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║Ômega║

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║Ômega║

"Hae...chan?"

Mesmo que Donghyuck não tenha lhe respondido em palavras - preferindo dar meia volta e decidir ir no banheiro de repente - o pequeno ômega lhe viu de novo quando o Fullsun foi obrigado a retornar para a sala ao bater do sinal.

"Com licença, me desculpa mesmo, mas será que podemos trocar de lugar? Eu queria muito sentar do lado do meu amigo ômega! Por favor?" - A voz do garoto era linda. Tipo, ridiculamente linda. Se a de Haechan era como mel, a do menino era como nuvem, aerada e suave. Tão, mas tão terna, que a combinação com seus olhos doces tornava praticamente impossível que o beta ao lado deste lhe negasse qualquer coisa.

Donghyuck estava parado no lugar, atônito - pois tinha parado no meio do caminho quando percebeu que o "amigo" do qual o novato falava só podia ser ele próprio.

Assim que o colega de sala - um beta que caiu nos encantos daquela vozinha doce - foi se sentar em outra mesa com vaga, o menino pegou na mão de Haechan e o fez sentar-se ao seu lado. Um tanto mal educado, se perguntasse ao Lee, já que eles nem se conheciam. 

"Ham... oi?" - o Fullsun perguntou (mais como uma acusação), olhando feio para o braço de onde o outro acabava de retirar a mão.

"Oi! Eu sou Huang Renjun!" - o menor lhe disse, com um sorriso amplo - "E eu tô muito feliz de ter outro ômega na sala comigo! Na minha outra escola eu era o único, então quando me disseram que tinha outro aqui eu fiquei muito aliviado" - Geralmente muito falante, Haechan se surpreendeu com a velocidade das palavras que o desconhecido parecia ter naturalidade em lhe contar, como se fossem grandes amigos. Mesmo assim, respondeu aos olhos que pareciam ansiosos para lhe ouvir.

"Ham... Donghyuck." - apontou para  si mesmo, um tanto desnorteado ainda - "Mas pode falar Haechan. Todo mundo me chama assim mesmo" - deu de ombros. Já estava cansado. E ainda nem tinha começado as aulas.

"Ok, Haechan, eu não vou te perturbar. Fiquei sabendo que você descobriu essa semana, então vou deixar você quieto" - o menino (Renjun, melhor decorar esse nome, Renjun) lhe ofereceu um sorriso como se entendesse sua dor. E, na verdade, devia entender mesmo. 

Mas ainda assim...

"Puta que pariu" - xingou enquanto escondia o rosto entre as mãos - "Até o novato sabe que eu tava no cio" - resmungou, deitando na mesa em derrota. - "Eu odeio essa escola"

Renjun riu. Diferente do que poderia imaginar, a risada era gostosa, daquelas genuínas mesmo, altas, onde o som parecia sair direto do peito.

Gostava de risadas assim.

"Não sei se todo mundo, mas é porque fiquei com seus amigos na sala de química, eles me contaram" - o menor falou sussurrando, vendo que a professora agora entrava em sala e o local se enchia cada vez mais de alunos.

Meu AlfaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora