Emilly não tem muitos amigos, apenas duas, que são suas bases, para quem ela pode contar tudo o que acontece com ela.
Os meninos eram só mais uma parte da vida dela no passado, mas algo aconteceu que fez ela começar a odiar todos eles.
Henrique acab...
Henrique: - Ei fiquei sabendo que aqui perto tem um parque muito bonito...
Emilly: - Tem sim por que?
Henrique: - Ah sei lá, você disse que está entediada de ficar em casa então por que a gente não dá uma volta lá e leva o Wolf para passear.
Emilly: Saltei depressa da cama e já fui no meu guarda roupa pegar a coleira dele.
Não demorou nem 5 minutos e já estávamos na porta de casa. O dia estava todo nublado e escuro mesmo ainda sendo 4 da tarde.
Wolf parecia assustado com a forma que o dia estava mas continuamos o caminho.
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Conversamos sobre várias coisas e ele me contou sobre os dois alunos novos.
- Essa Lua e o Carlos são legais?
Henrique: - São sim, a Lua mora uma rua a cima da minha então ela foi até em casa comigo. Somos bem parecidos. Acho que você vai gostar dela.
Emilly: - Tomara, apesar de eu não ser a melhor pessoa para fazer amigos.
Henrique: - Que isso! Você é muito legal. E eu sou seu amigo
Emilly: - Ainda não sei como _Ri_ Obrigado por me ajudar a superar meu trauma com meninos
Henrique: - Não precisa agradecer, tudo é graças a você mesma. Que está lutando para superar seu medo.
Emilly: - Acho melhor a gente andar um pouco mais rápido e dar só uma volta no parque, o tempo está bem feio e com cara que vai chover logo. Alem do mais a temperatura está caindo bem rápido.
- Quantos graus está?
Henrique: Peguei meu celular e vi que a temperatura estava mesmo caindo
- Agora está 10°C, mas está com a sensação de 6°C.
Emilly: - Caramba!
Quando olhei pro Wolf ele estava andando cada vez mais devagar então peguei ele no colo só até a gente chegar no parque.
Não demorou muito e avistamos o parque. Ele estava praticamente vazio, deviam ter umas 3 pessoas caminhando e um casal. Por um momento fiquei encarando o casal e imaginando meus livros de romance.
Henrique percebeu e ficou me encarando então olhei para ele e sorri sem graça.
- Que foi?
Henrique: - Por que não para de olhar para eles?
Emilly: - Sei lá, acho que é por que eu só consigo imaginar um casal feliz em livros. Pra mim na vida real isso é impossível.
Nos sentamos em um banco que achamos que ficava na frente do lago e soltei Wolf um pouco.
Henrique: - Ué, você não acredita no amor?
Emilly: - Eu não, sem nem ter sentido ele me ferrei. Acreditar nele é pedir pra se ferrar.
-Mas nos livros é diferente, sempre dá certo. O príncipe se apaixona pela princesa, a menina isolada encontra o menino legal que a faz feliz.
- Na vida real é diferente. Princesas eram forçadas a se casar para manter a herança, a menina isolada não encontra ninguem que a tire de lá, apenas encontra alguém para afunda-la mais.
Henrique: - Nossa! É, mas mesmo assim algumas pessoas tem sorte...
Emilly: - Não Henrique, amor é um sentimento que só existe nos livros.
Henrique: - Eu sei que ele existe nessa realidade também. Todos nós vamos encontrar alguém um dia.
Emilly: - Cara como! Se isso existisse eu teria conhecido meu pai. E seus pais ainda estariam juntos.
Só depois que eu disse percebi a bosta que eu tinha feito, Henrique mudou de expressão na mesma hora.
- Aí meu Deus! Desculpa Henrique eu não deveria ter falado isso....
Henrique: Quem ela pensa que é pra falar do relacionamento dos meus pais.
- Tá. Acho melhor a gente voltar pra sua casa tá ficando frio, tenho q ir para casa.
Emilly: Ele se levantou rapidamente e já pegou Wolf e prendeu a coleira nele. E saiu a passos apressados.
- HENRIQUE! ME ESPERA POR FAVOR!
Corri até ele até o alcançar. Chegamos na minha casa com um piscar de olhos.
Seu olhar não era de raiva, era de tristeza. Percebi que magoei ele.
Abri a porta e ele subiu para meu quarto bem rápido.
Não tive nem tempo de pensar. Quando comecei a subir as escadas ele passou ao meu lado como um foguete. Só tive tempo de segurar seu braço com força o que me fez desequilibrar e cair do degrau que eu estava.
Nessa hora ele jogou a mochila para o lado e veio até mim. Eu estava tonta pelo susto mas pude ver que seus olhos estavam marejados de lágrimas.
Henrique: - Emilly você está bem?
Ajudei ela a levantar, ela tinha batido as costas e não tirava a mão de trás do corpo.
Eu não estava bravo com ela, pelo contrário. Só que eu havia ficado triste de como ela disse. Ela disse como se fosse a coisa mais sem importância.
Não demorou muito e ela se recuperou.
- É... Tenho que ir, fique bem.
Emilly: - Henrique espera! Não fica com raiva de mim por favor. Eu falei o que não devia. Me perdoa.
Henrique: - Não estou bravo, mas preciso ir para casa. Não insiste. Até amanhã na escola caso você for. Boa noite. _Falei friamente_
Emilly: Vi que seria inútil tentar mantê-lo ali, então apenas abaixei a cabeça e fui em direção a porta, ainda com as costas doendo da pancada.
Assim que abri a porta ele olhou para mim, seu olhar estava abatido e chateado. Ele não disse nada além de abaixar a cabeça e sair. A garoa estava começando então para não deixá-lo tomar chuva entreguei uma das capas de chuva que ficavam no cabideiro atrás da porta.
- Não rejeita, veste logo e pode ir. Boa noite.
Ele apenas vestiu e começou a pedalar, logo fechei a porta. Eu estava com raiva de mim
- POR QUE EU TENHO QUE ESTRAGAR TUDO SEMPRE. _Gritei_
Nisso Wolf apareceu na sala, minha raiva por mim mesma era tanta que eu queria chorar e gritar.
Peguei Wolf e subi para meu quarto. Eu precisava de um banho urgente para aliviar a raiva.
Fui até o guarda roupa e peguei um pijama bem quente que eu tenho. Fechei a porta do meu quarto para que Wolf não pudesse descer e entrei no banheiro.
Quando liguei o chuveiro deixei a água quente me envolver e comecei a chorar para descarregar a raiva.