-- Sente-se por favor -- me sentei olhando pro garoto que borrifava e limpava a janela do escritório.

-- Bom, pra sua sorte essa foi a última vaga que está sendo preenchida por você nesse momento, então me diga qual seu nome e o que sabe fazer? -- me encarava em seus braços sobre a mesa descendo os óculos quase que na ponta do nariz.

Eu engoli seco, minha boca quase tremia na hora de falar, mas eu lembrava que eu precisava estar seguro e apto a fazer qualquer coisa pra conseguir aquele emprego.

-- Bom.. meu..nome é Liam sei fazer de tudo, sei limpar, cozinhar... eu moro sozinho eu sei me virar, só não quero perder essa oportunidade de trabalhar aqui -- a moça tirou os óculos segurando e gesticulando enquanto falava.

-- Bom em relação a você morar sozinho isso não vem ao caso, o que importa é o quanto você vai contribuir conosco em qualquer situação, Zayn! -- Zayn! então esse era o nome dele, que nome diferente e bonito, ele se virou com a chamada da gerente arqueando as sobrancelhas, ele tava radiante com o sol batendo na janela indo seu rosto, ele veio até a mesa do lado dela, eu não parava de olhá-lo, cada detalhe dele pra min era algo interessante, sua barba, seu nariz, sua boca.

-- Me chamou senhora Jessy? -- tão bonitinho ele colocando os braços pra trás em posição de sentido.

-- Mostre tudo a ele, cada canto do estabelecimento, bilheteria, banheiro, salas de cinema -- me encarou e eu claro desviei o olhar, eu tive uma gay panic eu sei, mas que gato ele era.

-- Tudo bem, é... Liam! né -- arquiei minha sobrancelha olhando ele, eu me levantei enquanto Jessy olhava uns papéis distraidamente.

-- Sim -- ele passou do meu lado, não pude deixar de notar seu cheiro e do perfume maravilhoso que deve tá naquele cangote.

-- Pode vir comigo, vou te mostrar o vestiário dos funcionários e seu uniforme -- Nossa, eu juro que senti meu coração dar uma pulsada forte no tom que ele falou aquilo, mas nada desespero liam.

Ele abriu a porta pra me dar passagem e entramos no corredor vermelho, sem falar uma palavra ou trocar ideia, eu tava nervoso do lado dele, entramos numa sala com vários armários, ele olhou pra trás pra me olhar e eu meio que não entendi mas gostei disso.

-- Esse aqui é o seu, aqui está a senha do armário também -- me deu um papel nas mãos, e coloquei a senha do armário girando aquele botão.

-- E esse é seu uniforme, pode se trocar, eu vou te esperar lá fora tá bem? -- ele deu um sorriso e eu retribui afirmando com a cabeça, passou do meu lado e saiu.

-- Minha noss.. -- bufei soltando todo o nervosismo pela boca e as ventas, tirei minha blusa em seguida minha calça e coloquei na mochila, tirei o uniforme de dentro do armário e reparei que o uniforme obviamente era igual ao dele, uma blusa social branca, colete vermelho e calça social preta, e a gravata que eu não sei a mínima como dar um nó nisso, olhei pra porta e suponhei que ele pudesse me ajudar com isso, me vesti e coloquei a mochila no armário e saí do vestiário, ele estava encostado de lado na parede observando o movimento no balcão.

-- éeee....você pode me ajudar com isso, eu não me dou muito bem com gravatas -- ele se virou me olhando da cabeça aos pés, eu corei, me senti fuzilado por aquele olhar, logo ele soltou um riso e veio até min

--Vem cá, Deixa comigo! -- suas mãos deslizaram pela minha gola, tudo parecia em câmera lenta, o barulho da gravata em atrito com o rugido leve da blusa, eu tava me controlando pra não olhar pra aquela boca, era uma luta, mas ele me olhou nos olhos e senti minha espinha chicotear-me por inteiro com um calafrio, seu perfume o cheiro forte vindo do pescoço, um cheiro doce e leve, que homem cheiroso, mordiscava e molhava meus lábios enquanto sua visão era na gravata, ele fez o último laço segurando a gravata e deslizando e descendo gravata com suas mãos.

-- droga! -- ele me olhou franzindo as sobrancelhas

-- Ta tudo bem? -- disse ele

- Ta muito apertado?, eu posso afrochar pra você um pouco mais -- ele tocou na gravata e como um reflexo eu segurei sua mão.

-- Não... não a assim tá bom -- soltei sua mão, mas na verdade eu queria sentir mais do que um toque naquele momento, nossos corpos estão muito pertos um do outro,me afastei um pouco e ele assentiu.

que droga eu preciso focar no trabalho, eu nem sei se ele é gay e tô inventando coisa da minha cabeça, pensei comigo mesmo.

-- O que eu faço agora? -- ele seguiu andando e eu acompanhei.

-- O que nós vamos fazer agora, chegou mercadoria e precisamos levar para o depósito, vem comigo -- fez um gesto com a mão me chamando, tá bem eu preciso prestar atenção e não criar expectativas.

Chegamos em uma sala pouco iluminada com caixas e mais caixas, nossa eu nunca vi tanta caixa na minha vida.

-- O que é tudo isso? -- ele sorriu pegando uma caixa e me dando

-- Toneladas de milho de pipoca -- ele deu o ar da graça colocando mais uma caixa em cima da que eu já estava, quase me desequilíbrei, mas senti sua mão me apoiar sobre a costa e segurando minha mão juntos.

-- OPA! cuidado, tudo certo ae? -- olhei pra ele enquanto me olhava e a tensão se formou ali.

-- Ss sim, tá tudo bem -- eu não esperava que a caixa escorregasse e batesse no seu rosto, ele gruniu

-- wwoouu!! -- minha face entrou em pânico, deixei as caixas no chão e fui até ele escorado na parede.

-- Zayn! me desculpa! -- eu me aproximei segurando seu rosto com o olhar fixo pro chão

-- machucou? me perdoa eu sou um idiota desastrado -- ele me olhou nos olhos, eu não me lembro de ter uma troca de olhares tão intensa quanto ele olhava pra minha boca e eu pra sua, minhas mãos cairam lentamente  sobre seu peito, foi então quando houve um silêncio sem quebrar contato visual.

--Foda-se! -- disse como se quisesse matar sua vontade presa dentro de si  e atacou meus lábios subindo como se o primeiro ato da sua boca fosse sentir a minha, eu logo correspondia na mesma intensidade segurando seu rosto, senti sua mão envolver minha cintura e me puxar pra mais perto
, foi quando senti a sua língua na minha o som das nossas línguas era quase que pornografico, mas necessário, caramba como eu queria sentir isso, a cada movimento de nossas bocas o ar saía pelas narinas dando a entender que a coisa tava esquentando e quando eu digo esquentando é porque sua mão apertou com vontade a minha bunda, eu gemi entre o beijo nesse momento, todas as minhas dúvidas sobre ele sumiram porque ele mesmo mostrou que gosta do negócio, paramos o beijo com um estalo de um selinho.

-- n... nossa-- eu me afastei recuperando o fôlego, envergonhados sorrindo um pra cara do outro.

-- eu não resisti, tava difícil viu -- falava enquanto se ajeitava

-- Eu não queria desconfiar, até porque eu não tinha certeza - disse a ele me ajeitando também.

-- Acha que pode deixar isso só entre nós? acho que aqui não seja o lugar pra ficar fazendo isso aqui, até porque estamos trabalhando.

-- Sim, estamos trabalhando -- afirmei de forma saliente

-- Vamos! temos que repor o estoque de milho antes que acabe no balcão, mas... antes.

-- O que foi? -- encarei ele se aproximando.

-- Eu quero te chamar pra sair amanhã depois do trabalho, mas... se você quiser é claro -- colocou a mão no meu ombro.

--Tudo bem, você aproveita e me ensina mais coisas sobre esse lugar -- tá bem que eu estava animado, e depois desse beijo eu fiquei mais animado ainda pra descobrir outras coisas sobre ele.

-- Ok agora vamos! -- pegamos as caixas e saímos dali

Eu não estava esperando que tudo acontece isso no primeiro dia de trabalho, mas eu acho que tudo tem um propósito, e eu quero acreditar nisso!

______________________________________

Se vocês quiserem que eu continue é só votar e responder aqui em baixo, espero que tenham gostado :)

Sim
X
Não

Beijos:*

𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐃𝐚𝐫𝐤'𝐬 𝐂𝐢𝐧𝐞𝐦𝐚 [𝐙𝐈𝐀𝐌 𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘]Where stories live. Discover now