Aviso: Manu foi postado na íntegra e ficará completo até 09 de agosto de 2021, quando será retirado para publicação na Amazon.
Sinopse
Manu é uma jovem cheia de sonhos que luta para se virar sozinha na cidade grande e mostrar a todos, inclusive a si...
Que alegria poder postar capítulo da nossa mocinha atrapalhada hoje.
E eu trouxe a música que para mim é o tema da Manu, pois tem muito a ver com ela e o seu desejo de ser alguém na vida.
Espero que gostem do capítulo e comentem muito. Amo seus comentários, guardo todos no meu potinho de bons sentimentos.
Prontas para conhecer algumas personagens novas? Incluindo uma gatinha muito danada?
Capítulo 3
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Chego às 19h30 em casa nessa noite de sexta-feira. Estou mais calma, mas ainda me sinto arrasada por ter perdido o meu emprego. Acendo a luz ao entrar e dou uma longa olhada no apartamento pequeno de ambientes integrados.
O primeiro cômodo logo após a porta de entrada é a pequena cozinha americana com seus armários brancos, geladeira, fogão, e um pequeno balcão com duas banquetas para refeições. Do lado esquerdo da porta de entrada fica a porta do banheiro, o único espaço fechado. Mais adiante fica a sala de estar, que é o cômodo mais espaçoso do apartamento e tem um sofá pequeno de dois lugares marrom claro, dois pufes de cor creme e um pequeno rack branco com painel onde fica a TV de trinta e duas polegadas. Também há um tapete redondo, uma mesa de centro bonita que encontrei jogada na rua sem uma perna e reformei com um cabo de vassoura, e cortinas claras com motivos florais. Atrás do sofá há uma estante de nichos branca, e essa é a única divisão entre a sala e o quarto que contém somente a cama, com lençóis femininos floridos, e um pequeno guarda-roupa de seis portas
Essa é a minha casa, um cantinho que foi cuidadosamente planejado e preparado ao longo de três anos, e que agora está ameaçado pelo fantasma do desemprego.
Tem gente que perde o trabalho e espera receber o seguro-desemprego para começar a ir atrás de outro. Eu fico em pânico só de pensar. Prefiro a segurança de um novo emprego do que passar alguns meses tranquila e depois ter que contar com a sorte. Tenho uma reserva de emergência, uma pequena poupança, vou receber os encargos por ser demitida sem justa causa, assim como o décimo terceiro salário. Mas tenho conhecimento de que apenas alguns meses sem trabalho é o suficiente para fazer tudo evaporar. Não posso esperar.
A Gi quis vir para casa comigo e ficou tagarelando sobre passarmos o fim de semana me preparando para as entrevistas, sobre cozinhar algo gostoso e ver filmes. Eu delicadamente declinei. Não é que eu esteja ressentida – ok, talvez eu esteja um pouco ressentida, mas não com ela. É que preciso ficar sozinha para assimilar essa nova realidade, para traçar planos com calma. Preciso da minha rotina, das minhas listas. E com a Gi aqui eu não ia conseguir me concentrar.
Como sempre faço quando fico estressada, me refugio em minha lista de afazeres. Hoje é dia de lavar o banheiro e tirar pó, e de organizar minhas refeições do fim de semana e preparar parte delas. Depois de tudo vou tomar banho e lavar o cabelo, que deixarei secar naturalmente porque é sexta e não faço chapinha às sextas-feiras. Por último assistirei TV enquanto faço as unhas.
