capítulo dezessete

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Seokjin, que mesmo em semana de provas, ainda tirava várias horas do seu dia para visitar Namjoon. Na maioria das vezes, o mais velho levava seus livros e sentava-se na cadeira ao lado do bruxo para poder estudar. Namjoon reclamava constantemente da posição desconfortável que Seokjin sempre ficava quando estudava no hospital, mas o mais velho o ignorava e voltava a focar em seus livros.

Seus pensamentos são interrompidos pela batida na porta, e pensando ser Seokjin, que finalmente estava ali para lhe buscar, pediu para que a pessoa entrasse, mas ao contrário do que pensava, do outro lado da porta se encontrava Hyena.

— Vejo que já está melhor. — A mulher dizia enquanto fechava a porta atrás de si com um sorriso no rosto.

— Talvez. Estou tão dopado de remédios que mesmo se estivesse sentindo alguma dor eu não saberia.

— Agradeça por isso. A dor de um tiro não é para qualquer um. — Hyena respondeu sentando-se na cadeira ao lado da cama.

— Já levou um tiro? — Namjoon pergunta.

— Mais de um na verdade. Tive sorte por ter pessoas capacitadas o suficiente para me salvar em todas as ocasiões.

O bruxo balança a cabeça. Hyena era uma mulher misteriosa, pouco se sabia sobre sua vida, como havia chego até ali ou sobre seu passado. Ainda tentava entender um pouco mais sobre a mulher, sua aura era verde hoje, em outros dias era amarela. O verde sendo a cor da compaixão e do desejo de ajudar as pessoas, sempre tranquilizava Namjoon. Amarelo era a cor da felicidade.

Ainda não podia deixar de notar o pequeno rastro cinza que havia em sua aura, era quase impossível para Namjoon ignorar aquela tonalidade que parecia encostar na pele da mulher. Após algum tempo, as diferentes cores começaram a fazer sentido para o bruxo.

Pessoas podem ser felizes, elas podem estar bem consigo mesmas. Difícil era deixar de lado a dor que consome nosso inconsciente, porque ao fazermos coisas terríveis - como tirar uma vida -, uma certa marca afeta nossa alma, e pode ser ignorada, mas ainda irá existir.

Seus pensamentos são interrompidos por Seokjin abrindo a porta do quarto e sorrindo para Namjoon, que acordou ao perceber que estava encarando a mulher durante todo aquele tempo.

— Oh! Hyena! — O mais velho exclamou quando viu a mulher sentada na cadeira e sorriu para ela. Se aproximou de Namjoon deixando um selar nos lábios de seu namorado. — Como está?

— Bem, e você?

— Também. — Seokjin sorriu e depositou outro beijo, dessa vez na testa de Namjoon.

Seokjin teve sorte. Além da perda de sangue, que não foi em excesso graças ao resgate que chegou antes que algo pior pudesse acontecer com o mais velho, o chute que levou em seu estômago não resultou em nada muito sério.

O bruxo sempre seria grato por todos terem saído vivos.

— Que bom que chegou, Seokjin. Assim poderá ajudar seu namorado em uma importante decisão que ele tem para fazer. — A mulher diz levantando-se e se aproximando do casal que se entreolham confusos. — Conversei com meus superiores essa manhã sobre adicionarmos mais um membro à nossa equipe, eles aceitaram, porém teria que passar por certas avaliações antes, claro. Coisas simples, somente porque eles precisam ver o que consegue fazer com os próprios olhos.

Namjoon solta uma risada nervosa. — Não estou entendendo o que quer dizer, Hyena. Que equipe?

— Queremos que faça um teste para ser o novo membro da Associação de Proteção às Bruxas. — Hyena explica.

— Isso existe? — Seokjin pergunta antes que pudesse pensar no que estava fazendo e recebe uma risada de Hyena como resposta. Namjoon ao seu lado, é incapaz de sorrir ainda tentando processar a informação que acabou de receber.

What Auras Can Tell • [namjin]Where stories live. Discover now