda por vê-lo com a família, se ela soubesse meu Deus que judas, fiquei com Lete e conversei um pouco com Lina mais vez ou outra meu olhar buscava por ele que estava afastado conversando e com uma cerveja nas mãos e eu morrendo aqui.
- Toma você precisa de uma. - Lina me entrega e franzo o cenho, mas tomo a cerveja, Valentina chega com Michael e sorrio vendo o quanto estão felizes, Jonatas também aparece e fica comigo o tempo todo.
- Como está esse seu coração, ele está mas sexy ou é impressão minha. - Me irrito logo, ele está reparando em Ruggero.
- Meu coração está ótimo, e não reparei nele.
- É mesmo não sei porque eu não acredito.
- Jô nem vem com essa coisa de amor.
- Quem falou em amor aqui, curta a festinha.
- Eu já tenho que ir, preciso terminar minhas malas e resolver um monte de coisas antes de viajar.
- Ah não, agora não você vai daqui a pouco. - Ele diz firme.
- Porque?
- O bofe não tira os olhos de você, e acho que estou contribuindo para isso, você não disse a ele que sou gay?
- Não porque eu diria e ele não está olhando pra mim. - Jonatas se aproxima e beija minha bochecha.
- Agora sim vá embora.
- Você é demente.
- Eu não mais você sim, acho que a falta de sexo prejudica seu raciocínio.
- Não vem não, você poderia ter resolvido meu problema.
- Pena que não gosto de boceta.
- Não iria se arrepender a minha é uma delícia.
- Acredito que sim, porque aquele Deus ali não tira os olhos de você. - Reviro os olhos.
- Vou circular antes que ele arranque meu pescoço.
- Te vejo amanhã. - Ele assente e vou me despedir de Lina e Lete.
Aviso a Valentina que estou indo e ela beija meu rosto.
- Senhorita Karol. - Igor me chama e vou até ele que está com Cleber, Michel, Sebastian, Mike e Ruggero.
- Olá rapazes.
- Vai dizer que não lembra o nosso nome. Sorrio.
- Nomes fofos. - Eles riem.
- Caramba senti falta de vocês e nem acredito que falei isso em voz alta.
- Eu sabia que iria sentir. - Sebastian fala e sorrio.
- Como esquecer o tempo que eu andei mais bem acompanhada, minhas amigas da faculdade até hoje falam, e a pobre da magrela, sonha acordada, façam uma visita aquela pobre alma. - Eles riem.
- É bom ver que está bem Karol. - Michel fala.
- É bom ver vocês também se cuidem e por favor não enlouquecam o clube feminino. - Eles riem e me afasto saindo do jardim e chegando ao portão devagar.

- Continua a mesma garotinha malcriada que feio, vai sair da festa sem se despedir. - Paro ao ouvir sua voz e me volto para ele, estreito os olhos.
- Já me despedir, e pare de me chamar de garotinha ugh. - Ele rir e o som me faz estremecer.
- Senti falta dos seus surtos. - Estreito os olhos.
- Ok parei, foi bom vê-la Karol, fico feliz que esteja bem e seguindo com a música, sua voz é linda eu já te disse isso.
- Obrigado, quer dizer não te agradeci por ter salvado minha vida, e sei que estava fazendo só o seu trabalho mas mesmo assim obrigado. - Ele se aproxima e enrola uma mexa do meu cabelo em seu dedo.
- Eu também não te agradeci. - Franzo o cenho.
- Por ter salvado a vida da Lete. - Arregalo os olhos.
- Como?
- Por ter sido a doadora das células, você salvou a vida dela, obrigado. - Ele sorrir e só assinto.
- Nos vemos por aí Major. - Ele faz uma careta mais sorrir.
- Nos vemos por aí garotinha. - Reviro os olhos e dou as costas saindo da casa de Carolina.

Como ele conseguiu essa informação, não tenho ideia, só quando entro no carro é que consigo respirar, merda porque você continua mexendo comigo assim Ruggero, porque não fica com sua família e deixa meus pensamentos.

Chego em casa e começo arrumando minhas malas, perco o maior tempo colocando tudo organizado em cada mala, respondendo alguns e-mails de trabalho que nem vejo a hora passar, já é noite, escuto duas batidas na porta e grito um entre, estou no closet e quando saiu.
- Lina, esqueci alguma coisa?
- Sim você esqueceu, eu sei de tudo Karol. - Puta merda onde eu enfio minha cara agora.
- Espera Lina eu posso explicar, eu sou uma...
- Karol, chega de fingir que não se gostam, eu vim até aqui porque amo meu primo e sei que mesmo sendo um grande idiota, Ruggero é completamente apaixonado por você.
- P-pr-imo... - Engulo a saliva e repito.
- Primo ele é seu primo?
- Claro que é, porque a pergunta você parece surpresa?
- Porque estou... Aí meu Deus. - Começo a chorar e a rir ao mesmo tempo.
- Karol devo me preocupar com esse surto.
- Não Lina, é... Onde ele está?
- Em casa, presumo que quer ir até lá? - Faço que sim.
- Vamos faço questão de te levar garota e pelo amor de Deus deixem de cu doce e fiquem juntos. Gargalho.

EntrelinhasTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon