softcore • drarry

1: I'm always gone, out on the go

A manhã de vinte de dezembro trouxe muita neve para os terrenos de Hogwarts, cobrindo os vastos campos com um tecido fofo e frio branco. Todos os alunos da escola estavam muito animados na época, porque aquele seria o último dia de aula antes de entrarem nas férias de fim de ano. Mas também pelo fato de que, no dia vinte e cinco aconteceria o tão esperado Baile de Inverno.

Você poderia encontrar vários grupos de meninas suspirando pelos corredores, animadas. Vários casais se convidando para o baile. Os alunos da Academia Beauxbatons e Dumstrang também estavam muito ansiosos para a festa no dia do Natal.

Ou seja, todos estavam super felizes e esperançosos pelo baile. Todos, menos Harry Potter.

Primeiro, porque a ideia de dançar o apavorava horrores. Ele era péssimo com danças, e quando eu digo péssimo, eu quero dizer um tremendo desastre. Ah, um dia seu amigo, Rony Weasley, lhe desafiou no dormitório á mostrar alguns passos. E acredite, talvez Simas e Dino teriam perdido seus pulmões de tanto rir com a tentativa do moreno se ele não tivesse parado de dançar logo.

E segundo, bom... por causa do seu par.

Harry namorava Draco Malfoy, um sonserino arrogante de nariz arrebitado que se achava superior á tudo e todos, mas por quem o grifinório havia perdidamente se apaixonado meses antes, (não o pergunte porque, ás vezes nem ele sabe direito). A história era até um pouco engraçada, ele não sabia quando ou nem como se descobriu gay, ou como criou coragem para falar com Draco sobre aquilo. Mas acontece que o sentimento era recíproco, sempre fora, e quando Harry disse aquilo para o loiro, ele abriu um sorriso tão grande e verdadeiro que o moreno achou que seu rosto iria travar naquela expressão.

O importante é que estavam juntos. Mas o problema nisso tudo? Eles não eram um casal público. Ninguém sabia do relacionamento dos dois, talvez porque ninguém acreditaria. Rony certamente surtaria. Mas (talvez) também pelo fato de que Harry não sabia como se assumir.

E tirando esse fato, outra coisa que aborrecia muito o moreno era que o namorado estava quase o implorando para irem juntos ao baile. Potter não planejava ir com o loiro, afinal se fosse, iria se assumir para toda a escola (com bônus: Beauxbatons e Dumstrang também) que era gay e namorava Draco Malfoy. Isso estava mexendo com sua cabeça desde que descobrira sobre o maldito baile.

Porque por um lado, Harry queria muito ir com Malfoy, passar um tempo com o namorado seria incrível já que eles mal tinham tempo para se encontrar agora que o Torneio Tribuxo tinha começado. Mas será que eles não podiam dançar juntos dentro de uma bolha invisível onde ninguém os veria, não?

(Ele até tentou perguntar á sua amiga sabe-tudo, Hermione Granger, se existia um feitiço ou poção que os deixaria invisíveis, porque dançar debaixo de sua Capa da Invisibilidade seria apertado e desconfortável. Mas então se lembrou que a morena não sabia do namoro. Ideia descartada.)

Com isso, Harry passou o dia absorto nos seus pensamentos sobre o baile, ele mal prestou atenção nas aulas, recebendo uma detenção de Snape que teria que cumprir após as férias de fim de ano por estar sonhando acordado na aula de Poções (ótimo!)

O moreno agora estava na última aula do dia (finalmente, ele pensou). História da Magia, a aula perfeita para fechar o trimestre. E mais tarde ele poderia encontrar Draco na biblioteca, como haviam combinado. Ele estava um tanto ansioso para ver o namorado.

Sentado entre Rony e Hermione, ele manteve a cabeça baixa enquanto ignorava a longa e tediosa explicação sobre alguma revolta de criaturas mágicas que o Prof. Binns dava na frente da sala de aula. Ao seu lado, o seu amigo ruivo dormia (quase roncando) com a cabeça no livro aberto. Do seu outro lado, Hermione anotava furiosamente algo que Binns dizia em um pergaminho novo, concentrada.