Parte D

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Whatever I said, whatever I did I didn't mean it. I just want you back for good. Whenever I'm wrong just tell me the song and I'll sing it. You'll be right and understood.

Seja lá o que eu disse, seja lá o que fiz, não foi o que eu quis dizer. Só quero você de volta pra ficar. Sempre que estiver errado, apenas me diga as regras e eu seguirei. Você estará certa e compreendida.



Cheguei na frente do portão da casa de Ray e já fui logo no modo automático com a minha fúria. No meio do caminho eu comentava com Melanie que dirigia seu carro que agora tudo fazia sentido, com as noticias que eu lia de que a gente tinha reatado o noivado. Quando ele abriu a porta, deu aquele sorriso cínico e olhou Melanie ao meu lado.

- Que bom que voltou para casa, querida. Vejo que trouxe sua amiga para uma visita. Entrem. – Ele comentou dando passagem. Melanie e eu nos sentamos no sofá de dois lugares.

- Nem vem com esse papo Ray. Eu descobri o que você fez. – Comentei apontando o dedo para a cara dele.

- E o que foi que eu fiz?

- Não se faça de sonso. Você ameaçou a Dominique! Como você pode fazer isso com ela que é a pessoa mais encantadora e calma desse universo. Conhecendo ela como nós duas conhecemos – indiquei Melanie ao meu lado – sabemos que ela se sentiu acuada, triste e impotente.

Ele ouviu tudo o que eu tinha falar e ainda tinha coisa entalada na minha garganta para ser dita.

- Eu fiz isso mesmo. Ameacei a pequena Dominique falando que se ela não terminasse seja lá o que vocês tinham eu não me responsabilizaria pelo que poderia acontecer a ela e com você.

- Galletti, você é uma canalha. Desculpa Kat, mas não deu pra segurar. Ver o cinismo dele é doentio.

Assenti que não tinha problema Melanie ter soltado algumas palavras e eu não poderia deixar de concordar com ela. É doentio.

- VOCÊ É LOUCO! Isso é o que você é. – Esbravejei.

- Você é um otário Ray. – Melanie soltou de um modo que a Wynonna faria.

- Até agora eu não me conformo que você ameaçou a vida da Dominique. – Olhei para ele e ele dava aquele sorriso de psicopata. – Se você acha que a gente tinha alguma chance de reatar ou qualquer outra coisa, esquece. Isso nunca vai acontecer. Não é você que eu amo, segue a sua vida que eu vou seguir com a minha. E mais uma coisa... – comentei me levantando e Melanie acompanhou o meu movimento -... não ouse atrapalhar a minha vida de novo. Caso contrário você vai ganhar um belo de um processo nem que seja a ultima coisa que eu faça. – Olhei para Melanie e fomos em direção a porta.

- Kat... – Ele chamou pelo meu nome. Olhei para trás.

- Não me venha com esse seu falso arrependimento. Você pisou na bola feio. Não quero saber de você nunca mais. – Comentei com uma das mãos na maçaneta e girei. Melanie e eu saímos pela porta e não olhamos para trás. Eu não olhei para trás. Melanie mexia no celular. Eu sabia o que ela tinha feito. Ela sentou no banco do motorista e eu no passageiro.

- Para onde você quer ir? – Melanie me perguntou.

- Para a minha casa. Preciso me acalmar e colocar meus pensamentos em ordem para só depois então eu falar com ela.

- Entendo. – Melanie comentou dando a partida no carro e indo em direção ao meu endereço. Depois de alguns minutos ela parou em frente ao meu apartamento. – Está entregue. – Comentou dando um sorriso. Uma notificação apareceu em seu celular.

- Adivinha quem está perguntando por você? – Melanie me perguntou ao ler a mensagem.

- Dommie? – Perguntei e Mel confirmou que era ela. – Você fala com ela depois? Eu realmente preciso descansar antes de falar com ela.

- Não vá fazer nenhuma besteira Barrell.

- Claro que não, mas eu preciso descansar. Já está anoitecendo, sem falar que passamos bastante tempo no shopping e depois tivemos que ir na casa daquele infeliz.

- Vou comentar com ela que amanhã você manda mensagem, okay?

- Pode deixar. Até outro dia e obrigada pela companhia.

- Foi bom fazer parte disso, pelo menos por hoje. Sempre que precisar pode contar comigo.

Despedimos-nos e subi para o meu apartamento. Girei as chaves e entrei. Repeti o processo para fechar a porta e me permiti jogar-me no sofá e fiquei repensando algumas coisas. Até agora eu não acreditava no que ele tinha feito para a Dommie e como ela foi capaz de esconder isso de mim, por medo de se ferir ou até mesmo me ferir. Acontece que isso acabou ferindo nós duas de maneira igual, mas com proporções diferentes.

Na manhã seguinte acordei e peguei meu celular que estava no criado mudo. Era quase oito horas da manhã. Tinha algumas mensagens de Mel me lembrando de mandar mensagem para Dominique. E tinha outra de Dom.

"Melanie me contou não dando muitos detalhes da ida de vocês na casa do seu ex-noivo. Espero que tenha ocorrido tudo bem. Que você tenha resolvido isso por nós e eu tenho certeza que você fez isso. Não sei que horas você vai ler isso, mas espero que nos encontremos em breve. Não vejo a hora para isso acontecer."

Escutei minha campainha tocar. Não estava esperando por ninguém. Ajeitei rapidamente o cabelo e vesti meu roupão. Olhei pelo olho mágico e rapidamente abri a porta.

- O que você faz aqui tão cedo? – Perguntei e ela esbanjou um sorriso.

- Espero não ter te acordado. Pensei da gente tomar café juntas. – Ela comentou indicando algumas coisas que tinha comprado.

- Não me acordou, acordei já tem algum tempo e fiquei na cama de bobeira. Entre. – Comentei e dei passagem para ela.

- Desculpa vir sem avisar, queria te fazer uma surpresa. – Comentou meio sem graça.

- Uma surpresa boa Dommie – sorri ao falar – eu ia te mandar mensagem pra gente marcar algo para mais tarde aqui mesmo.

Convidei-a para me acompanhar até a cozinha e fazer o café da manhã. Enquanto a água fervia, ajeitei as coisas na mesa. Ela ofereceu ajuda, mas não era necessário. Senti que ela me observava quando sentou-se na cadeira. Terminei com o café e coloquei a garrafa na mesa. Sentei-me na cadeira da ponta da mesa e ela estava a minha direita.

Conversamos sobre o que tinha acontecido na casa de Ray, narrei tudo exatamente como tinha sido e que até a Melanie falou umas para ele. Nessa parte consegui arrancar um riso de Dommie. No começo da conversa com Dom houve algumas lágrimas. Segurei em sua mão para lhe tranquilizar e dar continuidade com a conversa. Finalizei a conversa comentando que entraria na justiça contra ele. Dei um beijo na costa da mão de Dom e encarei seus olhos. Ela encarava os meus.

- Tudo bem? – Perguntei enquanto ela secava uma lágrima. Concordou com a cabeça e fiz agrado em sua mão. Ela levantou-se e veio sentar no meu colo. Fez um carinho no meu rosto e não desfez a nossa troca de olhares. Me deu um selinho e eu a abracei. Reconfortei-a em meu abraço e eu no dela. Olhei para o alto e vi a luz do meu caminho sorridente. Ficamos assim por um momento.

Assim que ela levantou-se para lavar a sua caneca, parei atrás dela na pia, afastei seu cabelo para o lado, dei um beijo em sua nuca que lhe causou um arrepio.

- Prometo não largar nunca mais a sua mão. – Comentei próxima ao seu ouvido.

- Eu sei que não vai. – Dommie comentou e virou-se para me encarar.

Ela pulou em meu colo e enroscou suas pernas em minha cintura. Demos um sorriso sacana uma para a outra, ela remexia no cabelo em minha nuca e minhas mãos estavam bem abertas em suas costas para manter apoio e não deixa-la se desequilibrar. A levei para meu quarto e ali tivemos um maravilhoso momento. Meu dia não poderia ter sido mais feliz. Eu estava com a pessoa que eu amo, com a pessoa mais encantadora desse planeta.

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