My dear, my darting one

16.9K 2.2K 6.9K
                                    

Boa leitura!

3 – My dear, my darting one

Harry Pov

Os acontecimentos daquele dia ainda eram uma confusa bagunça em minha mente perdida.

Eu verdadeiramente não sabia o que fazer, nem o que pensar.

Ainda era difícil acreditar que Dumbledore realmente havia... partido.

Alguém que não conseguia lembrar havia o arrastado para a ala hospitalar para curar os ferimentos causados por Snape, e tudo era apenas vozes de pessoas falando ao seu redor, o que o deixava estranhamente confuso e perdido.

Recordava de milhares de pessoas o tocando, falando seu nome, chamando, o abraçando, mas apenas passou por elas, apenas se deixou levar como um marionete, sem conseguir entender direito tudo o que havia acontecido.

Foram informações em excesso.

Draco agente duplo, inocente e trabalhando com Dumbledore.

Dumbledore morto.

Snape agente duplo, a traição contra o diretor...

O corpo caído nos jardins da escola...

Eu agradeci quando chegamos na enfermaria, porque Madame Pomfrey não teve qualquer receio em empurrar todo mundo para fora, deixando-me ali no silencio mortificante.

Quando Minerva apareceu para me ver, eu pude lhe minha parte da história, e ela pareceu muito surpresa ao ouvir sobre Draco, e também muito chocada com a descoberta sobre Snape.

E ela parecia realmente muito mais fria e distante do que o comum enquanto me fazia perguntas, e foi estranho pensar que eu tinha direito de ficar ali, catatônico e chocado, mas ela não.

Apenas pode erguer a máscara e assumir as responsabilidades sobre a escola, o caos, os alunos e tudo o que aconteceu desde o maldito instante em que estávamos na torre.

Havia sido um tanto confuso para todos, mas assim que terminaram de pensar sobre o que seria feito, com a decisão unanime de que Dumbledore seria enterrado ali, que fariam seu funeral e que a escola com toda certeza continuaria aberta para os alunos, pude finalmente tentar descansar e absorver tudo o que tinha acontecido.

E eu não conseguia digerir todas essas informações.

Jamais imaginei que apenas um detalhe seria responsável por mudar toda minha perspectiva sobre a guerra, sobre a ordem, sobre Dumbledore e sobre... Malfoy.

Não conseguia deixar de lembrar dele, jogado no chão da torre de astronomia, com os olhos arregalados após ver a morte de Dumbledore.

Parte de mim sentia uma vergonha enorme de perceber que eu estive errado todo esse tempo. Que pensei com certeza absoluta que ele se tornara um comensal.

Havia passado o ano inteiro totalmente obcecado com ele, com o que ele fazia, com o que dizia e em segui-lo, e jamais pensei se quer por um minuto que ele poderia ser bom. Que eu poderia estar errado.

E, é claro, isso tudo me fez pensar em Sirius.

Em como ele era obstinado, teimoso e como jamais aceitou que Snape estivesse do nosso lado.

E pensar em Sirius doía.

Eu era órfão desde que me entendia por gente.

E mesmo que me deixasse chateado não ter pais, eu não tinha lembranças deles. Não lembrava como era o calor dos braços de minha mãe, ou como era brincar com meu pai. Não lembrava de um lar seguro para mim.

Efeito Borboleta || DRARRYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora