CAPÍTULO 29

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Como em outros dias, eu acordo e o mar é a primeira coisa que eu vejo.

Eu poderia fechar as cortinas, mas não queria perder a visão das estrelas à noite, e do mar acordando com o sol frio da manhã. Então, quando o sol levantava, eu levantava junto com  ele.

Eu dormia a maior parte do meu dia, então acordar cedo não era um desafio. Pelo menos não deveria.

Nas últimas semanas, eu estava cansada, indisposta. Ficava sem ar, por causa da pressão dos bebês e sentia muitas dores. Minha médica tinha vindo aqui em casa examinar-me, mas, apesar de tudo, disse que a gravidez estava normal e que agora, era somente esperar a hora que eles decidissem sair.

Eu não tinha contado nada a Hero. Ele estava longe, nada poderia fazer para me ajudar e eu não queria deixá-lo preocupado.

À noite, sem que os gêmeos soubessem, eu chorava de saudades do meu menino grande. Sentia saudades de suas loucuras, de seus cuidados, mesmo que ele estivesse fazendo o possível para que eu ficasse bem.

Eu poderia ligar para ele e pedir que viesse para mim. E eu sei que ele largaria tudo e viria sem pensar duas vezes, sabia que ele também sofria por estar longe de mim, de nós, mas a vida nem sempre seria um mar de rosas e deveríamos aprender a nos portar em todas as situações.

Como em todas as manhãs, Max e Matt entram no quarto após uma batida somente.

— Bom dia. — Dizem em uníssono.

Eu viro em minha posição de lado, fico com a barriga para cima e os encaro.

— Bom dia. — Respondo de volta.

— Como você está se sentindo? — Max pergunta, pegando minha mão.

— Bem, na medida do possível. — Sorrio.

Matt coloca sua mão em minha barriga e um chute logo acerta sua mão.

Sempre que ele fazia carinhos em minha barriga, um dos bebês chutava. O que não ocorria com Max. Em meu coração de mãe eu sabia que quem chutava era a minha menininha.

Eu não sabia o porquê, mas sempre que Matt conversava ou acariciava minha gigantesca barriga, minha menina chutava. Talvez fosse um dos meninos ou todos eles juntos. Mas, no fundo, eu sabia que era ela. Que ela e Matt tinham uma ligação especial.

Por quê? Isso ainda não sabia.

— Sua barriga está tão grande, menina. — Maria diz, admirada.

Ela estava a pouco mais de um mês comigo, mas eu já a adorava. Ela tinha esse jeito de mãe que me deixava feliz e triste ao mesmo tempo.

Feliz por ter esse tipo de apoio em minha gravidez e triste por não ser feito por minha própria mãe.

— Está. — Respondo, sorrindo.

Eu estava deitada no sofá que tinha encomendado online, um dos muitos móveis que tinha comprado online para a casa. O quarto dos bebês foi o único cômodo que mobiliei com coisas que eu mesma fui comprar na loja. Todo o resto eu tinha pedido na internet. Era somente mais fácil em minha condição.

Ás vezes, eu tinha a impressão que minha barriga iria cair ou que ela me faria cair. E era impossível sair sem me sentir um E.T., todos me olhavam impressionados com minha barriga e sempre queriam tocá-la.

Além disso, a fama de Hero começou a cair sobre mim. E todos estavam muito curiosos sobre a namorada grávida do mais novo roqueiro gostoso e tatuado dos Estados Unidos, então, quando não chamava atenção por meu estado, o meu relacionamento com Hero o fazia.

MINE, Now and Forever [ Livro 2 Adaptação Herophine]Where stories live. Discover now