12|

574 41 15
                                    

Quando chegamos aquela noite com Karol em meus braços e em choque não sabia o que fazer, pensei que fosse o medo que a deixou assim mais estava enganado, o desespero de Valentina chamando por ela tentando fazê-la voltar só poderia ser outra coisa.
Deixei as duas no quarto, e reunir o pessoal agora era hora de caçar os filhos da puta.
E os caras estavam a todo vapor, trabalhamos até amanhecer e conseguimos nomes só precisávamos encontrá-los.
Pela manhã Valentina foi para faculdade e Mike foi acompanhando, esperei até ver Karol mais nada dela aparecer e já fiquei preocupado, entrei na casa e perguntei por ela a Ana, que já estava aflita pedir alguns minutos e fui no quarto dela, bati na porta, liguei no celular, e bati novamente já estava decidindo em colocar a porta abaixo então ela abre a porta descabelada com cara de sono e testando todos os meus nervos, eu não fui forte o bastante para aquilo ela estava só de calcinha seus seios rosados bem na minha cara a cintura fininha desenhando suas curvas e uma calcinha de renda branca, as coxas torneadas quem controla o corpo diante de uma visão dessas nem que eu fosse castrado, então como um instalo lembro das câmeras fecho a visão com meu corpo e agarro o seu levando-a para dentro e fecho a porta, corro para o banheiro e acho um roupão minúsculo mais é a primeira coisa que vejo enfio seus braços e amarro fica apertado e pequeno mas está coberta ao menos até a calcinha.
Foram apenas cinco minutos de silêncio então ela explodiu e não sabia se ficava bravo com ela por ter aberto a porta daquele jeito ou se dava risada ou se ficava excitado porque porra não sou de ferro, quando ela bateu a porta do banheiro me virei para ir embora e vi um quadro com muitas fotos, ela e Valentina estavam em praticamente todas em várias idades, até Agustin estava presente. Deixei pra lá e sair.
Encontrei Valentina na cozinha e falei que ela estava bem contei a Valentina que ela ficou furiosa porque a acordei claro que pulei a parte que estava nua.
E então ela aparece na cozinha se irrita comigo e sai porque falo do seu medo.
Vejo Valentina pensativa.
- Você parece triste?
- Ela tem razão. - Ela diz.
- Sobre o que?
- O medo, ela não tem medo, Karol é a garota mais corajosa que eu conheço.
- Eu não tenho outra explicação para ontem.
- Ela perdeu a mãe exatamente assim.
- Como?
- Minha tia estava com câncer, sabíamos que ela nos deixaria mas ela estava lutando para ficar o máximo ao nosso lado eu tinha oito e Karol sete.
- Um dia invadiram nossa casa, pensávamos que era ladrão os seguranças nos colocaram dentro do quarto da minha tia que estava descansando eu tranquei a Karol no armário, e tentei acordar minha tia.
Ela para de falar com lágrimas nos olhos seca uma.
- Eles atiraram em mim. - Ela levanta a blusa e vejo uma cicatriz.
- E depois nela, e Karol viu tudo, ela gritou junto comigo o que foi bom porque eles não a descobriram, ela abriu a porta no chute eles não estavam mais, correu até mim, foi ela que chamou a ambulância, foi ela que ficou ao meu lado mesmo tendo só sete anos ninguém conseguiu tira-la.
Os tiros não causam medo nela, a deixaram em choque por lembrar.
- Porra... - Resmungo e Valentina enxuga as lágrimas.
- Eu sei que ela tem um gênio difícil mais é a melhor pessoa que eu conheço nesse mundo. Assinto me sentindo um merda, como duas garotas passam por isso e estão aqui em pé sorrindo pra vida e tentando todos os dias viver.

Vou pra casa descansar um pouco, ligo pra Lina e ela me fala como está Lete e falo com minha pequena.

Acabo dormindo um pouco, tomo um banho e troco de roupa entro no picape e volto para a mansão.

- Novidades? - Pergunto.
- Agustin ligou está chegando amanhã, aí sim teremos algo.
- E as garotas? - Pergunto e vejo Mike chegar.
- Senhorita Valentina chegou a pouco está na casa e a senhorita Karol... - Eles ficam em silêncio e trocam um olhar.
- O que essa maluca fez?
- Ela está na piscina.
- Ah merda... - Já saiu nem escuto o que eles dizem, mas me surpreendo quando chego na piscina e ela está sozinha nadando, me aproximo e abaixo fico ali observando-a, até que ela cansa e bóia.
- Vejo que arrumou algo para passar o tempo. Não resisto ela está muito quieta.
- Está dizendo que eu não tenho nada pra fazer? Consegui.
- Não quando está aprontando.
- Não sei o que significa aprontar nessa sua cabeça.
- O que tem minha cabeça?
Continua nadando de costas.
- Velha. - Tenho que rir ela é muito atrevida.
- Garota...
- Garota o que? Eu estava aqui quietinha foi você que veio me encher.
- Tem razão, talvez porque não aguento vê-la quietinha. - Confesso.
- Deveria aproveitar são raros momentos. - Ela tem razão são raros, ela para de nadar e sai da piscina, reprimo um palavrão e concentro meu olhar em seus cabelos.
- Deveria entrar, já está tarde e pode pegar um resfriado. - Falo e ela faz uma careta.
- Sim senhor papai.
- Não sou seu pai. - Falo e me surpreendo com a rapidez que saiu da minha boca, mas me arrependo quando seu olhar percorre meu corpo me causando um arrepio e ela ainda morde a pontinha do lábio confirmando que está pensando o mesmo que eu.
- Tem razão não é.
Ela vai para ir embora e volta um passo ficando ao meu lado e sussurra bem perto do meu ouvido me fazendo engolir em seco.
- Não sentiria tesão ao olhar meu pai. - Puta que pariu, eu não tenho tanta força assim, minha vontade é de joga-la nessa mesa e foder com ela até ela engolir cada palavra, mostrar a ela o velhote, mais tenho que me contorcer todo para me segurar porque estou aqui por um motivo e não posso jamais misturar as coisas.
Volto para o centro e fico ali com os caras analisando algumas coisas.
- Vou pegar um cafe. - Fala Mike.
- Eu vou também espere. - Falo e quando estamos perto da porta escutamos um barulho de algo quebrando, Mike me encara alarmado e abrimos a porta de uma vez encontrando as duas garotas no chão, Mike segura a risada.
- Aí meu bumbum, sai sua gorda está me matando. - Escuto Karol reclamar com Valentina que estava em cima dela e senta ao seu lado no chão.
- Eu não sou gorda, estou muito gostosa vocês não acham garotos? - Valentina pergunta com a voz embolada e Mike caminha até a mesinha onde vemos uma garrafa, então me viro pra elas e Karol está de quatro tentando levantar com a bunda empinada na minha direção, foco Ruggero.
- E você está uma delícia. - Valentina fala e bate na bunda de Karol que resmunga.
- Desisto acho que vamos dormir aqui. - Fala Karol.
- Posso saber quanto as mocinhas beberam - Pergunto e Mike me mostra a garrafa vazia.
- Só um pouquinho. - Valu faz com o dedo.
- Acho melhor ajudar elas. - Digo.
- É a primeira coisa legal que ouço esse chato falar puta que pariu palmas pra ele. - Karol fala e Valentina começa a rir.
- Vou levar em consideração que está bêbada Karol. - Digo.
- Não leve, aproveite que estou bêbada e fale tanto não vou lembrar de nada amanhã mesmo. Tenho que respirar fundo normal ela já é irritante bêbada então, Mike se abaixa e pega Valentina no colo e sobe.
- Vem deixa eu te ajudar, levanto-a pelo quadril.
- Consegue se apoiar em mim.
- Sim. - Responde e subimos as escadas bem devagar abro a porta do quarto, segurando-a pela cintura caminhamos até cama e a solto para que se deite mas a maluca gruda na minha jaqueta e perco o equilíbrio caindo em cima dela na cama.
Ela abre os olhos e encara os meus estamos tão perto que meus olhos vão dos dela para a boca me tentando.
- Você tem os olhos mais lindos que já vi. Ela diz e fico mudo.
- E a boca tão chamativa que dar vontade de beijar e morder.
Seguro nos lençóis e aperto tentando de alguma maneira me conter, respiro algumas vezes  e beijo sua testa, levanto já saindo do quarto ou vou trancar a porta e ficar por aqui mesmo.
Pego o café e vejo Mike entrar na cozinha, ficamos em silêncio pegamos dois copos de isopor com o nosso café e saímos da casa voltando para a central mais ficamos do lado de fora.
- Amigo vou te falar, difícil se manter nesse trabalho. - Ele confessa.
- Eu sei, mas não podemos deixar agora elas precisam realmente de proteção, não é só mais pela Lete.
- Eu sei cara. - Ele vira o café e entra.
Levanto a cabeça olhando o céu limpo cheio de estrelas e respiro fundo fechando os olhos e quando abro os olhos a vejo, ela está na varanda do quarto com um roupão, com certeza tomou banho e...
- Porra homem pare de pensar no corpo dessa mulher tenha foco e vá trabalhar.

EntrelinhasWhere stories live. Discover now