1 || Piloto.

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– Vanessa? – a voz de Lupin ecoava pelas escadas. – Você já está pronta? Precisamos ir logo comprar os materiais, semana que vem começam as suas aulas.

– Já estou pronta! – gritei. – Só um minuto!
   Eu estava tão ansiosa, amanhã era o meu primeiro dia de aula na melhor escola de magia e bruxaria do mundo, Hogwarts. E é claro que eu estava atrasada. Deveríamos ter comprado os materiais há mais ou menos uma semana atrás, mas as coisas andam corridas para Lupin, se é que me entende.

– Tudo pronto. – parei em frente ao Lupin na sala de estar.
   Pegamos um táxi até o Caldeirão Furado, que era uma das passagens para o Beco Diagonal, onde eu iria comprar tudo o que precisava para levar à Hogwarts.

[...]

Iniciamos pela loja Floreios e Borrões para comprar meus livros, depois na Madame Malkin para comprar uniforme, e etc. Faltava apenas uma coisa; a varinha. Então Lupin me levou até o Olivaras para que eu tivesse a minha.

"Olivaras.
Fabricante de varinhas desde 382 a.C."
Era o que estava escrito na frente da loja com janelas em cilindro. Entramos e logo avistamos um homem velho, de cabelos brancos arrepiados e grandes olhos azuis.

– Oh, olá, Remo Lupin! É muito bom vê-lo! – o mesmo cumprimentou meu padrinho com um sorriso. – E você... é? – ele se direcionou para mim.

– Vanessa... Vanessa Black, senhor. – respondi.

– Oh sim, a filha de Sirius Black. É um prazer. – o velho homem sorriu animado. – Bem, suponho que tenha vindo comprar sua primeira varinha.

– Sim, senhor. – concordei balançando a cabeça.

– Muito bem, vou ver o que tenho para você. – o senhor Olivaras foi até o fundo da loja e me trouxe uma das milhares de varinhas que tinham ali. – Madeira de pinheiro, vinte e oito centímetros, núcleo de Corda de Coração de Dragão e... inflexível. Teste esta.

– Certo... – apanhei a varinha de suas mãos e a movimentei levemente. Algumas caixas caíram e eu acabei quebrando algo que parecia ser um frasco de vidro. – Me desculpe, senhor. – disse constrangida.

– Não há problema algum, minha jovem. Lembre-se, é a varinha quem escolhe o bruxo, e não o bruxo quem escolhe a varinha.
Ele vasculhou mais um pouco, até parecer certo de que a varinha que ele havia pego, era perfeita para mim.

— Esta é uma varinha de Salgueiro, trinta e dois centímetros, núcleo de Pena de Fênix e razoavelmente flexível.
   Ao testar novamente a varinha, uma luz incandescente se fez em volta de mim. Eu senti um calafrio da cabeça aos pés e, assim pude perceber que aquela era perfeita.

– Eu acho que é essa, senhor Olivaras! – exclamei animada.

– Isso mesmo! Você encontrou a sua varinha, senhorita Black! – ele sorriu juntamente de Lupin.

[...]

No dia seguinte, eu acordei cedo, estava empolgada. Lupin me levou até a plataforma 9¾, onde já tinham várias famílias bruxas passando.

– Legal, não é? A passagem para a plataforma, eu acho super interessante. – disse uma garota de cabelos castanhos e armados e que parecia ter a minha idade.

– É bem legal mesmo! – concordei com um sorriso.

– É o seu primeiro ano em Hogwarts também? – ela continuou.

– Sim – respondi.

– Ah, que ótimo! Eu me chamo Hermione Granger. – ela me estendeu sua mão.

Hogwarts Legacies - A Filha de Sirius Black Where stories live. Discover now