O Feirante

capítulo sete

- Então está combinado. Me espere.

- Sim sim. Tudo bem amor. - concordo sem fazer a mínima ideia do que marcamos. Depois vou perguntar.

Por que diabos ele tinha que aparecer assim do nada?
O Moreno de cabelos molhados sobre o rosto curvo os lábios olhando o aparelho em minha orelha. Que eu apertava de mais.

- Até lá então, te am-

Tiro o celular da orelha sem dizer tchau ainda olhando o Feirante que não saia da minha frente, muito menos parava de me encarar.

- Quem você chamou de amor? - perguntou cursando os braços coberto por uma jaqueta de couro. - reviro os olhos desviando dos seus enormes e preto interrogativo.

- Como se isso fosse da sua conta! - guardo o celular no bolso.
- Da para sair do cominho? - pergunto também cursando os braços. Continuo encostado na porta tentado me recompor do susto.

- Era sua namorada? - perguntou me ignorando.

Abusado!

- Sai! - empurro - ou melhor, tento. já que ele é bem mais forte e maior que eu - mais ele nem se move ainda esperando uma resposta.
- Eu vou derrubar você.seu, seu. Bruto. - nada, ele não sai do caminho.
- Tá! - dou de ombros me virando e entrando na casa.

- Eu trouxe seu café da manhã bebê - fecho as mãos tentando conter a raiva que sinto só de ouvir ele me chamando assim.
- Apesar de você ser um malvado comigo eu ainda gosto de você, porquê você é muito lindo.

Eu não tô gostando dessa maldita dor na barriga que eu sei muito bem que não tem a ver com banheiro.

Olho para ele, demonstrando todo meu tédio com suas palavras, ele apenas pisca sorrindo erguendo uma sacola transparente - Coisa que eu ainda não havia notado em suas mãos - E se aproximar do balcão colocando em cima do mesmo.

- Eu não quero nada de você! - falo me aproximando dele sentando no banco atento a seus movimentos.
- Não gosto de comer doces no café. - falo ao ver ele retirando um pedaço de bolo de chocolate e um cafe gelado.

- Tia Hyuna pediu que eu trouxesse para você. O café fui eu quem comprei. - ergueu o copo em minha direção.
- Tem leite e várias coberturas. Você vai gostar. - sorri amarelo.

Eu não estou gostando disso. Não não.

- Já disse que não gosto disso, no café da manhã. Além do mais isso me engorda. Eu já ganhei muito peso comendo esses bolos da tia Hyuna. - empurro o copo para ele fazendo uma careta.

Ele me olhou dos pés a cabeça, me fazendo automaticamente me encolher no banquinho.
de alguma forma me senti quente com sua forma de avaliar meu corpo como se estivesse a procura de provas do que eu acabei de falar.

- Mais você é perfeito assim!. Suspirou piscando.

- Por que você é assim? - empurro seu corpo afastando mais de mim.
- Não gostei da forma que você me trata. Parece um tarado sem freios. - resmungo olhando para outro lado. Enfiando as mãos entre minhas coxas tentando conter a sensação esquisita que me percorreu no corpo.

- Mais eu te trato bem meu príncipe. - tentou segurar meu rosto mais fui rápido em bater em sua mão.
- Você que me trata como um lixo. Mais olha! - colocou o copo de café e o bolo a minha frente.
- Eu sei que é só questão de tempo até você ficar caidinho por mim, bebê.