Um Amor Proibido (Obra Reescrita)

Capítulo 9

— Meninas esse é Louis meu primo, Louis essas são as Power Girls, líderes de torcida da escola. — assenti.

— Aí que lindinho ele é tão fofo. — Senti meu rosto esquentar.

— Nossa que genética maravilhosa essa da sua família Will. — Will riu e deu uma tapinha no meu ombro.

— Will está sendo trocado. — Will riu alto, eu estava vermelho por causa desses comentários.

— Ele me substituir? Nunca, eu faço coisas que ele não faz e vocês sabem disso, se duvidar nem beijar ele ainda beijou. — Desviei o olhar para outro lado do canto, vi Caio sentado na grama olhando pro céu.

— Pera eu posso resolver isso pra ele e qualquer outra coisa. — Uma garota disse me deixando um pouco receoso.

— Não, obrigado, tô bem assim — Digo e algumas meninas acabam rindo do fora na garota.

— Já tá assim é Jennifer? Acho que a gente precisa se encontrar de novo pra você ter uma transa descente. — Segurei a alça da mochila tentando deletar aquela conversa.

Todo aquele assunto tava me deixando altamente constrangido, então sai aos poucos sem que ninguém percebesse e fui no vestiário acho que o Caio tá lá, não vi mais ele no campo, queria falar com ele, não vi ele quase o dia todo.

E ele estava lá, vestindo uma calça, eu sentei no banco e fiquei prestando atenção nele, quando ele meche os braços os músculos da costa dele se mexem é engraçado. Quando ele virou e me viu não disse nada, continuou fazendo o que tinha pra fazer.

— Oi Caio — Mais uma vez ignorado.

— Você jogou bem hoje. — Disse fitando ele, mas o silêncio que ele fazia estava me incomodando.

— Caio tá tudo bem? — Ele bufou e virou para mim.

— Tá sim eu só não quero falar com você. — Senti um arrepio correr pela minha espinha.

— Por que? — Ele não respondeu, apenas trancou o armário e pegou a bolsa.

— Porque sim agora me dá licença que eu preciso ir. — E ele foi embora, eu não entendo o que eu fiz, não lembro de nada que possa tá causando essa reação.

Corri atrás dele e segurei ele pelo braço, Caio mal olhou nos meus olhos, apenas ficou parado.

— Eu fiz algo? Foi sobre o dia no banheiro? Se sim desculpa, mas eu sempre te disse que poderia dar algo pra você a aproximação comigo — Caio solta o braço e vai embora andando sem dizer mais nda.

Sai do vestiário e fui em busca do Will que não estava mais no campo, fui para o estacionamento e ele estava aos beijos com uma das garotas, eu senti algo estranho dentro de mim, mas não dei importância, deve ser fome, tô louco para chegar em casa e lanchar. Abri a porta do carro e entrei, logo Will entrou e começou dirigir.

— Will o caio não quer falar comigo por que? — Ele não deu muita atenção, na verdade quase não dava.

— Não sei, você deve ter feito algo para ele. — Impossível eu ter feito algo, um tempo atrás estávamos conversando super tranquilos.

— Mas eu não lembro de ter feito nada.

— Não sei ok, Louis, bom você vai querer ir na festa fantasia? — Lembrei do anúncio no refeitório, e tive um misto de curiosidade por uns minutos.

— Acho que sim, pra você tem algum problema eu ir? — Ele riu balançando a cabeça.

— Não, vamos aí quem sabe você perde seu bv, acaba beijando alguma menina legal — Assenti.

— Qual o problema de ser bv? — Will me olhou como se eu tivesse cometido uma blasfêmia.

— Simples, você tem dezesseis anos e não tem nenhum contato com o sexo oposto. — Encostei as costas no banco do carro, e fiquei observando para fora.

— Isso é ruim? — A pergunta saiu mais para mim do que pra ele.

— Na minha concepção sim, é péssimo. — Eu não achava.

— Mas e se eu quiser ser bv? — ele riu.

— Aí é problema seu. — O resto do caminho foi em silêncio, e eu só pensava no caio não querer ter falado comigo. Isso me magoou de alguma forma.

Chegamos em casa, fui trocar de roupa, mas fiquei com o moletom do Will ele estava bem quentinho, me deitei e logo uma mensagem chegou no meu celular.

"Oi aqui é o Benjamin, esse é o endereço, não se atrase para o trabalho "
Apenas respondi um ok e deitei novamente. Fiquei pensando no Caio ter me tratado estranho, não tinha muito sentindo naquilo.

Caio

O dia não foi fácil, preferi não ir de carona com o William, como eu disse vou me afastar do Louis, mas o problema é que eu não consigo parar de pensar nele, isso me assusta demais. Hoje quando cheguei na escola ele estava lá, com o cabelo platinado de azul e lilás e ficou lindo, mesmo eu gostando do loiro natural.

Eu estou confuso e minha cabeça lateja, eu não sei o que estou sentindo eu só sei que estou entrando num poço sem fundo, não respondi ele nas vezes que ele tentou falar comigo, e quando respondi fui grosseiro, doeu ver os olhinhos dele perdendo aquele brilho de alegria.

Agora que as Power Girls estão de volta, pelo menos vou poder fazer sexo e tentar esquecer um pouco tudo isso. Will é um idiota queria socar a cara dele, mas talvez ele tivesse razão quando veio falar comigo. Era melhor me afastar para não causar problemas pra ninguém, nem pra mim nem pro Louis.

Suspirei fundo me jogando na cama, estava triste e frustrado, coloquei música para tocar, em especial uma que acabava me lembrando do Louis, porque tava ouvindo ela no dia que o Will chegou com aquele garoto todo perdido e acuado. Cantava cada refrão da música Yellow do Coldplay lembrando do Louis.

Hoje a gente ia ter treino pela tarde, então teria tempo só de comer e ia acabar voltando para o colégio, Will pegou uma folga no trabalho para poder treinar, mas a realidade é que o velho Maquêz era muito fã do time da escola, desde a época que tinha nossa idade e sempre liberava o Will quando tinha esse tipo de ocasião.

Depois que almocei, sai caminhando para ir para nosso treino, seria tempo suficiente, minha mãe andava perguntando se estava tudo bem, mas não sabia como conversar sobre aquilo com ela, ou como desabafar sobre meus sentimentos.

x

No treino foi o mesmo de sempre, mas estava mais desmotivado, acho que Will estava errado, ter me afastado me deixou mais sem foco do que qualquer outra coisa.

O tempo se arrastou quando eu ansiava que ele corresse da mesma forma que eu corria dentro daquele campo. Mas no final quando acabou, eu só queria ir embora pra casa.

— Caio, a gente pode ir comer algo? Conversar? — Ouço Will chamar e nego com a cabeça.

— Não dá, desculpa, mas tô realmente cansado e preciso ir pra casa — Digo e saio do campo.

— Não queria que nossa amizade acabasse ficando ruim — Ouço Will dizer um pouco mais alto.

— Não ficou, você é ainda como um irmão, mesmo fazendo tanta merda, só estou com a cabeça cheia de coisas agora — Digo e Will atravessa o campo e me abraça, sinto uma vontade enorme de me acabar em choro, mas seguro a barra e tento ficar firme.

— Você me abraçando? — Digo rindo e Will ignora, mas faz uma cara engraçada.

— Só achei que você tivesse precisando — Ele diz e concordo, realmente estava, então não podia ignorar aquela ação, ainda mais vindo dele.