CAPÍTULO 16

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Felicidade pode ser superestimada.

Mas se eu estava feliz com tudo o que estava acontecendo em minha vida? Porra, sim! Já havíamos feito show em cinco cidades e estávamos ficando cada vez mais conhecidos pelo público. Em poucos dias, nosso primeiro álbum seria lançado e a expectativa era enorme sobre isso.

Eu estava feliz, vivia sorrindo para as paredes, mas isso não era porque tudo estava indo bem com a banda. A minha felicidade se devia unicamente a Jo.

Eu estava tão contente que ela estava na turnê conosco, que o mês que passei sem ela agora era uma mera e infeliz lembrança. Eu já não tinha pesadelos sobre esse tempo. Pelo menos não desde que nos acertamos e voltamos a estar juntos como um casal.

Eu vivia radiante. Alegre.

Tudo isso, juntado as novas descobertas sobre a gravidez da minha menina. A cada dia que se passava, sua barriga crescia um pouco mais. E eu estava fascinado por isso.

Por todas as mudanças que seu corpo estava tendo.

E era por isso que eu estava aqui, no Walmart. Deixei uma Jo dormindo no hotel e pedi para o taxista me levar até o supermercado mais próximo.  Jo estava tendo alguns desejos na noite anterior. E eu estava aqui para comprar tudo o que ela desejava e uma câmera.

Quando eu a via se olhar no espelho, acariciando sua gigantesca barriga, eu queria guardar aqueles momentos para sempre. Quando ela deitava nua na cama, seus seios cheios de veias, sua barriga muito saliente e o fino lençol branco na cintura, eu a achava a mulher mais fascinante do mundo.

Ela era como uma ninfa para mim.

Nesses momentos ela parecia um verdadeiro anjo. E sempre parecia ter uma luz ao seu redor. E eu queria novamente gravar para sempre essas imagens. E por isso eu aproveitei seu sono para, não somente comprar seus desejos, mas também comprar uma câmera fotográfica.

Eu queria que as fotos ficassem boas, muito boas. E meu celular não era o suficiente para isso. Eu queria gravar cada momento, cada segundo de sua gravidez, para sempre, mas meu celular não poderia capturar a beleza de Jo em sua totalidade.

Nem uma câmera fotográfica o faria, mas seria bem melhor que meu celular do caralho. Eu ando pelos corredores diversos do Walmart, colocando tudo que Jo possa gostar no carrinho. Eu faço isso mesmo sabendo que estaríamos viajando para outra cidade em breve, mas eu não me importava. As viagens, às vezes, duravam horas. E Jo não podia se alimentar como queria nesse tempo, então, eu estava aprendendo e agora, comprava tudo o que ela queria antes dos voos.

Eu dava para ela todas as porcarias saudáveis. Mas isso não a deixava contente, na verdade, isso a deixava emburrada. Mas, assim como eu, ela estava disposta a fazer tudo por aqueles três bebês, então, comia tudo o que eu lhe dava, tudo aquilo que a médica receitou, além das vitaminas e comprimidos. Mas sempre implorava pelas guloseimas, depois de cumprir com suas obrigações.

Viro-me para pegar um pacote de pão que está no topo da prateleira, pois Jo gosta de comê-lo com pasta de amendoim e geleia, quando me deparo com uma menina me encarando. Pegando o pão eu o coloco no carrinho antes de empurrá-lo longe daquela sessão. Viro para o corredor onde tem as geleias e paro por um momento, tentando localizar o que quero.

Encontro à pasta de amendoim na prateleira perto do chão. Agacho-me para pegá-lo e quando volto ereto, vejo a mesma menina que me encarava perto do pão, me olhando pelo canto do seu olho, enquanto finge ler a embalagem de algum produto.

Franzo a testa para ela e viro-me para ir embora, quando escuto um barulho, seguido de um flash.

A menina amaldiçoa, deixando o celular cair no chão. Pega com as mãos tremendo e corre longe de onde estava.

MINE, Now and Forever [ Livro 2 Adaptação Herophine]Where stories live. Discover now